quarta-feira, novembro 28, 2012

MODELO NEGRO DITO «PORTUGUÊS» E SEUS AMIGOS QUEIXAM-SE DE RACISMO NA MODA NACIONAL...

Agradecimentos a quem aqui trouxe mais esta uma notícia que muito diz sobre a mentalidade reinante nos dias que correm (texto da notícia a itálico, comentários a escrita normal): http://www.publico.pt/cultura/noticia/ausencia-de-fernando-cabral-nos-fashion-awards-cria-polemica-sobre-racismo-1575299

Tem 25 anos, foi o rosto de grandes campanhas internacionais como a H&M e a Benetton e desfilou para a Hugo Boss. É o único português na lista dos 50 melhores modelos masculinos da Models.com. Fernando Cabral não foi nomeado este ano para os Fashion Awards, prémios de moda organizados há três anos pela Fashion TV, entregues na terça-feira à noite em Lisboa.
 A ausência levantou polémica sobre a existência de racismo na moda em Portugal - começou no Facebook, e passou para a crónica do músico Kalaf Angelo, dos Buraka Som Sistema, publicada esta semana na revista 2: "Será Portugal um país racista?", perguntava. "O Fernando é negro, condição de quase-invisibilidade nesta sociedade", escreveu, acusando a organização de "negligência". "Acredito que [Portugal] não será mais [racista] do que outros países", continuava. "Pelo que é alarmante que o tema raça/cor ainda dê azo a tantas más interpretações."

Do puto de rua, do gangster dos grupos étnicos africanos, até aos artistas mais supostamente civilizados e bem integrados, com direito a botar faladura pública mais selecta, a mesma historieta - esta gente sabe-la toda e por isso já, com a espécie de perspicácia do animal selvagem que sabe instintivamente o que mais lhe convém, já aprendeu há décadas que a acusação «racismo!!!» é um abre-te Sésamo que serve para envergonhar o branco culturalmente reinante, a quem foi impingido um complexo de culpa histórico-racial. E portanto se alguém falha, por uma só vez, em fazer a vontade ao negro, ou sequer deixa de promover o negro sempre que este acha que merece ser promovido, de imediato se gera histérico e inquisitorial cagaçal por causa do pecado capital, que é a blasfémia máxima, a saber, o «racismo» do europeu contra o não europeu.

Paulo Ribeiro, presidente do júri e director do canal Fashion TV, que só vota em caso de empate, diz que não comenta o facto de Fernando Cabral não ter sido eleito pela comissão que "é soberana", mas refere que o processo é transparente.
A lista que chega ao júri (composto por 14 membros), cinco nomes em cada categoria para três serem escolhidos, é seleccionada por uma comissão de 45 pessoas de várias áreas da moda, cujos nomes não foram divulgados (as instituições a que pertencem, sim) - Paulo Ribeiro também não os revelou e até à hora do fecho desta edição o PÚBLICO não conseguiu apurar quem eram. Cada pessoa da comissão escolhe, livremente, três nomes. Cabral não apareceu nesta selecção e foi isso que indignou alguns e causou espanto a pessoas como a fundadora da ModaLisboa, Eduarda Abbondanza, também jurada. Abbondanza não acredita que se deva a racismo, mas "talvez" a "uma entropia nos processos, feitos com pessoas que não têm as qualificações certas" e provavelmente não conhecem Fernando Cabral, por ter estado tanto tempo fora a trabalhar.

Devem ter sido escolhidas por algum processo de um-do-li-tá, porque sim, porque foram, porque se não conhecem um modelo negro que nem costuma aparecer em Portugal, é porque «não têm as qualificações certas»...

Por seu lado, Ribeiro recusa "liminarmente" acusações de racismo e diz que o histórico dos Fashion Awards mostra o contrário: "Em duas edições, dos 12 modelos nomeados quatro ou cinco são luso-africanos", e dá o exemplo de Luís Borges, vencedor em 2010. Fernando Cabral, acrescenta, foi nomeado em 2011.

Portanto, quase metade dos nomeados por uma elite me(r)diático-estético-cultural nem portugueses a sério são. Nada de surpreendente, para quem conhece a mentalidade reinante nos níveis sócio-culturais mais influentes das sociedades ocidentais.
E até o tal africano Cabral já chegou a ser nomeado, mas isso foi no ano passado, faltou que o nomeassem este ano, e vai daí, à menor «falha», salta a acusação inquisitorial, prontinha, na ponta da língua...

"Paciência, não é isso que domina a minha carreira", comentou o modelo sobre a sua ausência nos prémios. Encontra duas razões: falta de informação sobre os modelos que saem de Portugal e um "pouco de racismo não só em Portugal e não só na moda". "É difícil para um negro chegar às grandes marcas." Fala de um racismo menos óbvio: "Às vezes as pessoas não querem simplesmente conhecer o que um negro está a fazer, nem se dá tanta importância. Não se tenta pesquisar e desconhece-se porque é mais fácil ver brancos em grandes campanhas."

