sexta-feira, novembro 30, 2012

DESTACADA AUTORIDADE ESPIRITUAL ISLÂMICA DO EGIPTO ADVOGA ESCRAVATURA COMO SISTEMA PARA DINAMIZAR ECOMONIA EGÍPCIA

O imã (autoridade espiritual islâmica) salafista Abi-Ishaq al-Huwayni é um dos principais pregadores e estrelas da cadeia de televisão egípcia Al-Nas TV, criada em 2006 por um milionário saudita. Numa das suas comunicações ao país, o imã propôs o seguinte como fonte de receita para tirar o Egipto da estagnação económica:
 
«Encontramo-nos já na era da jihad [guerra santa]. A hora da jihad chegou, e e a jihad no caminho de Alá é um prazer. É um verdadeiro prazer. Os companheiros do profeta emulavam-se uns aos outros praticando a jihad. A pobreza que nos castiga acaso não é devida ao nosso abandono da jihad? Mas se levássamos a cabo duas ou três operações de jihad por ano, muitas pessoas de todo o mundo tornar-se-iam muçulmanas. Combateríamos os que rejeitam o proselitismo ou quiseram colocar-nos obstáculos, fá-los-íamos prisioneiros, confiscaríamos os seus bens, os seus filhos e as suas mulheres.
Tudo isso representa muito dinheiro. O mujahidin [guerreiro de Alá] voltaria da jihad com os bolsos cheios. Voltaria com três ou quatro escravos, três ou quatro mulheres e três filhos. Multiplicai trezentos dirhams ou trezentos dinares por cabeça e tereis um excelente lucro. Se este mujahidin fosse ao Ocidente e concluíse uma transacção comercial, não ganharia muito dinheiro. Cada vez que se visse em dificuldades económicas, poderia vender um prisioneiro e atenuar as suas dificuldades. Venderia o prisioneiro como se vende qualquer produto num armazém.»
De lembrar que quem assim fala não é um qualquer terrorista completa e totalmente radical super-ultra-hiper-minoritário-revoltado-por-ser-vitimado-por-Israel-e-pelo-imperialismo-ocidental-e-que-não-sabe-que-o-Islão-é-a-religião-da-paz, mas sim uma autoridade espiritual do Islão, e uma das mais divulgadas num dos países mais importantes do mundo islâmico, de África e do Médio Oriente. É pois um profundo conhecedor e, note-se, presumivelmente influente divulgador da tal religião da paz que construiu essa grandessíssima maravilha que foi o Al-Andalus e tal coisa...
 
De notar também que no Egipto os salafistas têm um acordo eleitoral com a cada vez mais poderosa e vitoriosa Irmandade Muçulmana para as próximas eleições. Mas, curiosamente, a imprensa que no Ocidente tanto busca noticiar casos de extremismo - quanto mais insólito melhor - nos dias que correm, não comunica ao povo ocidental coisas destas. Talvez porque custe muito a quem controla essa imprensa que se desfaça a imagem idílica da primavera árabe, que, nas palavras e cabeças da elite me(r)diática, não anda longe de ser promovido a uma nova espécie de «Al-Andalus» ou mito da superioridade e «abertura» civilizacional islâmica...
 
 

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

tinha até uma historiadora sanoid que dizia que o islão decaiu diante do oeste na economia por que o oeste proibiu a servidão no mundo islamico mesmo esta tendo perdurado até pouco tempo atras (mesmo no pos-62,5)..o dna deles que decaiu com a servidão, isso sim..mas essa cultura do leste da qual o oeste absorveu é mesmo assim..primeiro os zeros forjados, depois o resto - culturalmente parece belo na crosta, mas vendem até a mãe por um punhado qualquer..não a toa os judeus vieram daquela zona no pos-rotas..

30 de novembro de 2012 às 13:54:00 WET  

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