segunda-feira, março 04, 2013

ANTI-RACISTA VIOLADA POR NEGRO CULPA QUEM?, OS BRANCOS, OBVIAMENTE


Quem duvide da interpretação que é dada às palavras da autora que escreveu as frases acima citadas, pode ler o artigo na íntegra, em Inglês, aqui: http://www.race-talk.org/we-are-not-your-weapons-we-are-women/
 
A autora do artigo não é uma figura criada por algum «racista» para demonizar os anti-racistas. «Isto» é real. Existe mesmo. Mesmo.
Como já aqui foi dito diversas vezes, o anti-racismo militante é, de facto, a «grande» religião da elite cultural reinante no Ocidente. Esta senhora não é simplesmente uma maluca qualquer, ao contrário do que possa parecer a muitos - por extremada que pareça, e é, constitui todavia um exemplo acabado daquilo que é o credo do amor ao Amado e Sagrado Outro, de acordo com os cânones da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente. Esta senhora é, na verdade, uma filha desta espécie de «igreja», uma filha particularmente obediente, e inteligente, na medida em que é capaz de elaborar todo um pensamento perfeitamente coerente. Foi para o Haiti ajudar os negros, contra a alegada opressão do homem branco, e acabou violada por um desses negros que ia proteger, como ela própria disse. Ainda tentou argumentar com ele, convencê-lo de que estavam do lado dele, mas ele calou-a com um estalo e continuou a violá-la durante horas.
 
Como seria de esperar, a senhora passou então por uma fase de crise de fé. Acontece a todos, se calhar até ao papa...
Crise de fé no seu credo anti-racista, obviamente.
Todavia fez aquilo que eu sempre esperei que os da sua laia fizessem. Quando oiço camaradas meus a dizerem que os anti-racistas falam como falam porque nunca foram assaltados, agredidos ou violados por negros, eu acho sempre, mesmo quando o não digo, que há aí grossa dose de ingenuidade da parte dos meus camaradas. Há muitos anos que acho isso. Há muitos anos que sei, eu sei, mas sei mesmo, que os mais devotos anti-racistas nunca permitirão que um pormenor desses, o de serem agredidos por negros, os faça mudar de ideias a respeito dos seus sagrados dogmas. Eu sei, mas é que sei mesmo, que aquilo é uma espécie de «religião», mas é mesmo, de crença absoluta e mundivisão radical, que não vai abaixo com duas cantigas, nem com dois estalos ou três violações. «Aquilo» é como os cristãos das catacumbas, todos felizes, muitos deles, por morrerem pela sua fé. Com tal espécie de gente não há nada a fazer a não ser o combate sem fim. Combate sem fim.
 
Assim foi neste caso, absolutamente paradigmático. A senhora arranjou maneira de «dar a volta por cima», como se costuma dizer, e fazer aquilo que eu já sabia que faria: pensou, pensou, pensou, até alcançar o supremo objectivo de todo o processo intelectual do anti-racista típico - pensou até poder chegar à «conclusão» de que o branco europeu é que tem essencialmente a culpa, porque brutalizou os negros e vai daí os negros vingam-se nas mulheres negras. Não interessa nada, na mente da senhora, e de outros como ela, que a ideia dos direitos humanos seja exclusivamente europeia, e que seja na Europa que há menos violência de género contra as mulheres, e que a defesa dos direitos das mulheres no terceiro-mundo se faça com base nos moldes e nos poderes públicos criados pelos brancos do Ocidente - a única coisa que interessa a esta senhora e quejandos é satisfazer
 - a ânsia de fazer mea culpa da raça - o dogma da eterna culpa do branco europeu face ao Sagrado Outro, o negro/mouro/etc.;
 - a ânsia de cumprir o mandamento de amar incondicionalmente esse Sagrado Outro.
 
É a laicização do essencial da moral cristã - dar a outra face ao agressor alógeno e estar pronto a virar-se contra a sua própria gente em nome do amor universal. É do Novo Testamento: «não resisteis ao mal, se te baterem numa face oferece a outra, ama os inimigos, eu vim trazer a guerra dentro de cada família, em verdade vos digo que se não odiardes a vossa mãe e o vosso pai e a vós mesmos não sois dignos de me seguir», etc..
 
Contra esta verdadeira doença, esta síndroma de Williams, que é ainda pior que a síndroma de Estocolmo de que a senhora parece padecer, só o archote do Nacionalismo se ergue.
 

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«He didn’t care that I was a Malcolm X scholar»

O quê? Ela disse-lhe que era uma estudiosa do Malcom X e o preto mesmo assim não parou?!?
Nunca pensei que tal coisa fosse possível.

4 de março de 2013 às 10:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Há muitos anos que sei, eu sei, mas sei mesmo, que os mais devotos anti-racistas nunca permitirão que um pormenor desses, o de serem agredidos por negros, os faça mudar de ideias a respeito dos seus sagrados dogmas.»

