sábado, julho 07, 2012

SOBRE UMA DIVINDADE EVENTUALMENTE PAN-INDO-EUROPEIA - PALES

O dia de hoje é no calendário romano consagrado aos Palibus Duobus, ou «Os Dois Pales» (macho e fémea?), Divindade(s) Protectora dos Rebanhos. A figura da Divindade feminina protectora Cujo nome radica em Pal- será eventualmente uma das mais antigas e disseminadas do mundo indo-europeu. Na Grécia, uma das mais importantes Deusas, Atena, protectora de Atenas, tinha nesta cidade o título de Pallas; nota-se ao mesmo tempo a semelhança (como fez Georges Dumézil) entre a romana Pales, protectora dos rebanhos, e a indiana Vispala, Deusa igualmente protectora dos rebanhos, mas em Cujo nome «Vis» significa «Tribo», «Casa». Extraordinariamente, há na Lusitânia uma Deidade Cujo nome é Trebopala, em que «Trebo» significa, em Céltico, «Tribo», «Povo», enquanto «-pala» terá o sentido de «Protecção». A lusitana Trebopala seria pois exactamente equivalente, na Sua origem e significado, à indiana Vispala, como se pode deduzir da leitura do artigo «O Sacrifício entre os Lusitanos», da Dra. Maria João Santos Arez, bem como da tese de licenciatura do Dr. Andrés Pena Granha, intitulada «Território Político Celta na Galícia Prerromana e Medieval».

39 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"«Território Político Celta na Galícia Prerromana e Medieval»"

Caturo, este link está errado. Ou não funciona mais.

7 de julho de 2012 às 21:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Falsa divindade de pedra, isto sim.
As almas dos ignorantes seguidores desta religião primitiva e sanguinária terão de pagar caro por
levarem a cabo essa superstição infame.

7 de julho de 2012 às 23:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«terão de pagar caro»

Quem terá de pagar caro, com a alma e o que mais for preciso, é quem apoia a imposição do culto de um judeu miserável e morto contra as devidas honras aos Deuses Nacionais dos Europeus.

8 de julho de 2012 às 00:44:00 WEST  
Anonymous Gimnossofista said...

Caturo, publicaste algum artigo acerca das gravuras rupestres de Foz Côa?
Quando irás fazê-lo?

"Falsa divindade de pedra, isto sim.
As almas dos ignorantes seguidores desta religião primitiva e sanguinária terão de pagar caro por
levarem a cabo essa superstição infame".


Mais devagar, anónimo. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. É assim:
por um lado, deu-se uma usurpação da parte do movimento proselitista cristão, sim, e isso trouxe tensão e alegadas injustiças por parte das autoridades cristãs. Há provas documentais de destruição de templos, estátuas e repressão física (com mortes e prisões de seguidores das religiões ancestrais), tudo isso infelizmente realidade, mas por outro lado jamais, em hipótese alguma me passaria pela cabeça sair para a rua para queimar igrejas ou cometer atentados contra padres e bispos (para isso já bastou os tempos da 1ª República...), porque se formos analisar bem, já se trata, hoje em dia, de advogar um Neo-Paganismo, não o Paganismo tout court, integral tal como praticado, por exemplo, na antiga Roma, isto quanto à sua eventual vertente de cariz sexual, com a alegada licensiosidade verificada por ocasião de algumas festividades (Saturnália, por exemplo). Não, anónimo, não é disso que se trata, e porquê? Porque é próprio das sociedades organizadas a evolução mental e comportamental, bem como jurídica. Considero tão válido um património como outro; ambos concorrem para a estruturação de uma identidade, cada qual à sua maneira; se a Antiguidade Clássica nos deu Platão, Virgílio, Ovídio, Anaximandro, Tales de Mileto, Hipócrates ou Aristóteles, entre muitos, muitos outros, o influxo do Cristianismo deixou-nos nomes como Chesterton, Papini, Fra Angélico, S.Tomás de Aquino, , Ockham, Bacon, Grosseteste, etc, etc. Todos eles marcantes. O que era há 2000 anos não é mais hoje, e isto aplica-se a toda e qualquer religião, evidentemente. A mundividência de um cidadão do século XXI não se coaduna com princípios que eram, séculos atrás, vistos como normais e recomendáveis (vidé certas passagens bíblicas e as suras corânicas).
Portanto, haja o devido distanciamento histórico e contextualize-se esta matéria, evitando anacronismose ucronias destituídas de sentido, pois que tudo se encontra sujeito às leis da mudança.
Nunca ouviste falar em Democracia, anónimo?...
A verdade é que as alegadas atrocidades por intolerância foram cometidas a mando das autoridades cristãs; nunca os pagãos tiveram esse comportamento, porque, quando se deram as ditas perseguições aos cristãos, agiram por impulso de defesa, e de acordo com os condicionalismos mentais da sua época (o que não vem justificar, de qualquer modo, o uso da violência como solução de problemas sócio-religiosos), além de que a imputação dirigida aos cristãos não era tanto a de adorarem outro deus, mas a sua recusa em aderir ao culto do imperador. No mais, os pagãos têm demonstrado um comportamento decente e tolerante relativamente a outros cultos.
A história já é bem conhecida para que se entre em mais considerandos...

