terça-feira, setembro 18, 2012

DETIDO TRIO AFRICANO DO MAIOR ASSALTANTES DE BANCOS EM PORTUGAL

Actuavam com profissionalismo e sem esquecer as "indicações" do mestre. Vigiavam os bancos, usavam roupa que imediatamente deitavam fora e ameaçavam os funcionários com armas de fogo. Cuidadosos nas abordagens, chegavam a entrar em várias dependências bancárias no mesmo dia para estudarem os locais. Só roubavam se percebessem que a capacidade de reacção dos presentes era diminuta.
Anteontem, os três angolanos, que residem em diferentes pontos da linha de Sintra e que pertenciam ao grupo de ‘Chiquitá’ – um dos maiores ladrões de bancos presos no nosso País–, entraram em três dependências diferentes. Sempre com a Polícia Judiciária no seu encalço, só no último é que decidiram actuar. Dois ficaram no interior, o terceiro manteve-se no automóvel estrategicamente colocado nas imediações para a fuga. Levaram 600 euros do Millennium BCP, em Alverca.
Fugiram imediatamente: antes de chegarem ao carro, ainda conseguiram lançar a roupa que usavam para um contentor. Voltaram para casa, pensando que, mais uma vez, o assalto tinha sido um sucesso.
Na garagem de um prédio da Amadora, deu-se a abordagem, rápida e sem hipótese de os suspeitos reagirem. Encurralado, o trio entregou-se, o dinheiro foi apreendido, e a arma também.
A Judiciária verificou, mais tarde, tratar-se de homens com 24, 32 e 41 anos. Sem profissão conhecida, um deles tinha ordem de expulsão. A Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ acredita que, em conjunto com ‘Chiquitá’, tinham feito pelo menos oito assaltos a bancos. Entre Abril, quando aquele fugiu da cadeia, até Maio, quando foi preso.
Os três suspeitos foram ontem ouvidos no Tribunal de Sintra. Interrogados por um juiz durante todo o dia, souberam ao princípio da noite que ficavam em prisão preventiva.
Tudo indica, no entanto, que serão encaminhados para diferentes cadeias do País e nunca para perto de ‘Chiquitá’. Sendo ele um perito em evasões, o sistema prisional deverá agora mantê-lo separado dos homens com quem ‘trabalhava’.
No curto espaço de tempo em que esteve em liberdade, ‘Chiquitá’ liderou dois grupos de assaltantes. O último, que foi agora desmantelado, é tido, pela Polícia Judiciária, como muito violento. Os cuidados dos investigadores na abordagem aos ladrões foram muitos. Anteontem, ao perceberem que poderiam voltar a actuar seguiram-nos de perto. Viram-nos entrar nas três dependências, mas só os prenderam na garagem para evitar reacções abruptas.

É, entre outras coisas, mais um exemplo de como a elite faz cumprir a lei que manda expulsar alógenos ilegais - oficialmente, os documentos de expulsão são emitidos e pronto, já está, agora se o ilegal sai mesmo do País ou não, isso já diz respeito a, digamos, dificuldades técnicas e tal... a lei neste particular é pois para inglês ver, ou aliás, para o povinho ver, ou mais concretamente a vê-los passar...