Obviamente.

4 de março de 2013 às 10:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Amanham-se as plantas pela cultura e os homens pela educação (...) Tudo o que não temos à nascença e de que necessitamos quando somos grandes, é-nos dado pela educação."

Rousseau

4 de março de 2013 às 14:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Olho por olho, dente por dente".

4 de março de 2013 às 14:06:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Foi para o Haiti ajudar os negros, contra a alegada opressão do homem branco,"

Mas o Haiti não é independente da França desde o começo do século XIX?...

4 de março de 2013 às 14:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

HAITI (Gil/Veloso)
Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui...

4 de março de 2013 às 14:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"«Isto» é real. Existe mesmo. Mesmo."

Claro que existe. Loucura é pensar que coisa destas não existam hoje em dia. lol

4 de março de 2013 às 14:55:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo

http://portuguese.ruvr.ru/2013_03_04/Berlim-disposta-a-bloquear-entrada-da-Bulgaria-e-da-Romenia-no-espaco-Schengen/

4 de março de 2013 às 15:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Pena que o preto não a matou, uma pena mesmo. Deveria de ter cortado-lhe a cabeça fora.

Eu postei esta notícia já faz um ano no orkut.

Consigo até imaginar ela a falar: "Pare, pare, eu li o preto Malcon X, pare... não sou uma branca racista..."

Aposto que se tivesse emgravidado do preto, ela passaria a ser contra o oborto, iria a todo custo querer ter o filho. Neste caso feministas passam a ser contra o aborto, é um caso surpreendente de feminista anti-aborto.

Pena que não foi morto, mulheres anti-racistas não deveriam ter uteros.

4 de março de 2013 às 18:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Basta lembrar o esquerdinha francês espancado por marroquinos no subway parisiense que depois da sova ainda criticou o uso das imagens pelos nacionalistas no You Tube e desculpou os atacantes pelas "péssimas condições sociais" nos banlieues.Assino embaixo tua análise Caturo, são crentes de uma fé dispostos a morrer se os algozes forem os amados outros.

4 de março de 2013 às 20:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Mas o Haiti não é independente da França desde o começo do século XIX?... »

Não interessa. Daqui a cinquenta, se calhar cem anos, num dia em que talvez já nem brancos haja, a culpa há-de ser sempre dos Europeus.

5 de março de 2013 às 00:06:00 WET  
Blogger Caturo said...

«O quê? Ela disse-lhe que era uma estudiosa do Malcom X e o preto mesmo assim não parou?!?»

Só mesmo pessoal muito fora da realidade é que ia acreditar que essa merda de ter andado a ler (coisa de branco, ler...) sobre um negro anti-racista lá dos States havia de interessar alguma coisa a um negro esfomeado, algures num fim do mundo ou África profunda (ou derivados disso).

5 de março de 2013 às 00:07:00 WET  
Blogger Caturo said...

Por outro lado, a coisa não deixa de fazer lembrar o exemplo, não sei se real se lendário, do missionário, ou dos missionários, comido(s) pelos canibais que tinha(m) ido evangelizar.

5 de março de 2013 às 00:08:00 WET  
Anonymous pvnam said...

Comigo essa senhora fica a falar sozinha!

-> Há coisas mais importantes a fazer... leia-se: LUTAR PELA SOBREVIVÊNCIA!
--->>> Resumindo: não sejamos uns 'parvinhos-à-Sérvia' (vide Kosovo), antes que seja tarde demais, há que mobilizar aquela minoria de nativos europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!

5 de março de 2013 às 00:23:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Só mesmo pessoal muito fora da realidade é que ia acreditar que essa merda de ter andado a ler (coisa de branco, ler...) sobre um negro anti-racista lá dos States havia de interessar alguma coisa a um negro esfomeado, algures num fim do mundo ou África profunda (ou derivados disso).»

Mas pode ser que resulte com outro tipo de animais. Se eu um dia for atacado por um cão vou tentar explicar-lhe que sou um grande estudioso do César Milan.

5 de março de 2013 às 10:57:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

""«Só mesmo pessoal muito fora da realidade é que ia acreditar que essa merda de ter andado a ler (coisa de branco, ler...) sobre um negro anti-racista lá dos States havia de interessar alguma coisa a um negro esfomeado, algures num fim do mundo ou África profunda (ou derivados disso).»

Mas pode ser que resulte com outro tipo de animais. Se eu um dia for atacado por um cão vou tentar explicar-lhe que sou um grande estudioso do César Milan.""

Não ficaria surpreso se de fato funcionasse com um cão. Mas com negros o dialogo é mais problemático.

E eles não negligênciam completamente argumentos sobre livros porque estão com fome, mas sim porque não lêem mesmo. Você acha que megros de fato sabem que é Malcon X ou tem interesse em saber?

5 de março de 2013 às 18:40:00 WET  

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