Nada mais natural. A moda mundialmente dominante é a da sociedade ocidental, construída e ainda maioritariamente povoada por brancos, de origem europeia, pelo que os seus modelos de estética corresponderão obviamente aos do tipo europeu. Só um anormal apelo do exotismo, somado a uma motivação ideológica universalista, é que tem vindo a infiltrar desde há décadas, no mundo da estética, os modelos de estética negróides, nomeadamente na música mas não só. Em condições normais, o branco ainda prefere o tipo de beleza branco, apesar da mentalização anti-racista. E só em nome deste processo aberrante de lavagem cerebral universalista, o da pregação moral anti-racista, é que se pode esperar inverter esta naturalidade humana, o que, pelos vistos, ainda não foi conseguido.

Em Portugal e noutros países, Fernando Cabral foi sempre bastante requisitado, lembra Lido Palma, director da sua agência, a Karacter. Não vê racismo na não-nomeação. "Nada tem que ver com a cor da pele do Fernando." Tem mais que ver, considera, com "falta de informação, dedicação e até de responsabilidade quando se dá a indicação destes nomes". "São sempre os mesmos."
O modelo Ana Sofia participou na polémica no Facebook, indignada, conta-nos. Com dez anos de carreira, diz: "Sim", há racismo na moda em Portugal. Ela própria já se sentiu "lesada" nos Globos de Ouro. "Merecia ter ganho. Tenho uma carreira de dez anos, internacional, que muitos modelos sonham. Se foi racismo ou não... Dá que pensar..." Exemplos: há "muitos modelos de origem africana em Portugal, nas capas de revista contam-se pelos dedos os negros que fazem capa". "Há a ideia de que o negro não vende. O que não percebo: a população de origem africana é flagrante na rua.

Olha, afinal já não são só os «racistas paranóicos» que dizem que «isto está cheio de pretos». Também há entre os próprios negros gente sofisticada e alegadamente bem integrada que nota isso... e que, à boa maneira do animal da selva, quer usar o número da sua gente a seu favor, reivindicando por isso uma parcela maior na divisão do bolo... Isto começa a mostrar qual é o real significado da sociedade multirracial em solo ocidental - quem é de fora começa a fazer exigências ao indígena.

Então por que é que isso não se reflecte nas novelas,

Se calhar porque o público das novelas é feito de homem comum, que só acha bonitas as caras dos brancos... é público que ainda não interiorizou o «dever» moral e intelectual de apreciar a estética africana...

na moda?" Ela foi "à procura do mercado ideal" e rumou a Nova Iorque, onde há poder de compra dos afro-americanos e não "há distinções de cachet entre um manequim branco e negro. Aqui há".

É bom que isto seja divulgado, propagandeado, alardeado aos quatro ventos, por todo o País, a ver se os negros que vivem cá se resolvem de vez a migrar para lá, já, já, já...

O mundo da moda é sobretudo lobista, e muitas vezes "pequeno no seu pensamento", analisa Abbondanza, que não concorda que exista racismo. Francisco Balsemão, do Portugal Fashion e membro do júri, também discorda: "Nunca me apercebi de que havia discriminação em relação aos modelos negros. Há criadores que pedem especificamente modelos africanos para as suas passagens."
Para o fotógrafo Frederico Martins, nomeado, que trabalha com grandes revistas como Vogue e GQ, a ausência de Fernando Cabral nas nomeações tem duas razões: ignorância sobre o que se "passa na moda", sobretudo quando os manequins estão fora, e um racismo "não-directo". "Os manequins negros são negligenciados em Portugal. É um racismo não-intencional, as pessoas têm tendência a não os reconhecer como portugueses e há a ideia de que um negro não vende. Isso é uma dificuldade com a qual lido: é difícil convencer um cliente a ter um manequim negro numa campanha. Não porque haja racismo direccionado, mas porque se acha que não vai ter sucesso no mercado."
Cara da JCrew, já foi exclusivo da Dior, Calvin Klein ou Louis Vuitton: Armando Cabral, a viver em Nova Iorque há anos, e irmão de Fernando, nunca recebeu um prémio em Portugal. "É incompreensível que o melhor modelo em Portugal não esteja nomeado", diz sobre o irmão. "Só pode ser falta de informação - mas quem escolhe os nomeados tem de saber o que se passa na moda - ou racismo." E deixa a questão para "as pessoas responderem": "Por que é que um dos melhores modelos da actualidade não está nomeado? A maioria dos que fizeram sucesso global são luso-africanos. Porque não ganham prémios?"
Pois os que concedem os prémios bem podem insistir em promover os negros, mas o raio do povinho é que não tem tanta vontade de comprar as peças se as vir a serem usadas por gente que, para os padrões estéticos caucasóides, é realmente feia...