8 de julho de 2012 às 10:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Falsa divindade de pedra, isto sim.
As almas dos ignorantes seguidores desta religião primitiva e sanguinária terão de pagar caro por
levarem a cabo essa superstição infame.

hahahaha..isso me lembra um beato padreco da rede aparecida que chamou a masturbação de prazer "egoísta"..sim, nem no sexo os desvalores aliens gosta da auto-suficiencia em relação ao "outro"/"proximo"..e por que a dependencia é a base de fazerem mais gado..daí apoiarem as disgenias e tudo que gere mais seres dependentes..irem contra o aborto para que essas crianças acabem em orfanatos abusadas ou loucas num hospicio, et cetera..e depois eles se dizem os "cool"..jeje..curiosamente a torá quando se colocou contra a masturbação e viadice pre-"novo" testamento alien disse que isso era ruim por que desperdiçava a semente do povo auto-"escolhido" (naquela altura ainda com alto grau de pureza racial pre-rotas) e nada falava de prazer "egoísta"..jeje

8 de julho de 2012 às 13:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Quem terá de pagar caro, com a alma e o que mais for preciso, é quem apoia a imposição do culto de um judeu miserável e morto contra as devidas honras aos Deuses Nacionais dos Europeus.

pois, e o pior: os desvalores irracionais aliens derivados dele e deturpados pelos pos-saulistas da vida..

8 de julho de 2012 às 13:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Igreja Anglicana proíbe padres de se filiarem em partidos racistas»

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=69294

8 de julho de 2012 às 15:29:00 WEST  
Blogger Afonso de Portugal said...

O actual apelido português «Palas» terá alguma coisa a ver com Pales?

Ou, pelo contrário, tem uma origem completamente diferente?

8 de julho de 2012 às 23:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

engraçado foi o gugu hoje na emissora petencostal dizendo que paris é uma maravilha, os franceses são os mauzinhos, os imigrantes marginais são os legais e que tudo está bem na ex-frança..eles nunca tocam no assunto, sempre omitem e quando abordam sempre dão um jeito de fazer como fizeram na cobertura da "primavera" salafista, tentando pintar tudo de cor de rosa e dizer mil maravilhas..hehe

9 de julho de 2012 às 01:14:00 WEST  
Anonymous Gimnossofista said...

Caro Caturo, então e o meu texto?
Houve algum problema técnico? Não o vejo.
Podia ver o que se passou, por favor?
Obrigado!

9 de julho de 2012 às 10:40:00 WEST  
Anonymous Gimnossofista said...

Trata-se do texto que postei ontem de manhã, em resposta ao comentário do anónimo.
Não entendo o que se passou.

9 de julho de 2012 às 10:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ainda sobre aquela questão do desperdicio da semente no livro alien; não eram só as 2 praticas citadas tidas como não-desejaveis no deserto de alta mortalidade numa geodesia entre as 2 maiores foz de rios do oriente medio (não me admira o judaismo e outras porcarias terem surgido nessa zona altamente disputada no passado)..parece que o sexo anal e o oral eram tão mal vistos quanto pela mesma razão que o sexo com a mão e o outro la..possivelmente a espanhola tambem fosse mal vista, mas a questão é por que só citaram claramente a questão das 2 citadas se todas chegam ao mesmo fim "hediondo" que se queria evitar com a tal semente..as demais ficam semi-implicitas quando se fala no desperdicio (na epoca até fazia sentido pois o dna era menos lixado do pre-rotas meso-medievais no auge)..

9 de julho de 2012 às 13:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Listen to this fucking nut job they need to gtfo of our europian countries saying shit like this http://youtu.be/M4ZllIoagsQ

"Norwegian" Muslims want beheading for failing to observe the fast inIslamic schools

9 de julho de 2012 às 14:03:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«O actual apelido português «Palas» terá alguma coisa a ver com Pales? Ou, pelo contrário, tem uma origem completamente diferente? »

Não sei, mas não é impossível que esteja com este teónimo indirectamente relacionada.

9 de julho de 2012 às 15:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

repressão física (com mortes e prisões de seguidores das religiões ancestrais),

os derivados deles tambem reprimem e matam inclusive genomicamente/perpetuamente..

9 de julho de 2012 às 15:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Mais devagar, anónimo. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. É assim:
por um lado, deu-se uma usurpação da parte do movimento proselitista cristão, sim, e isso trouxe tensão e alegadas injustiças por parte das autoridades cristãs. Há provas documentais de destruição de templos, estátuas e repressão física (com mortes e prisões de seguidores das religiões ancestrais), tudo isso infelizmente realidade, mas por outro lado jamais, em hipótese alguma me passaria pela cabeça sair para a rua para queimar igrejas ou cometer atentados contra padres e bispos (para isso já bastou os tempos da 1ª República...), porque se formos analisar bem, já se trata, hoje em dia, de advogar um Neo-Paganismo, não o Paganismo tout court, integral tal como praticado, por exemplo, na antiga Roma, isto quanto à sua eventual vertente de cariz sexual, com a alegada licensiosidade verificada por ocasião de algumas festividades (Saturnália, por exemplo). Não, anónimo, não é disso que se trata, e porquê? Porque é próprio das sociedades organizadas a evolução mental e comportamental, bem como jurídica. Considero tão válido um património como outro; ambos concorrem para a estruturação de uma identidade, cada qual à sua maneira; se a Antiguidade Clássica nos deu Platão, Virgílio, Ovídio, Anaximandro, Tales de Mileto, Hipócrates ou Aristóteles, entre muitos, muitos outros, o influxo do Cristianismo deixou-nos nomes como Chesterton, Papini, Fra Angélico, S.Tomás de Aquino, , Ockham, Bacon, Grosseteste, etc, etc. Todos eles marcantes. O que era há 2000 anos não é mais hoje, e isto aplica-se a toda e qualquer religião, evidentemente. A mundividência de um cidadão do século XXI não se coaduna com princípios que eram, séculos atrás, vistos como normais e recomendáveis (vidé certas passagens bíblicas e as suras corânicas).
Portanto, haja o devido distanciamento histórico e contextualize-se esta matéria, evitando anacronismose ucronias destituídas de sentido, pois que tudo se encontra sujeito às leis da mudança.
Nunca ouviste falar em Democracia, anónimo?...
A verdade é que as alegadas atrocidades por intolerância foram cometidas a mando das autoridades cristãs; nunca os pagãos tiveram esse comportamento, porque, quando se deram as ditas perseguições aos cristãos, agiram por impulso de defesa, e de acordo com os condicionalismos mentais da sua época (o que não vem justificar, de qualquer modo, o uso da violência como solução de problemas sócio-religiosos), além de que a imputação dirigida aos cristãos não era tanto a de adorarem outro deus, mas a sua recusa em aderir ao culto do imperador. No mais, os pagãos têm demonstrado um comportamento decente e tolerante relativamente a outros cultos.
A história já é bem conhecida para que se entre em mais considerandos...

