sexta-feira, janeiro 18, 2013

QUINTUPLICA O NÚMERO DE PAGÃOS NA NAÇÃO «MAIS PURAMENTE ARIANA» DO MUNDO...

 
Um dos emblemas da Romuva, religião nacional lituana; é notório o formato suastiforme
 
 
 
Foram revelados nos últimos meses do ano passado os dados do censo nacional da Lituânia a respeito da religião da população, realizado em 2011.
Um número que salta à vista é a quase quintuplicação do número de pagãos nacionais, isto é, de praticantes do culto aos Deuses Nacionais do Báltico, tais como Perkunas, Deus do Trovão, Laima, Deusa do Destino, Dievas, Deus do Céu, a maior das Divindades, Gabija, Deusa do Fogo Sagrado, Saule, Deusa do Sol, Ménuo, Deus da Lua, Zemyna, Deusa da Terra, Velnias, Deus dos Mortos (talvez um equivalente ao «lusitano» Endovélico...) etc..
Um dos emblemas da Romuva
 
De mil e trezentos indivíduos em 2001 passaram a cinco mil e cem em 2011. Particularmente interessante é o facto de a generalidade das outras religiões ter perdido adeptos. Repare-se que até o número dos que se dizem ateus desceu, e desceu drasticamente (ver na tabela abaixo «nè vienai»), o que, num país europeu contemporâneo, não deixa de ser deveras surpreendente.
 
O culto religioso autóctone da Lituânia, ou Paganismo lituano, cujo nome actual é Romuva, foi proibido oficialmente em 1387. Em 1967, todavia, foi restaurada pelo professor universitário Jonas Trinkunas, que chegou a ser preso pela KGB, acusado de subversão nacionalista, teve de fugir do País mas voltou depois da queda da União Soviética e é hoje o líder da religião organizada, tendo o título de Litewskigo Krivele ou defensor da nação espiritual. A Romuva tem cerca de trinta ramos e muitos praticantes que não são filiados mas que participam no culto.


 
 
 
 
Um óptimo sinal, sem dúvida, numa nação do leste, aliás, do centro geográfico da Europa, cuja representação oficial na Expo 98 se orgulhava de ter a língua viva mais puramente indo-europeia do mundo.

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isto só prova que são estúpidos e alienados. Em tempos atuais acreditar em "deuses"(risos)que são feitos de pau, barro ou pedra, é de uma boçalidade ímpar. A inteligência passa longe dessa turba primitiva.

18 de janeiro de 2013 às 09:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E por falar em países bálticos, convém lembrar que 10% da população da Estónia voltou à religião original, Caturo.
Acho que isso é um bocado discutível, dizer-se que tal país tem a língua indo-europeia mais "pura" do mundo. Como é que pode determinar isso?

18 de janeiro de 2013 às 10:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"É importante:
- não querer perceber tudo quando se lê ou ouve a primeira vez
- não abandonar o interesse por um assunto só porque não se percebeu à primeira, à segunda, ou à terceira (etc) vez
- não pretender “pedagogizar” tudo, isto é, tornar o discurso transparente e acessível, tipo papa feita, linearizando-o para evitar o esforço do outro
- perceber que para se explicar bem uma coisa tem de se perceber muito bem e ter experiência dessa coisa, e que por vezes somos obrigados a explicar coisas/ ouvir explicação de coisas que ainda não percebemos ou experienciámos muito bem
- compreender que nunca há uma compreensão completa de nada, porque por definição nada nem ninguém é completo
- a verdade não é uma coisa exterior à compreensão do(s) sujeito(s), mas é sempre subjectivada por sujeitos, pelo que nunca há verdade absoluta nem conclusão definitiva de nada, o que não implica cair no relativismo pós-moderno (neoliberal) de que tudo tem potencialmente igual valor (desde que se venda, desde que seja aceite)
- desconfiar da intuição e daquilo que aparece como doxa (hábito instalado, evidência óbvia), nomeadamente daquilo em que toda a gente parece, senão estar de acordo, pelo menos aceitar implicitamente na sua actuação repetida de todos os dias
- desconfiar da opinião própria e de outrém, seja de quem for. Não há posições neutras e desinteressadas. Toda a discursividade (produção de sentidos, verbais ou outros) é manipulada e manipulável e visa objectivos conscientes ou inconscientes, políticos, e portanto inseridos em jogos de poder
- todas as pessoas sabem muito, apenas existem diferentes formas de saber com diferente valor de mercado e formas de saber/experiência que foram silenciadas/colonizadas/parasitadas por outras por forma a saírem da concorrência – foram proletarizadas, por assim dizer
- todo o discurso magistral, de autoridade, e mesmo o que se apresenta como irrefutável, científico, provado, etc., é um discurso situado politicamente e emana de uma fonte de poder, pertencendo a uma arena de poder. Não há uma verdade superior ou neutra (meta-verdade) que legitime outras verdades menores. Há uma “repartição do sensível” como diz Rancière, que visa manter e reestruturar permanente a divisão das classes e proteger o sistema da apropriação privada
- ideologia não é um conceito fora de moda, ultrapassado. Toda a vida humana está impregnada de ideologia, sendo a sociedade um concerto (muitas vezes em desequilíbrio, desafinado, portanto) muito complexo de forças, que em última análise exprimem, mais pela acção quotidiana do que pelo que se diz, diferentes ideologias concorrentes
- a ideologia que se está a impor é a ideologia neoliberal na sua feição mais pura, quer dizer, da privatização do que dá valor à vida nas mãos de uma minoria (antes prometida e até certo ponto distribuída pelo chamado estado social), privatização essa paga pela maioria, que é proletarizada. É a este processo obsceno que se dá o nome de crise".

