sexta-feira, julho 20, 2012

MORTE DE JOSÉ HERMANO SARAIVA

Fonte: http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/morreu-jose-hermano-saraiva_4347.html (texto original da notícia redigido sob o novo aborto ortográfico mas corrigido aqui de acordo com a ortografia portuguesa)
Notabilizou-se nas quatro últimas décadas pelos programas televisivos sobre História. Os portugueses conheciam-lhe os gestos, a voz, a sabedoria. José Hermano Saraiva, o homem que se confunde com a História, faleceu hoje aos 92 anos.
(...)
No 10 de junho deste ano, o historiador foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, distinção que foi recebida pelo filho.
Em 2010, a Academia Portuguesa da História (APH) distinguiu José Hermano Saraiva como “grande divulgador” da História de Portugal e elegeu-o académico de mérito. O historiador foi ainda distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho, a Comenda da Ordem de N. S. da Conceição de Vila Viçosa e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil).
Admirado por muitos, José Hermano Saraiva foi também alvo de algumas críticas por ser um assumido "salazarista". Ainda hoje recaem sobre ele acusações de que terá dado ordens à PIDE para carregar sobre estudantes enquanto ministro da educação do Estado Novo.
Nas reacções à sua morte, destaca-se o "cativante divulgador" da História Portuguesa, nas palavras de Cavaco Silva, um homem "curioso e comunicador", nas de Jorge Wemans, director da RTP2, que deixou um contributo inestimável ao país.
O historiador nasceu em Leiria, em a 3 de Outubro de 1919, fez as licenciaturas em Ciências Histórico-Filosóficas (1941) e em Ciências Jurídicas (1942), consagrando-se desde então ao ensino e à advocacia.
Exerceu as funções de professor liceal, director do Instituto de Assistência aos menores, Reitor do Liceu D. João de Castro, deputado à Assembleia Nacional, procurador à Câmara Corporativa, professor do Instituto de ciências sociais, políticas e ultramarinas da Universidade Técnica de Lisboa, ministro da Educação Nacional e embaixador de Portugal no Brasil, cargo de que solicitou a exoneração em 29 de Abril de 1974.
Foi através do ecrã que José Hermano Saraiva chegou ao grande público, notabilizando-se nas quatro últimas décadas através de programas televisivos sobre História.
(...)
A colaboração com a RTP começou na década de 1970 com o programa “O tempo e a alma”. Foi ainda autor e apresentador de “Histórias que o tempo apagou”, “Horizontes da Memória” e “A Alma e a Gente”.
Um dos seus livros mais conhecidos é a “História concisa de Portugal” já na 25.ª edição, com um total de cerca de 180 mil exemplares vendidos. Editado pela primeira vez em 1978, este título foi já traduzido em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês.
José Hermano Saraiva dirigiu também uma outra História de Portugal em seis volumes, editada em 1981 pelas edições Alfa.
Na área da História, José Hermano Saraiva tem publicados cerca de 20 títulos, entre eles “Uma carta do Infante D. Henrique”, “O tempo e alma”, “Portugal – Os últimos 100 anos”, “Vida ignorada de Camões”, ou “Ditos portugueses dignos de memória”.
Na área da jurisprudência editou sete títulos, nomeadamente “A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado”, “Non-self-governing territories and The United Nation Charter”, e “Apostilha crítica ao projecto do Código Civil”, tendo ainda publicado cinco títulos na área da pedagogia.
José Hermano Saraiva apresentou à APH várias orações académicas, tendo sido publicadas sete, a mais recente em 1988, intitulada “A crise geral e a Aljubarrota de Froyssar”.
Além da APH, José Hermano Saraiva é também membro das academias das Ciências de Lisboa, de Marinha e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
(...)