8 de Julho de 2012 10:58:00 WEST


concordo com o gimno sofista, a análise é lúcida.
Caturo?

11 de julho de 2012 às 14:31:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Idem, na generalidade.

11 de julho de 2012 às 16:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Há provas documentais de destruição de templos, estátuas e repressão física (com mortes e prisões de seguidores das religiões ancestrais), tudo isso infelizmente realidade..."

Também há provas documentais de destruição de Igrejas e com mortes e prisões de cristãos por parte dos pagãos, o que é infelizmente realidade.

12 de julho de 2012 às 13:37:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Claro - como forma de defesa dos pagãos contra a intolerância subversiva cristã, que foi igual em toda a parte.

12 de julho de 2012 às 15:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bem, então o que os cristãos fizeram aos pagãos foi também uma forma de defesa contra a intolerância subversiva dos pagãos.

12 de julho de 2012 às 15:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Lá tinha que vir a censura.

12 de julho de 2012 às 17:38:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não é censura, é falta de tempo para estar a dar sempre as mesmas respostas às mesmas imbecilidades repetitivas e já mais que rebatidas. Claro que tudo leva a devida resposta, as vezes que forem precisas, mas não sempre que o freguês quer, era o que mais faltava ficar aqui tardes inteiras a repetir o que já disse noutras tardes inteiras. Os cristãos não atacaram o que era pagão por «defesa» de coisíssima nenhuma, mas sim por intolerância pura e simples, porque na mente cristã não se pode permitir a existência do «erro» em matéria de religião, e para os cristãos tudo o que não seja cristão é erro. Os adoradores dos Deuses entendiam que para a Divindade poderiam existir vários caminhos - os arautos do judeu morto não admitiam tal possibilidade. É por isso que a intolerância e o totalitarismo são inerentes ao Cristianismo. E, por isso, sempre pugnaram os nazarenos contra a religião nacional do Povo no seio do qual se infiltraram, até finalmente conseguirem destruí-la pela força, ou em vez disso serem varridos da face da Terra, como aconteceu no Japão, que foi trigo limpo farinha amparo. Isto porque os sofisticados orientais toparam desde cedo a ameaça que o Cristianismo representava, coisa que os ingénuos ocidentais Romanos não fizeram a tempo e, por isso, as perseguições romanas contra o Cristianismo foram esporádicas. Alguns romanos perceberam também o perigo que este credo semita representava, mas actuaram relativamente tarde e já não conseguiram travar o cancro que então se disseminava pelo império. Assim que os cristãos chegaram ao poder, deram toda a razão às piores expectativas dos pagãos, visto que iniciaram um processo de perseguição sistemática que viria a destruir e/ou usurpar tudo o que era pagão.

12 de julho de 2012 às 19:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Isso de se apresentar opiniões como factos para depois se dizer que se rebateu o que outro disse não tem ponta para onde se pegue, que é o que tu fazes. Os pagãos não atacaram os cristãos por defesa de coisíssima nenhuma, mas sim por intolerância pura e simples, porque na mente pagã não podia existir uma religião que proclamava que só existia um Deus e cujos os adoradores se recusavam em participar em qualquer ritual pagão. Os adoradores dos deuses não tinham respeito nenhum pelas religiões alheias, desfigurando-as
nuns casos, destruindo-as noutros.
É por isso que a intolerância e o totalitarismo está na raiz das religiões pagãs. E, por isso, sempre pugnaram os romanos contra a religião nacional do Povo que conquistaram, até finalmente conseguirem destruí-la pela força, ou em vez disso serem varridos da face da Terra, como aconteceu na Germânia, que foi trigo limpo farinha amparo. Isto porque os brutos germanos toparam desde cedo a ameaça que a religião romana representava, coisa que os ingénuos Gauleses não fizeram a tempo. E, por isso, as perseguições romanas contra as outras religiões foram numerosas. Muitos romanos atacaram as outras religiões e no fim só tiveram o que mereceram. Assim que os cristãos chegaram ao poder fizeram exactamente o que os pagãos tinham feito atnes. Vários símbolos e rituais pagãos entraram no cristianismo porque as populações conservavam tal herança pagã, e Igreja não se opondo permitiu que tais tradições entrassem no Cristianismo, e isto nada tem de mais.

12 de julho de 2012 às 22:07:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Pegar na estrutura do meu discurso e tentar virá-lo contra mim é mediocridade argumentativa da mais infantilóide, com a agravante de que se baseia num autêntico churrilho de asneiredo histórico do mais crasso.
Em primeiro lugar, não apresento opiniões como factos - tudo o que digo tem fundamento histórico conhecido e tenho-o provado continuamente.
Assim, e repondo a verdade que o beato quis sem vergonha nenhuma inverter ou negar, os pagãos atacaram os cristãos por motivo de defesa da sua integridade religiosa e civilizacional, ameaçada desde sempre pelo Cristianismo - e a acção dos cristãos em toda a parte e tempo em que tiveram poder para se impôrem pela força ou pela intimidação dá toda a razão aos pagãos que em tempos os perseguiram.
A intolerância pura e simples é realmente um traço da mente cristã, como ficou demonstrado no meu comentário acima, e que, sintomaticamente, o beato nem tentou inverter, é que nem lhe tocou.

13 de julho de 2012 às 03:49:00 WEST  
Blogger Caturo said...