19 Comments:

Blogger legião 1143 said...

foda-se caturro podias ter avisado da fuça do tipo ! confesso que apesar de já saber não estava preparado para tanta feiúra !

29 de novembro de 2012 às 01:32:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não sejas assim. Quem já viu um, já viu todos...

29 de novembro de 2012 às 03:05:00 WET  
Blogger Davi said...

Credo o tal modelo é horrível, certamente que há negros muito mais belos que este.

29 de novembro de 2012 às 04:58:00 WET  
Blogger Davi said...

Essa do racismo do europeu contra o não europeu só ocorre muito com africanos, por serem primitivos eles são ainda muito emocionais e sem auto controle, imitadores e com complexo de inferioridade. Chineses, japoneses coreanos e outros povos da Asia nao ligam muito pra isso não.
Já os muçulmanos são tão barbaros quanto os africanos e tão primitivos quanto, por isso o seu despeito com o Ocidente, que é o que eles gostariam de ser mas não admitem.

29 de novembro de 2012 às 05:03:00 WET  
Blogger Davi said...

Credo o tal modelo é horrível, certamente que há negros muito mais belos que este.

29 de novembro de 2012 às 05:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Tá aqui a foto dele

http://www.tumblr.com/tagged/fernando-cabral

29 de novembro de 2012 às 05:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, este não é o único, outro modelo "portugês" muito bem cotado no mundo da moda é o modelo Luis Borges, ele é Cabo-verdiano.

Eis a foto dele:

http://www.tumblr.com/tagged/luis-borges

29 de novembro de 2012 às 05:20:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=ffSFFfKBHPc


vê lá se não é este...
o símio ficou tão lixado com a história do racismo que teve de ir consultar o médico.

29 de novembro de 2012 às 10:47:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.i.thefashionisto.com/2011/12/bmagazine.jpg

29 de novembro de 2012 às 12:08:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.i.thefashionisto.com/2011/12/bmagazine.jpg

SE ISSO PODE SER MODELO AI EM PORTUGAL ENTÃO QUALQUER MENDIGO DA RUA PODE..

29 de novembro de 2012 às 12:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"gente" que, para os padrões estéticos caucasóides, é realmente feia..

para os padrões do bom senso, por que em em andromeda algo bestial e simiesco deve ser belo; só mesmo no mc..

29 de novembro de 2012 às 12:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

*nem mesmo em

29 de novembro de 2012 às 12:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não sejas assim. Quem já viu um, já viu todos...

29 de Novembro de 2012 3:05:00 WET

é tudo a mesma cara

29 de novembro de 2012 às 12:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

29 de Novembro de 2012 1:32:00 WET

e olha que tem alguns residuos não-negroides que se percebe no olho e outros pedaços, mas obviamente essa recombinação de factores negroides e resquicios não-negroides parece que ficou pior ainda que o olho esbugalhado classico deles na versão mais pura e cia, por que virou parecendo aqueles tipos negroidizados, só que com predominancia negroide claro

29 de novembro de 2012 às 12:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Dizer que a população de origem Africana são cerca de 100.000 é uma anedota! Dizer que os imigrantes de origem Africana são 100.000 isso sim, o que é completamente diferente, eu sou de origem africana e não estou contabilizada nesses 100.000 que referiu. Todos os descendentes, nascidos cá em Portugal e portanto contabilizados como portugueses, não contam para essa estatística. Sim, estamos sub-representados é verdade! »

29 de novembro de 2012 às 15:54:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Transcreves-te a notícia mal.

"É o único português na lista dos 50 melhores modelos masculinos da Models.com."

É que não vi nenhum português.

Ontem estive no blog do teu primo:

http://ogladio.blogspot.pt/

Bom trabalho, continua.

29 de novembro de 2012 às 16:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://ogladio.blogspot.pt/

ele quer se promover as custas do celso - mais kosher ainda

30 de novembro de 2012 às 14:12:00 WET  
Anonymous DIREITA said...

Luís Borges; este ate tem um filho "branco".

http://caras.sapo.pt/famosos/2011/08/31/luis-borges-com-bernardo/ALTERNATES/w620h800/Luís+Borges+com+Bernardo


http://imgs.sapo.pt/fama/2011/frontend/images/gls/f_img_44310dfcd7d6f65d99637175eb16fd06.jpg

1 de dezembro de 2012 às 03:43:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O filho de Luis Borges e adotado, ele e gay e e casado com um português branco.

1 de dezembro de 2012 às 18:45:00 WET  

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