Uma morte de lamentar, como são quase todas. Do ponto de vista nacionalista não seria das vozes mais úteis, uma vez que defendia uma concepção etnicamente mixordista de Portugal, herança da política oficial do Estado Novo, já bem patente na obra do antropólogo oficial do regime salazarista, Jorge Dias. Como disse alguém, com alguma razão, um homem é o homem e a sua circunstância. Não surpreende que um indivíduo educado por uma elite que pretendia manter o Império a todo o custo perfilhasse dos valores da dita. O que, de resto, não apaga outras qualidades que exibia com eloquência: a de «contador de histórias», como era habitual dizer-se a seu respeito, e que incomodava muitos historiadores e professores de História, talvez particularmente os de ideologia mais anti-salazarista... O que interessa sublinhar é que com esse talento José Hermano Saraiva obteve o mérito de popularizar a História de Portugal, divulgando-a no seio do povo - e merece também louvor o modo como nos seus programas sabia valorizar o todo passado-presente de uma localidade, fosse cidade ou aldeia, engrandecendo a cultura e as raízes locais com a sua envolvente eloquência, que fazia dele uma espécie de sábio caseiro regularmente ao dispôr de todos os Portugueses. Desaparece assim alguém sem deixar outro igual no seu lugar, isto num país que precisava de pelo menos mais quatro ou cinco dinamizadores do ensino da História como ele.

35 Comments:

Anonymous Anónimo said...

os meus pêsames.

é uma perda importante.

não concordo com o Caturo, quando diz que defendia uma concepção mixordista de Portugal, ou que não era "útil".

acima de tudo, o homem dizia a verdade em primeiro lugar.
e a verdade nunca é uma questão de "utilidade" ou não.

claro está que não era grande fã ou apreciador do homem. era interessante a falar, mas por vezes romanceava demasiado e até deturpava algumas coisas.

mas, de uma forma geral, era um bom historiador e contador de histórias.
na questão etnicista e da formação de Portugal, não deturpava muito...
...e quando deturpava, era exactamente na questão do lusitanismo e do excessivo protagonismo que dava a esse conjunto de tribos, certamente admiráveis, mas que na sua versão tinham um protagonismo excessivo que roubava espaço a outros intervenientes da formação do país.

paz à sua alma.

20 de julho de 2012 às 18:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A nível de livros desconheço. Mas conheço a "Alma e a Gente". Sempre fiquei admirado com a tamanha sabedoria deste senhor enquanto vi por várias vezes o seu programa. Ele era uma autêntica enciclopédia. A tristeza de uns, mas a alegria de outros. Sim porque a esta hora os comunas aplaudem, pois morreu o fascista da educação. E já que infelizmente vai de viagem, então que se esforce por ensinar a história aos mortos, pois os vivos não se interessam e não merecem. Que descanse em paz.

20 de julho de 2012 às 18:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

o nome dos cursos dos anos 40s eram hilarios; quanto ao estado novo e ao salazar parecem os integralistas de ca; um sub-fascio sub-38,5 e portanto sub-duce

20 de julho de 2012 às 18:47:00 WEST  
Blogger pvnam said...

Gostava, e gosto, de ver os programas dele na televisão.

20 de julho de 2012 às 18:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«não concordo com o Caturo, quando diz que defendia uma concepção mixordista de Portugal, ou que não era "útil". acima de tudo, o homem dizia a verdade em primeiro lugar.»

Diz isto, com ar pretensamente honesto e neutro, um gajo que tem todo o interesse em que a visão mixordista de Portugal se dissemine, para assim poder justificar que Portugal não é uma nação, a Galécia é que sim... é isto que se arma em neutral e objectivo, quando noutra circunstância não tem pudor em chamar «medíocre» a um dos autores mais destacados da Arqueologia portuguesa só porque não gosta dos factos por ele apurados. ;) Isto, um indivíduo que nem livros lê e quando passa pelas vistas algumas páginas seja do que for, ou distorce o que tem à frente ou pura e simplesmente não percebe. :)



«na questão etnicista e da formação de Portugal, não deturpava muito»

Na questão da formação de Portugal, nem deturpava nada - fazia notar o princípio de nacionalidade que motivou o surgimento do reino de Portugal, referindo as forças populares que poderão ter intervido no processo.



«e quando deturpava, era exactamente na questão do lusitanismo e do excessivo protagonismo que dava a esse conjunto de tribos,»

Não dava excessivo protagonismo a tribo alguma, isso é mais deturpação ex-arianista.


«certamente admiráveis, mas que na sua versão tinham um protagonismo excessivo que roubava espaço a outros intervenientes da formação do país.»

Não, não roubava espaço a ninguém...