E, mais uma vez ao contrário do que diz o beato, na mente pagã havia mesmo espaço para quem adorasse um só Deus, e até para quem se recusasse a prestar culto a outros Deuses, e isto ficou historicamente provado pelo facto de que o Judaísmo acabou por ser tolerado e os seus crentes deixados em paz - é que estes não eram tão subversivos como os cristãos e, de um modo muito geral, embora com excepções históricas, ficavam no seu canto, ao contrário dos cristãos...
De resto, os pagãos na sua terra tinham todo o direito de determinar quais os deveres cívicos, à maneira dos seus ancestrais. A ideia de que só se pode prestar culto a um Deus porque os outros são falsos ou demoníacos é em si mesmo uma novidade no mundo ocidental e constitui, logo à partida, uma concepção visceralmente intolerante. Ora se os cristãos pensavam assim, que se fossem embora do Império - ninguém os impedia de sair. Mas ir embora do Império está quieto, porque o que eles sempre quiseram mesmo foi usurpar a estrutura civilizacional romana para a usar como plataforma de modo a cristianizarem o resto do mundo... foram assim uma espécie de «aliens o oitavo passageiro» do mundo antigo.
Defender, no mundo antigo, a ideia de que se não devia prestar culto aos Deuses Nacionais, equivale na actualidade à recusa de prestar juramento de bandeira, como fazem alguns cristãos autênticos, nomeadamente as testemunhas de Jeová.

13 de julho de 2012 às 03:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mais uma vez ao contrário do que diz o anónimo, os adoradores dos Deuses tinham natural respeito pelas religiões alheias, ou por outra, nem lhes passava pela cabeça dizerem que as religiões alheias eram falsas. Essa atitude disseminou-se no Ocidente por via cristã, tendo raiz no Judaísmo. Os casos de destruição de património sagrado alheio na Antiguidade pagã enquadram-se no contexto de guerras e invasões por motivos políticos e/ou económicos, nunca por motivos religiosos. Esta atitude de guerra religiosa foi trazida para o Ocidente pelo Cristianismo, porque de facto o totalitarismo e a intolerância estão mesmo na raiz do culto ao Judeu morto - intolerância de origem judaica somada ao universalismo apátrida do Cristianismo só podia ter como consequência a disseminação dessa intolerância ao resto do mundo, por cima de todas as fronteiras étnicas e estatais. Flagrantemente ao contrário do que diz o beato, nunca os Romanos pugnaram contra religião nacional alguma do Povo que conquistavam - não o fizeram na Germânia, nem na Gália, nem na Ibéria, nem em lado nenhum, e tanto não fizeram que a esmagadora maior parte do conhecimento que se tem das Divindades célticas continentais chega por via das inscrições romanas, redigidas em Latim, ou seja, sob domínio político romano. Que um beato fale como se isto nunca tivesse acontecido só confirma a conhecida falta de honestidade ao nível mais despudorado que caracteriza muita da arenga cristã e do revisionismo cristão da História. Efectivamente, ao contrário do que pretende desonesta, ou pelo menos ignorantemente o anónimo, nunca a religião romana ameaçou a Germânia, nem nunca os Germanos lutaram contra os Romanos por motivos religiosos mas sim estritamente políticos e militares. E isto bate certo com o facto de que as perseguições dos Romanos às religiões alheias terem sido raríssimas e de cariz meramente político, nunca religioso. Aliás, esta falta geral de atenção ao perigo religioso, e civilizacional, que o Cristianismo representava, é que valeu aos Romanos autênticos e integrais a perda do seu império diante da hoste cristã, o que não aconteceu no Japão, como já se disse, que aí sim, é que foi trigo limpo farinha amparo, a tropa do Galileu que por lá andava a julgar que subvertia e conquistava no seu estilo subreptício e oriental deu de caras com outros orientais que cedo os toparam e lhes acabaram com a brincadeira suficientemente cedo - tudo crucificado e acabou. Queriam imitar Cristo e os Nipónicos fizeram-lhes a vontade... e depois não houve nenhuma «luz» do Espírito Santo que de repente «iluminasse» os filhos da Deusa Solar Amaterasu - pudera, não havia um forte poder político-militar a sustentar essa «luz», claro que aí a Cristandade não se impôs...

13 de julho de 2012 às 03:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Os Romanos, religiosamente ingénuos, pagaram pois pela sua ingenuidade - e logo a seguir os cristãos assim que puderam impuseram-se pela força e pela intimidação, apertando o cerco ao Paganismo até ao ponto em que, com as costas quentes pelo poder militar, começaram a destruir templos pagãos, a usurpá-los e a emitir leis para proibir o Paganismo, por vezes sob pena de morte, actuando por isso de modo radicalmente diferente dos pagãos, cujas perseguições ao Cristianismo foram esporádicas. De resto, tem piada que haja cristãos a defender o que os seus antepassados espirituais fizeram sob o argumento da retaliação, isto vindo de quem diz que é preciso dar a outra face tem especial piada - mas é só porque no Cristianismo a intolerância e o fanatismo superam na hierarquia dos valores essa historieta de dar a outra face. Os pagãos romanos não perceberam isto a tempo porque, não tendo familiaridade com esse tipo de pensamento, não o reconheceram a tempo como ameaça mortal.
Quanto aos símbolos pagãos usurpados pela Cristandade, só mesmo o mais desonesto revisionismo cristão é que podia vir dizer que a Igreja «não se opôs» e «permitiu» a adopção de tais elementos. Ora «não se opôs»/«permitiu» ponto e vírgula - não é «não se opôs», é tentou activamente cristianizar esses elementos, para assim se infiltrar melhor no seio das populações, sobretudo das mais resistentes à cristianização. Isto não foi um acto de tolerância, como pretende descaradamente o anónimo, mas sim uma táctica pensada, deliberada, para destruir de vez as religiões nacionais e apoderar-se dos seus elementos para melhor se impôr - e a isto chama-se pura e simplesmente usurpação. Não tem outro nome.