Prof. Vítor Oliveira Jorge
Arqueólogo e Filósofo - Univ. do Porto


18 de janeiro de 2013 às 11:47:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Boa. Mas ainda falta quintuplicar de novo para chegar a 1 porcento. E até chegar aos 50 o Islão vai já ter dominado a Europa Ocidental.

18 de janeiro de 2013 às 14:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Dievas, Deus do Céu, a maior das Divindades"

Não seria Perkunas a maior das Divindades?

18 de janeiro de 2013 às 14:42:00 WET  
Blogger Caturo said...

Há quem diga que sim.

18 de janeiro de 2013 às 16:14:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Boa. Mas ainda falta quintuplicar de novo para chegar a 1 porcento. E até chegar aos 50 o Islão vai já ter dominado a Europa Ocidental.»

Logo se vê. A vida é imprevisível. Até se costuma dizer que o Destino aos Deuses pertence...

18 de janeiro de 2013 às 16:18:00 WET  
Blogger Caturo said...

«E por falar em países bálticos, convém lembrar que 10% da população da Estónia voltou à religião original, Caturo.»

Sim, essa também é boa.


«Acho que isso é um bocado discutível, dizer-se que tal país tem a língua indo-europeia mais "pura" do mundo. Como é que pode determinar isso?»

Sei lá, talvez pela análise da estrutura e sonoridade da língua, também pelo léxico... o que te sei dizer é que isso de o Lituano ser a língua mais puramente indo-europeia do mundo estava escrito num cartaz à entrada do pavilhão da Lituânia na Expo 98.

18 de janeiro de 2013 às 18:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"E por falar em países bálticos, convém lembrar que 10% da população da Estónia voltou à religião original, Caturo."

10% já? Onde viste isto?

18 de janeiro de 2013 às 18:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

« ideologia não é um conceito fora de moda, ultrapassado. Toda a vida humana está impregnada de ideologia, sendo a sociedade um concerto (muitas vezes em desequilíbrio, desafinado, portanto) muito complexo de forças, que em última análise exprimem, mais pela acção quotidiana do que pelo que se diz, diferentes ideologias concorrentes
- a ideologia que se está a impor é a ideologia neoliberal na sua feição mais pura, quer dizer, da privatização do que dá valor à vida nas mãos de uma minoria (antes prometida e até certo ponto distribuída pelo chamado estado social), privatização essa paga pela maioria, que é proletarizada. É a este processo obsceno que se dá o nome de crise".»


Muitíssimo bem visto.


18 de janeiro de 2013 às 20:31:00 WET  
Blogger Caturo said...

«A inteligência passa longe dessa turba primitiva.»

Até parece que alguma vez viste a inteligência, sequer de longe, favelado mal disfarçadamente beato e por isso adorador de calhaus e pedaços de madeira desde que esculpidos na forma de um desgraçado judeu a lamentar-se na cruz.

18 de janeiro de 2013 às 22:16:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Mas o que seriam esses "nenurodyta"? Também aumentaram bastante e a tradução dessa palavra parece ser "não". Seriam os não-religiosos ou os que preferiram não responder?

19 de janeiro de 2013 às 00:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Londres está perdida:

http://www.youtube.com/watch?v=zqNYjxImCko

20 de janeiro de 2013 às 04:19:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Mas o que seriam esses "nenurodyta"? Também aumentaram bastante e a tradução dessa palavra parece ser "não". Seriam os não-religiosos ou os que preferiram não responder? »~

Aparentemente seriam os que não responderam, ou, mais concretamente, os não especificados:

http://en.wikipedia.org/wiki/Religion_in_Lithuania#Population_by_religious_confession

Not indicated - 5.4% (186,447) (2001 census)[2]


21 de janeiro de 2013 às 01:29:00 WET  

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