domingo, fevereiro 17, 2013

EM ZONA ONDE JÁ EXISTE APRECIÁVEL COMUNIDADE AFRICANA - ASSISTENTE SOCIAL SEQUESTRADA POR JOVEM À MÃO ARMADA

"Houve momentos em que senti que não me ia safar. Mas mantive a calma e consegui evitar o pior", lembrou ao CM Patrícia Duarte, que ainda não se recompôs da hora e meia de terror que anteontem viveu dentro do seu carro, sequestrada por um aluno, de 16 anos, da EB 2/3 de Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém, onde presta serviço como assistente social.
O agressor, residente na mesma terra da vítima, em São Luís, Odemira, acabou detido pela GNR depois de abandonar o veículo a pé. Em tribunal, não explicou os motivos que o levaram a cometer o crime.
Segundo o CM apurou, os momentos de tensão começaram às 13h30, quando a técnica da Segurança Social, de 26 anos, levava o adolescente para um estágio curricular numa empresa da zona industrial de Cercal do Alentejo. Ao chegar a este local, o adolescente apontou uma navalha à vítima e obrigou-a a dirigir-se para um sítio ermo. Patrícia ainda reagiu, mas foi golpeada, sem gravidade, no pescoço e num dedo.
De seguida, o rapaz retirou a chave do carro e ordenou à mulher para manter o cinto de segurança posto. Depois, permaneceu em silêncio e nem sequer reagiu aos 20 euros oferecidos pela vítima em troca da liberdade. "Parecia que estava à espera de alguém porque passou o tempo a olhar em várias direções. Podia ter-me violado ou roubado. Mas não fez nada, nem aceitou o dinheiro", contou Patrícia, que não percebe qual era a intenção do menor: "Sempre me dei bem com ele na escola. "
Pelas 15h00, o menor começou a ficar "nervoso". Entregou a chave do carro à proprietária e fugiu. Pelas 18h30, foi detido com a arma quando seguia a pé para casa, a mais de 10 km do local do sequestro. Aguarda julgamento em liberdade com apresentações semanais às autoridades.