13 de julho de 2012 às 03:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Pegar na estrutura do meu discurso e tentar virá-lo contra mim é mediocridade argumentativa da mais infantilóide, com a agravante de que se baseia num autêntico churrilho de asneiredo histórico do mais crasso."

É a tua opinião.

"Em primeiro lugar, não apresento opiniões como factos - tudo o que digo tem fundamento histórico conhecido e tenho-o provado continuamente."

Com certeza.lol

"Assim, e repondo a verdade que o beato quis sem vergonha nenhuma inverter ou negar, os pagãos atacaram os cristãos por motivo de defesa da sua integridade religiosa e civilizacional, ameaçada desde sempre pelo Cristianismo - e a acção dos cristãos em toda a parte e tempo em que tiveram poder para se impôrem pela força ou pela intimidação dá toda a razão aos pagãos que em tempos os perseguiram."

É mais outra opinião tua.

"A intolerância pura e simples é realmente um traço da mente cristã, como ficou demonstrado no meu comentário acima, e que, sintomaticamente, o beato nem tentou inverter, é que nem lhe tocou."

Pois não, é que o meu comentário nem sequer é publicado quanto mais inverter a tua opinião.

13 de julho de 2012 às 15:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"E, mais uma vez ao contrário do que diz o beato"

Eu digo o quê, se o meu comentário nem sequer é publicado, pantagânico?

"e isto ficou historicamente provado pelo facto de que o Judaísmo acabou por ser tolerado e os seus crentes deixados em paz"

Pois, os judeus depois de algumas perseguições foram tolerados, e portanto fica provado que os pagãos eram tolerantes. HAHAHAHAHAHAHA A lógica pantagânica
é um fartote. :)

"é que estes não eram tão subversivos"

Não, os judeus não eram "subversivos" de qualquer maneira, mas mesmo assim foram perseguidos pelos muy tolerantes pagãos, o que atesta bem a tolerância pagâ.

"como os cristãos e, de um modo muito geral, embora com excepções históricas, ficavam no seu canto, ao contrário dos cristãos..."

Se os pagãos não ficavam no seu canto, os cristãos tinham que ficar porquê?

13 de julho de 2012 às 15:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"De resto, os pagãos na sua terra tinham todo o direito de determinar quais os deveres cívicos, à maneira dos seus ancestrais."

Impor rituais religiosos a quem não é crente parece-me sinal de intolerância, mas os pagãos não eram intolerantes, ai, não eram, não, vou já chamar de beato a quem diga o contrário.lol

"A ideia de que só se pode prestar culto a um Deus porque os outros são falsos ou demoníacos é em si mesmo uma novidade no mundo ocidental e constitui, logo à partida, uma concepção visceralmente intolerante."

Não, quem não era cristão, podia bem prestar culto aos deuses pois não estava limitado pela doutrina cristã, logo não há aqui intolerância alguma.

"Ora se os cristãos pensavam assim, que se fossem embora do Império - ninguém os impedia de sair."

Eram eles e os ateus que também não acreditavam nos deuses. E sair para aonde, se o império se tinha apoderado do mundo civilizado todo?


"Mas ir embora do Império está quieto, porque o que eles sempre quiseram mesmo foi usurpar a estrutura civilizacional romana para a usar como plataforma de modo a cristianizarem o resto do mundo..."

É uma opinião.

"foram assim uma espécie de «aliens o oitavo passageiro» do mundo antigo."

Pois, e os pagãos eram uma espécie de "predator", uma ameaça invisível às vezes, mas quando se revelava era mortal para as suas vítimas.

"Defender, no mundo antigo, a ideia de que se não devia prestar culto aos Deuses Nacionais, equivale na actualidade à recusa de prestar juramento de bandeira, como fazem alguns cristãos autênticos, nomeadamente as testemunhas de Jeová."

É uma opinião que revela a intolerância pagã.

13 de julho de 2012 às 15:43:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"De resto, os pagãos na sua terra tinham todo o direito de determinar quais os deveres cívicos, à maneira dos seus ancestrais."

«Impor rituais religiosos a quem não é crente parece-me sinal de intolerância,»

Essa é a tua opinião (isto sim, é que é opinião), mas não resiste à análise séria e historicamente contextualizada – porque o significado desses rituais era político, não propriamente doutrinal. A ideia de que prestar culto a várias Divindades é pecaminosa, é, em si mesma, intolerante e constituia uma novidade que as autoridades romanas não tinham de aceitar. É uma novidade criada por uma mentalidade intolerante e totalitária.
De resto, repito o que o beato não quis referir – os cristãos eram livres de se irem embora dali para fora, como bem lhes disse Celso. Mas não, dava mais jeitinho ficar debaixo das asas da águia imperial romana para um dia se apropriar dela...

13 de julho de 2012 às 17:12:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«mas os pagãos não eram intolerantes, ai, não eram,»

Pois, essa não pegou, mas eu continuo a dizer que sim que eram intolerantes e porque sim e porque eram, e os rituais eram como um juramento de bandeira? ah, não quésaber!, ritual é ritual e eles eram intolerantes e pronto, já 'tá, mãos nos ouvidos e não quero ouvir mais nada, acabou.


"A ideia de que só se pode prestar culto a um Deus porque os outros são falsos ou demoníacos é em si mesmo uma novidade no mundo ocidental e constitui, logo à partida, uma concepção visceralmente intolerante."

«Não, quem não era cristão, podia bem prestar culto aos deuses pois não estava limitado pela doutrina cristã, »

Só no tempo do Cristianismo, claro. Porque quando o Cristianismo se impôs, proibiu o culto aos outros Deuses todos – sob pena de morte. Porque, para o Cristianismo, prestar culto a outros Deuses é em si um pecado. A coisa chegou ao ponto de proibirem até mesmo o culto caseiro, privado. E isto sim, é a mais absoluta forma de intolerância – totalitarismo puro e duro.