20 de julho de 2012 às 20:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não dava excessivo protagonismo a tribo alguma, isso é mais deturpação ex-arianista.

sim, deve ser por isso que até hoje se conhecem os portugueses como lusitanos e não como kalaikoi mesmo quando portucale era galaico e a reconquista começou com os galaicos..

20 de julho de 2012 às 20:12:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, e isso é por culpa do José Hermano Saraiva... Se calhar as referências a Viriato não precedem até mesmo Camões... pois - foi tudo um truque lisboeta, desde cedo, para sufocar o Norte, ehehehh...

Já agora, a Reconquista não começou apenas com os Galaicos, mas também com os Ástures e outros Hispânicos que se refugiaram no norte hispânico.

20 de julho de 2012 às 20:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"«e quando deturpava, era exactamente na questão do lusitanismo e do excessivo protagonismo que dava a esse conjunto de tribos,»

Não dava excessivo protagonismo a tribo alguma, isso é mais deturpação ex-arianista."


tanto dava, que chegou a dizer num programa que eram os lusitanos quem vivia nos castros do Noroeste (castros galaicos a Norte do Douro) sem referir os galaicos uma única vez, ou sequer "lusitano-galaicos".

20 de julho de 2012 às 20:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Se calhar as referências a Viriato não precedem até mesmo Camões..."

ninguém criticou as referências a Viriato.

20 de julho de 2012 às 20:24:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Isso não é deturpação nenhuma, uma vez que já há muito há mais quem diga que a zona a norte do Douro também era lusitana - a começar por Estrabão. Outros autores nem sequer estabelecem qualquer diferença étnica entre Lusitanos e Galaicos.

20 de julho de 2012 às 20:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«ninguém criticou as referências a Viriato.»

As referências a Viriato como antepassado lusitano dos Portugueses foram inventadas pelo Estado Novo, se calhar, ehehehh...

20 de julho de 2012 às 20:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

pois, não é deturpação não. é mentira pura e simples.
mas Hermano Saraiva, fora essas pequenas "partes gagas" não dizia mentiras muito grandes, nem recorria muito a esses expedientes.

o problema é que o lusitanismo cegava muita gente no tempo dele. era quase uma religião de estado.

não podes é dizer que ele não tirava protagonismo a outros para dar aos lusitanos, e depois vires dizer que fez muito bem, pois na tua opinião não há diferença entre lusitanos e galaicos.
ou só deu protagonismo aos lusitanos ou não deu.

20 de julho de 2012 às 20:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"As referências a Viriato como antepassado lusitano dos Portugueses foram inventadas pelo Estado Novo, se calhar, ehehehh..."


também ninguém disse isso. mas pronto...
o papel do Estado Novo foi aproveitar essas teorias, claro que não as inventou.

20 de julho de 2012 às 20:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Sim, e isso é por culpa do José Hermano Saraiva... Se calhar as referências a Viriato não precedem até mesmo Camões... pois - foi tudo um truque lisboeta, desde cedo, para sufocar o Norte, ehehehh...

Já agora, a Reconquista não começou apenas com os Galaicos, mas também com os Ástures e outros Hispânicos que se refugiaram no norte hispânico.

ta, mas eu me referi ao contexto tuga da reconquista..se for pelo contexto extra-ibericos vamos aos franceses e cia..

20 de julho de 2012 às 20:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"uma vez que já há muito há mais quem diga que a zona a norte do Douro também era lusitana - a começar por Estrabão."


Estrabão nunca disse isso, como tu próprio sabes.
aliás, esse autor nem conhecia bem a zona, e quando falou por si próprio, separou (e bem) a zona galaica da zona lusitana.

20 de julho de 2012 às 20:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"um gajo que tem todo o interesse em que a visão mixordista de Portugal se dissemine"


aquilo a que tu chamas visão mixordista, eu chamo realismo. o realismo de admitir que nem só de povos indo-europeus se fez a formação do país.
a exemplo do Algarve, habitado por turdetanos, parentes vagos dos berberes norte-africanos, nas palavras do próprio historiador Hermano Saraiva.

20 de julho de 2012 às 20:37:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"quando noutra circunstância não tem pudor em chamar «medíocre» a um dos autores mais destacados da Arqueologia portuguesa só porque não gosta dos factos por ele apurados. ;)"



a quem é que chamei medíocre? tem nome essa pessoa?

além do mais, se são situações e pessoas diferentes, não vejo porque é que tenham que ser tratadas de igual modo, ou porque é que é "incoerente" ter opiniões diferentes de duas pessoas diferentes.

