CONSULTOR DO GOVERNO PARA AS PRIVATIZAÇÕES QUERIA QUE OS SALÁRIOS TUGAS DOS PORTUGUESES BAIXASSEM

Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=99414 (texto original da notícia a itálico, comentários do blogueiro a escrita normal)

António Borges, que é consultor do Governo, sustenta que o valor actual do salário mínimo (485 euros) deve ser mantido como está, mas refere que o combate ao desemprego podia ser mais eficaz se os vencimentos fossem reduzidos.

O consultor do Governo para as privatizações considera que "a primeira prioridade", tendo em conta "as dificuldades com que as pessoas se defrontam hoje em dia, é voltar a pô-las a trabalhar, é encontrar postos de trabalho". António Borges defende que "isso não se faz tornando o posto de trabalho mais caro" e diz que "o ideal era que os salários descessem".

Pois claro. Aliás, o ideal, ideal, mesmo ideal, era que nem houvesse salários, pelo menos para a grande maioria, e as pessoas trabalhassem só por dever, e cada qual tivesse a sua horta e tal... ou então que agradecessem terem uma casa e comida entregue ao colectivo pelas beneméritas esposas dos antóniosborges, apostadíssimas em fazer a melhor caridade ao povo e às crianças...

Entretanto, e para dar o exemplo, este Borges já declarou que quer ver o seu salário a ser reduzido. Ou se o não disse, deve estar prestes a dizer, é só esperar mais um pouco, deve estar para breve...

"Ninguém quer um país de gente pobre, toda a gente quer um país próspero. Mas, antes disso, temos uma emergência nas mãos e a emergência é uma taxa de desemprego acima dos 17%", argumenta António Borges em entrevista à Renascença. O consultor de Passos Coelho refere que "o ideal era que os salários descessem como aconteceu noutros países como solução imediata para resolver o problema do desemprego".

Isto com a diferençazita de que em Portugal o salário é terceiro-mundista, diferentemente do que sucede no resto da Europa, mas isso são pormenores que não vêm ao caso, um consultor do governo para as privatizações tem mais em que pensar, não pode perder tempo com pevides e pintelhos, que é isso mesmo que se pode considerar o salário mínimo nacional...

O consultor do Governo diz ainda que não há informações de que a eventual redução do salário mínimo esteja a ser negociada entre o Governo e a "troika". A este propósito, o ex-responsável do Fundo Monetário Internacional para a Europa afirma que "a única medida que se podia tomar nesta altura é manter o salário mínimo como está e o primeiro-ministro tem toda a razão em dizer que não temos outra opção".
O tema do aumento ou redução do salário mínimo nacional, actualmente nos 485 euros, tem marcado o debate recente entre o Governo e o maior partido da oposição. Esta quarta-feira, no Parlamento, António José Seguro insistiu que patrões e sindicatos estão disponíveis para discutir o aumento do ordenado mínimo.
Por sua vez, Pedro Passos Coelho rejeita debater o aumento do salário mínimo na actual fase da economia portuguesa. Usando o exemplo da Irlanda, onde o salário mínimo é actualmente de 1.462 euros, Passos Coelho defende que quando um país enfrenta um nível elevado de desemprego, "a medida mais sensata que se pode tomar é exactamente a oposta".

 

E enquanto isso continua o consumo a ser baixíssimo, vai daí não se pode gerar riqueza, nem os impostos podem ser grande coisa, nem as empresas aguentam muito mais tempo se o raio do povinho nem dinheiro tem para comer, quanto mais para consumir outros bens, mas isso são, enfim, as tais pevides, se a coisa correr assim muito mal, os antónioborges facilmente se desenvencilham, senão aqui noutro qualquer país do mundo, que a sua competência é exemplar e por isso não teme a concorrência no mercado de trabalho...