"Ora se os cristãos pensavam assim, que se fossem embora do Império - ninguém os impedia de sair."

«Eram eles e os ateus que também não acreditavam nos deuses.»

O mesmo é válido para eles. Mas esses eram poucos e não levantavam ondas.


«E sair para aonde, se o império se tinha apoderado do mundo civilizado todo? »

Para fora das fronteiras do império, onde não se comiam forçosamente crianças ao pequeno-almoço.


Mas ir embora do Império está quieto, porque o que eles sempre quiseram mesmo foi usurpar a estrutura civilizacional romana para a usar como plataforma de modo a cristianizarem o resto do mundo..."

«É uma opinião»

Tal como as tuas. Mas, por acaso, sustentada em factos. Por alguma razão o apóstolo Paulo se dirigiu para Roma.


."foram assim uma espécie de «aliens o oitavo passageiro» do mundo antigo."

«Pois, e os pagãos eram uma espécie de "predator", uma ameaça invisível às vezes, »

Qual ameaça invisível qual carapuça, mais uma resposta sumamente ridícula. Ameaça invisível sempre foram os cristãos em minoria, pelas catacumbas e bastidores. Os pagãos, pelo contrário, sempre estiveram à luz do dia e não consta que tenham conseguido reunir a manha suficiente para se protegerem em sociedade clandestina, apesar de especulações a esse respeito. Não estavam preparados para esse tipo de jogatanas subversivas, tal comportamento não lhes era familiar...

13 de julho de 2012 às 17:13:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Defender, no mundo antigo, a ideia de que se não devia prestar culto aos Deuses Nacionais, equivale na actualidade à recusa de prestar juramento de bandeira, como fazem alguns cristãos autênticos, nomeadamente as testemunhas de Jeová."

«É uma opinião que revela a intolerância pagã»

Não revela intolerância alguma, mas sim consciência cívica e nacional verdadeiramente integral, que implica uma componente sagrada. Quem contra isto se eergue é que é intolerante. Quem afirma que deve deixar-se de prestar culto aos Deuses dos ancestrais só porque um judeu lá longe disse que só ele é que sabia a verdade e era caminho para «Deus» (Jeová, note-se, um «Deus» alógeno, ainda por cima), esse sim, é intrinsecamente intolerante. Por isso mesmo é que o Cristianismo em toda a parte onde se impôs fez correr sangue – e o próprio judeu crucificado sabia disso, porque prometeu precisamente a guerra, guerra fratricida em nome da sua palavra.

13 de julho de 2012 às 17:13:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"E, mais uma vez ao contrário do que diz o beato"

«Eu digo o quê, se o meu comentário nem sequer é publicado,»

Calmex, beato. O que disseste já foi publicado. Tratou-se de um lapso da minha parte.


"e isto ficou historicamente provado pelo facto de que o Judaísmo acabou por ser tolerado e os seus crentes deixados em paz"

«Pois, os judeus depois de algumas perseguições foram tolerados, e portanto fica provado que os pagãos eram tolerantes. »

Correctíssimo. Isto prova que a perseguição ao Judaísmo foi sempre de índole política, nunca especificamente doutrinária.Logo, não se tratou de intolerância religiosa. Portanto, não há no Paganismo, isto é, na religião pagã propriamente dita, nenhuma intolerância. Q.E.D..


«A lógica pantagânica é um fartote»

Supera a «teimosia» ;) beata de dizer a mesma léria, fazendo de conta que não leu os argumentos contrários. :)


"é que estes não eram tão subversivos"

«Não, os judeus não eram "subversivos" de qualquer maneira, »

Não, os Judeus foram menos subversivos do que os cristãos, de um modo geral ficaram no seu canto.


«mas mesmo assim foram perseguidos pelos muy tolerantes pagãos, »

Foram perseguidos pelas autoridades romanas por motivos políticos, não por motivos religiosos, o que deita por terra a ideia de que se tratou de intolerância religiosa. Realmente os cristãos nunca gostam de estar sozinhos na sua intolerância, insistem em puxar outros para o mesmo buraco em que estão, mas aí só podem ter a companhia dos seus irmãos muçulmanos. :)


"como os cristãos e, de um modo muito geral, embora com excepções históricas, ficavam no seu canto, ao contrário dos cristãos..."

«Se os pagãos não ficavam no seu canto, »

Pressuposto errado,, conclusão errada. Os pagãos ficavam mesmo no seu canto. Os cristãos é que não.
De qualquer modo, fica claro que os cristãos acham bem não ficar no seu canto e impingirem-se aos outros. :)

13 de julho de 2012 às 17:14:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Pegar na estrutura do meu discurso e tentar virá-lo contra mim é mediocridade argumentativa da mais infantilóide, com a agravante de que se baseia num autêntico churrilho de asneiredo histórico do mais crasso."

«É a tua opinião»

Que vale mais que a tua.


"Em primeiro lugar, não apresento opiniões como factos - tudo o que digo tem fundamento histórico conhecido e tenho-o provado continuamente."

«Com certeza.»

De facto.

«lol »

A resposta «tineige» clássica.


“Assim, e repondo a verdade que o beato quis sem vergonha nenhuma inverter ou negar, os pagãos atacaram os cristãos por motivo de defesa da sua integridade religiosa e civilizacional, ameaçada desde sempre pelo Cristianismo - e a acção dos cristãos em toda a parte e tempo em que tiveram poder para se impôrem pela força ou pela intimidação dá toda a razão aos pagãos que em tempos os perseguiram."

«É mais outra opinião tua.»

É mais uma opinião baseada em factos – os cristãos sempre perseguiram outras religiões assim que para isso tiveram poder. Facto. Ponto assente. Os pagãos, pelo contrário, raramente perseguiram outras religiões – e até as perseguições aos cristãos foram esporádicas. Outro facto histórico. Ponto assente.