20 de julho de 2012 às 20:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"sim, deve ser por isso que até hoje se conhecem os portugueses como lusitanos e não como kalaikoi mesmo quando portucale era galaico e a reconquista começou com os galaicos.."

Não havia galaicos alguns quando a reconquista começou, deixa de ser galináceo.

20 de julho de 2012 às 21:52:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"quando noutra circunstância não tem pudor em chamar «medíocre» a um dos autores mais destacados da Arqueologia portuguesa só porque não gosta dos factos por ele apurados. ;)"

«a quem é que chamei medíocre? »

A Adriano Vasco Rodrigues, creio, ou a Jorge Alarcão, mas creio que foi ao primeiro.


«tem nome essa pessoa?»

Se até tu tens nome...


«além do mais, se são situações e pessoas diferentes, não vejo porque é que tenham que ser tratadas de igual modo,»

Não se trata de tratar pessoas diferentes de igual modo, mas de critérios - um «diz a verdade, goste-se ou não», outro «é medíocre» porque diz o que não convém. Eu ao menos não chamo medíocre a nenhum historiador só por este dizer o contrário do que me agrada.

20 de julho de 2012 às 22:07:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"um gajo que tem todo o interesse em que a visão mixordista de Portugal se dissemine"

«aquilo a que tu chamas visão mixordista, eu chamo realismo.»

Dá-te jeito. Já admitir que a Galécia tem mistura norte-africana, mais do que o centro de Portugal, por exemplo, é que já não é «realismo», mesmo que os mapas o demonstrem, eheheheh...



«o realismo de admitir que nem só de povos indo-europeus se fez a formação do país»

Não se trata disso mas sim da visão minho-timorista de Portugal.


« a exemplo do Algarve, habitado por turdetanos, parentes vagos dos berberes norte-africanos, nas palavras do próprio historiador Hermano Saraiva.»

Turdetanos esses que por acaso até seriam indo-europeus, em vez de aparentados com os Berberes, pelo menos a julgar pelas mais recentes análises linguísticas sobre os ditos.

20 de julho de 2012 às 22:11:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"uma vez que já há muito há mais quem diga que a zona a norte do Douro também era lusitana - a começar por Estrabão."

«Estrabão nunca disse isso, como tu próprio sabes»

Estrabão disse mesmo isso, como já te foi espetado na cara e tu bem estrebuchaste mas não pudeste negar - Estrabão considerava mesmo que a Lusitânia se estendia até ao extremo norte da Galiza.


«aliás, esse autor nem conhecia bem a zona, e quando falou por si próprio, separou (e bem) a zona galaica da zona lusitana.»

Mau... então conhecia bem a zona ou não?... :) Ou só conhecia bem a zona para dizer que a zona galaica se diferenciava da lusitana?... ;)

20 de julho de 2012 às 22:17:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, e isso é por culpa do José Hermano Saraiva... Se calhar as referências a Viriato não precedem até mesmo Camões... pois - foi tudo um truque lisboeta, desde cedo, para sufocar o Norte, ehehehh... Já agora, a Reconquista não começou apenas com os Galaicos, mas também com os Ástures e outros Hispânicos que se refugiaram no norte hispânico.

«ta, mas eu me referi ao contexto tuga da reconquista..»

Mesmo assim fizeste mal, porque Portugal já contava com gente do sul do Tejo no tempo de D. Afonso Henriques.

20 de julho de 2012 às 22:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«pois, não é deturpação não. é mentira pura e simples.»

Não. É uma teoria bem pensada que chateia os galinácios. Só isso.


«mas Hermano Saraiva, fora essas pequenas "partes gagas" »

Não, que quem fala assim não é gago. Quem gagueja é quem se põe a falar dos Galaicos e depois mete os pés pelas mãos, pretendendo que eram de uma «raça» muuuuito diferente da dos Lusitanos.



«não podes é dizer que ele não tirava protagonismo a outros para dar aos lusitanos, e depois vires dizer que fez muito bem, pois na tua opinião não há diferença entre lusitanos e galaicos. ou só deu protagonismo aos lusitanos ou não deu. »

Errado. Deu protagonismo adequado aos protagonistas - os Lusitanos. O resto são minudências, uma vez que entre Lusitanos e Galaicos a diferença seria pouca.

