UM PROGRAMA SOBRE A EXTREMA-DIREITA EUROPEIA, NOMEADAMENTE A SUECA

Agradecimentos ao camarada Legião 1143 e a um Anónimo brasileiro por terem aqui trazido esta notícia, com vídeo incluído: http://pt.euronews.com/2013/02/13/extrema-direita-nacionalismo-ou-xenofobia/

A extrema-direita está em ascensão na Europa. Por todo o continente movimentos ultraconservadores vão ocupando espaço na opinião pública e no palco Político. Na Grécia, por exemplo, a organização neonazi “Aurora Dourada” conseguiu o apoio de 10% da população.
Será este o resultado das políticas de austeridade impostas pelos governos ou trata-se de xenofobia?

Nesta edição de “On The Frontline” fomos à Suécia, um país conhecido pelo civismo e moderação, à descoberta da subcultura de extrema-direita.

 

Quanto ao vídeo, é a vergonha do costume quando os grandes mé(r)dia abordam a questão - depois de apresentar o depoimento de uma suposta arrependida de ter sido militante «racista», coincidentemente esteve presa e agora afina pelo diapasão dos algozes, a seguir a isso, dizia, faz-se ali uma espécie de mesa-redonda sobre o tema mas sem a presença efectiva de qualquer militante de Extrema-Direita, sequer simpatizante. No «debate», estão presentes apenas um inimigo político declarado e um alegado especialista universitário que actua ali como uma espécie de «voz objectiva», mas a modos que «clínica», ou seja, manda bocas à laia de médico. Havia de ser o bom e o bonito se algum canal televisivo fizesse um trabalhito sobre a sobrevivência de um partido estalinista na Europa Ocidental (podia ser o PCP, por exemplo...) e como convidados opinativos tivesse apenas um direitista especialista em Comunismo e um militante do PNR... É que nem num tribunal se julga assim um réu, normalmente até o mais horrendo dos criminosos tem direito a um advogado de defesa no mesmo patamar que a acusação.

 

Pelo meio lá resolvem, no «debate», dar voz a um representante do partido nacionalista dos Democratas Suecos (SD), que por acaso fala com lúcida simplicidade e desenvoltura, mas aquilo é visto à distância, em diferido, pelo que o dito representante, e tudo o que ele representa, é tratado como uma espécie de doença ou animal selvagem sob observação numa jaula, que era precisamente isso que a elite queria poder fazer aos «racistas» se não pretendesse fingir ainda que é democrata, permitindo por isso que os «nazis» participem nas eleições... Na sua crítica ao que diz o militante nacionalista do SD, o especialista não consegue mais do que tentar relativizar o argumento do nacionalista de maneira particularmente baratucha quando se faz de novas a respeito do que é «adaptar-se ao nosso modo de vida» (expressão usada pelo militante do SD a respeito do comportamento que o imigrante deve ter), como se qualquer pessoa de bom senso não percebesse de imediato ao que se refere o militante do SD. E depois admiram-se, os clérigos da Igreja Anti-Racista, pelo facto de os Nacionalistas chegarem cada vez mais directamente ao coração do povo, é que entre o que dizem os militantes «racistas» e o que o povo pensa não há diferença essencial nem necessidade de clarificar seja o que for, porque não há «génios» a pretender complicar ou «complexificar» as questões... Aliás, a propósito disso, é saboroso ouvir o dito especialista reconhecer que o potencial eleitoral nacionalista está a crescer na Europa - porque é mesmo isso o que mais incomoda e assusta os da sua igualha. E com razão, porque cada cruz nacionalista na urna de voto é um prego no caixão do anti-racistame.