"A intolerância pura e simples é realmente um traço da mente cristã, como ficou demonstrado no meu comentário acima, e que, sintomaticamente, o beato nem tentou inverter, é que nem lhe tocou."

«Pois não, é que o meu comentário nem sequer é publicado»

Pois, mas agora ficou publicado e assim prova-se que, de facto, nem tocaste no assunto – falaste em tudo menos no que para ti deveria ser o mais importante: chama-se a isso «fuga para a frente», que consiste em dizer «ai, vocês também, vocês também fizeram!!» Mas não. Os pagãos não fizeram o que os cristãos viriam a fazer e isto também é um facto histórico.

13 de julho de 2012 às 17:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Mais uma vez ao contrário do que diz o anónimo, os adoradores dos Deuses tinham natural respeito pelas religiões alheias, ou por outra, nem lhes passava pela cabeça dizerem que as religiões alheias eram falsas."

Bem, o episódio pagão de perseguição aos maniqueus diz-nos o contrário disso, por exemplo.

"Essa atitude disseminou-se no Ocidente por via cristã, tendo raiz no Judaísmo. Os casos de destruição de património sagrado alheio na Antiguidade pagã enquadram-se no contexto de guerras e invasões por motivos políticos e/ou económicos, nunca por motivos religiosos."

Também por razões religiosas sim, pois sempre que uma religião defendia o oposto daquilo que a religião pagã romana defendia, era perseguida.

"Flagrantemente ao contrário do que diz o beato, nunca os Romanos pugnaram contra religião nacional alguma do Povo que conquistavam - não o fizeram na Germânia"

Fizeram, ao cagarem-se para religião nórdica, ao mesmo tempo que impunham a sua própria religião aos germanos conquistados.

", nem na Gália, nem na Ibéria, nem em lado nenhum,"

A perseguição aos druidas que os romanos fizeram diz-nos o contrário disso.

"e tanto não fizeram que a esmagadora maior parte do conhecimento que se tem das Divindades célticas continentais chega por via das inscrições romanas, redigidas em Latim, ou seja, sob domínio político romano."

Que foram preservadas pelos cristãos pois o domínio político romano tornou-se cristão, além que monges registarão inúmeros contos celtas e portanto foi graças a eles que soubemos tanto sobre a mitologia celta, e acabei de provar que os cristãos só perseguiam por razões políticas.lol

"Que um beato fale como se isto nunca tivesse acontecido só confirma a conhecida falta de honestidade ao nível mais despudorado que caracteriza muita da arenga cristã e do revisionismo cristão da História."

Eu não faço revisionismo nenhum. Deixe-te de tretas, ó revisionista que não se olha ao espelho antes de acusar os outros de revisionismo.

"Efectivamente, ao contrário do que pretende desonesta, ou pelo menos ignorantemente o anónimo, nunca a religião romana ameaçou a Germânia, nem nunca os Germanos lutaram contra os Romanos por motivos religiosos mas sim estritamente políticos e militares."

Bem, então o Japão também não expulsou os cristãos por motivos religiosos mas sim por motivos estritamente políticos e militares, porque historicamente nada aponta para motivos religiosos estarem envolvidos.

"E isto bate certo com o facto de que as perseguições dos Romanos às religiões alheias terem sido raríssimas e de cariz meramente político, nunca religioso."

E cá está o revisionismo.

"Aliás, esta falta geral de atenção ao perigo religioso, e civilizacional, que o Cristianismo representava, é que valeu aos Romanos autênticos e integrais a perda do seu império diante da hoste cristã, o que não aconteceu no Japão, como já se disse, que aí sim, é que foi trigo limpo farinha amparo, a tropa do Galileu que por lá andava a julgar que subvertia e conquistava no seu estilo subreptício e oriental deu de caras com outros orientais que cedo os toparam e lhes acabaram com a brincadeira suficientemente cedo - tudo crucificado e acabou."

E é outra opinião sem nenhum fundamento histórico.

"Queriam imitar Cristo e os Nipónicos fizeram-lhes a vontade... e depois não houve nenhuma «luz» do Espírito Santo que de repente «iluminasse» os filhos da Deusa Solar Amaterasu - pudera, não havia um forte poder político-militar a sustentar essa «luz», claro que aí a Cristandade não se impôs..."

Isso faz-me lembrar como a religião pagã romana se impunha por toda a Europa graças as legiões, até estas serem derrotadas e depois recuperavas-se a antiga religião.

13 de julho de 2012 às 22:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Mais uma vez ao contrário do que diz o anónimo, os adoradores dos Deuses tinham natural respeito pelas religiões alheias, ou por outra, nem lhes passava pela cabeça dizerem que as religiões alheias eram falsas."

«Bem, o episódio pagão de perseguição aos maniqueus diz-nos o contrário disso, »

Não nos diz o contrário disso coisa nenhuma. O Maniqueísmo também só foi perseguido porque, tal como o Cristianismo, pregava contra os Deuses Nacionais.


"Essa atitude disseminou-se no Ocidente por via cristã, tendo raiz no Judaísmo. Os casos de destruição de património sagrado alheio na Antiguidade pagã enquadram-se no contexto de guerras e invasões por motivos políticos e/ou económicos, nunca por motivos religiosos."

«Também por razões religiosas sim, pois sempre que uma religião defendia o oposto daquilo que a religião pagã romana defendia, era perseguida»

Errado. O Judaísmo nunca foi perseguido como religião mas sim como resistência política. Nunca a perseguição movida pelas autoridades pagãs foi de carácter doutrinal mas sim política – sempre, em todos os casos, uma defesa contra quem andava a pregar, não a diferença de opinião pura e simples, mas a repulsa pelas Divindades Nacionais.

14 de julho de 2012 às 00:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Flagrantemente ao contrário do que diz o beato, nunca os Romanos pugnaram contra religião nacional alguma do Povo que conquistavam - não o fizeram na Germânia"

«Fizeram, ao cagarem-se para religião nórdica,»

Cagarem-se o caralho. Então como é que há, há bocado tentavam destruir as religiões alheias, agora já é só «cagaram-se» para ela? Mais desonestidade argumentativa... de resto, nem assim pega: os cultos pagãos germânicos eram livremente permitidos sob domínio romano, nunca foram proibidos ou sequer perseguidos.


", nem na Gália, nem na Ibéria, nem em lado nenhum,"

«A perseguição aos druidas que os romanos fizeram diz-nos o contrário disso.»

Não, não diz. A perseguição aos druidas foi, mais uma vez, uma questão política – os druidas representavam uma resistência ao domínio político romano. Mais uma vez, a perseguição não foi de índole religiosa-doutrinal, mas sim política – e tanto é isto verdade que enquanto os druidas eram proibidos, os cultos aos Deuses gauleses eram livremente praticados, até mesmo em Latim.


“e tanto não fizeram que a esmagadora maior parte do conhecimento que se tem das Divindades célticas continentais chega por via das inscrições romanas, redigidas em Latim, ou seja, sob domínio político romano."

«Que foram preservadas pelos cristãos pois o domínio político romano tornou-se cristão,»

Não foram preservadas pelos cristãos coisíssima nenhuma. Foram, na melhor das hipóteses, ignoradas por estes, ou então desfiguradas e cristianizadas. O facto de se terem encontrado em templos cristãos pedaços de templos pagãos é disto um testemunho.


«além que monges registarão inúmeros contos celtas e portanto foi graças a eles que soubemos tanto sobre a mitologia celta,»

Arenga da treta. Isso é como dizer que se eu quero legar cem euros a um filho, e alguém o rapta e me mata, e fica com o dinheiro, e resolve dar-lhe cinquenta desses cem euros, isso é como dizer que o meu filho deveria estar agradecido a esse raptor e assassino. Os contos celtas que foram escritos pelos autores cristãos estão sempre sob suspeita de terem sido deturpados pelos escribas; por outro lado não é impossível que alguns destes escribas fossem pagãos disfarçados, mas isso já é especulação. Uma coisa é certa – sem a cristianização, tudo isso teria chegado em primeira mão aos tempos modernos.


«e acabei de provar que os cristãos só perseguiam por razões políticas»

Sim, por isso é que nem comentaste todas as leis e até declarações de cristãos a dizerem que o culto aos Deuses era inaceitável e pecaminoso, ehehehh... ops, já sei: «ai, os pagãos também coisa e tal, portanto já 'tá». :;)

14 de julho de 2012 às 00:49:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Que um beato fale como se isto nunca tivesse acontecido só confirma a conhecida falta de honestidade ao nível mais despudorado que caracteriza muita da arenga cristã e do revisionismo cristão da História."

«Eu não faço revisionismo nenhum»

Não fazes é pouco. Estás agarrado e bem agarrado, apanhado em flagrante. Vai-te calando com isso que quanto mais o negas mais te enterras.


"Efectivamente, ao contrário do que pretende desonesta, ou pelo menos ignorantemente o anónimo, nunca a religião romana ameaçou a Germânia, nem nunca os Germanos lutaram contra os Romanos por motivos religiosos mas sim estritamente políticos e militares."

«Bem, então o Japão também não expulsou os cristãos por motivos religiosos mas sim por motivos estritamente políticos e militares, porque historicamente nada aponta para motivos religiosos estarem envolvidos.»

Talvez não, mas mais me ajudas – a mentalidade pagã é naturalmente tolerante e os Japoneses eram, e são, essencialmente, pagãos. (Por acaso parece que os cristãos lá queimaram um templo xintoísta, mas enfim...)


"E isto bate certo com o facto de que as perseguições dos Romanos às religiões alheias terem sido raríssimas e de cariz meramente político, nunca religioso."

«E cá está o revisionismo»

Não, os factos históricos.


"Aliás, esta falta geral de atenção ao perigo religioso, e civilizacional, que o Cristianismo representava, é que valeu aos Romanos autênticos e integrais a perda do seu império diante da hoste cristã, o que não aconteceu no Japão, como já se disse, que aí sim, é que foi trigo limpo farinha amparo, a tropa do Galileu que por lá andava a julgar que subvertia e conquistava no seu estilo subreptício e oriental deu de caras com outros orientais que cedo os toparam e lhes acabaram com a brincadeira suficientemente cedo - tudo crucificado e acabou."

«E é outra opinião sem nenhum fundamento histórico»

Não, é um facto histórico:



Hideyoshi's successor Tokugawa Ieyasu initially was tolerant because he profited from trade with the Portuguese, and probably also by the influence of his British consultant Williams Adams. But after Adams' death and after trade relations with Holland and England had had come into existence (by which also the conflict between Roman Catholic Christianity and Protestantism became known in Japan), he changed his attitude. The reason for this was the fear of Christian faith wars in Japan and the cognition that many Christians show greater loyalty among themselves and for the church than for him, the Shōgun. From about, 1612 Christianity was gradually prohibited.

A Cristandade, invariavelmente subversiva... tanto aqui como milénio meio antes, a milhares de quilómetros no Ocidente... ele há realmente coincidências do camandro.



. "Queriam imitar Cristo e os Nipónicos fizeram-lhes a vontade... e depois não houve nenhuma «luz» do Espírito Santo que de repente «iluminasse» os filhos da Deusa Solar Amaterasu - pudera, não havia um forte poder político-militar a sustentar essa «luz», claro que aí a Cristandade não se impôs..."

«Isso faz-me lembrar como a religião pagã romana se impunha por toda a Europa graças as legiões,»

Não se impunha coisa nenhuma, simplesmente acompanhava o avanço político e militar romano. Nunca os pagãos romanos andaram a dizer que iam converter fosse quem fosse «aos verdadeiros Deuses».

14 de julho de 2012 às 00:49:00 WEST  

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