20 de julho de 2012 às 22:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Eu não disse que os comunistas iam aplaudir, esta notícia. Reparem neste comentário no CM:

HAJA VERDADE!Conheci este indivíduo de carácter pérfido, então ministro da manipulação pseudo-educativa do regímen fascista, que mentia sem o menor pejo! Os seus programas sobre "estórias" nunca tiveram nível científico!

E neste:

Foi Ministro do regime ditatorial (fascismo) que vigorou em portugal e tinha por vezes uma visão da historia de portugal muito questionada nos meios academicos. Viveu até aos 92 anos não se pode queixar

A baratas saíram do buraco, donde vivem

21 de julho de 2012 às 12:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Grande senhor, mas que grandes momentos de prazer tive a ouvir este admiravel ser humano ao longo dos anos.Apesar de não ter tido o prazer de o conhecer pessoalmente fiquei comovido com a noticia.

Pouco destaque teve e isso é mais uma prova da podridão deste pseudo país, estou certo que se fosse o eusébio o país estaria luto e a politicagem estaria toda em lagrimas.

Claro que discordava dele em muitas coisas, recordo-me num programa ele considerar que o Portugues não é uma raça pura mas sim um mestiço pela simples razão dos povos que atravessavam a europa chegarem a portugal e se "esbarrarem" no mar e assim iam ficando diversos tipos de povos.. evidentemente não é bem assim, mas claro, ele falava de mestiçagem de povos caucasianos, ele nunca mencionou mestiçagem não caucasiana.

será eterno, descanse em paz e obrigado por tudo!

bruno.s.

21 de julho de 2012 às 23:42:00 WEST  
Blogger Afonso de Portugal said...

Descanse em paz, precisávamos de mais como ele.

Quanto aos comentários deprimentes do habitual duo galináceo (ex-ariano + caps loucão), o maior defeito de JHS era ser minho-timorense e subscrever uma visão benevolente da presença muçulmana em Portugal, tendo mesmo chegado a dizer, num episódio de “A Alma e a Gente”, que havia em Portugal gentes que não queriam a reconquista, porque os mouros “os tratavam bem”.

Mas claro, para o duo galináceo, isso era o menos, porque importante mesmo era a pretensa “questão do lusitanismo”. Para estes dois, a sua aldeiazinha de Asterix será sempre mais importante do que a ameaça do universalismo ou do relativismo histórico-cultural.

22 de julho de 2012 às 14:51:00 WEST  
Blogger Afonso de Portugal said...

E já que falamos no duo galináceo, eis aqui um belo momento de humor protagonizado por ambos, que transcrevo directamente do "hyperburros":

Thor disse...
é verdade que no facebook és "Rossner"??
17 de Julho de 2012 15:04


Anónimo disse...

é verdade que no facebook és "Rossner"??

NA VERDADE TIVE TANTOS PERFIS QUE NEM LEMBRO MAIS O NOME DE CADA QUAL..E O FIZ POR QUE TODO PERFIL MEU FOI CENSURADO, ATÉ OS REAIS
17 de Julho de 2012 19:33


...para quem não percebeu, o caps louco rejeitou mais uma vez o ex-ariano. Ao fim de tantos anos e depois de ter usado o blogue dele como lixeira emocional tantas vezes, o favelado continua a não querer contas com ele!

É que nem mesmo o caps loucão quer ter o ex-ariano à perna!

Ahahahahahahahahahahahah

22 de julho de 2012 às 14:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Que descanse em paz, apesar de ser daquela linha dos anos 60-70 e pouco defendia a nação no regime já moribundo.

O Estado Novo para mim só existiu verdadeiramente até 1945, de 1926 a 1945, na linha nacional e mais etno racial que vinha já de António Sardinha, o Saraiva de Andrade, mas sobretudo de Alfredo Pimenta e da linha mais fasci do regime, aquela que mobilizou os Viriatos para a guerra civil, com Botelho Moniz, aquela que meteu os portugueses em marcha na Divisão Azul e aquela que "forçou" Salazar a prestar apoio logistico aos portugueses na frente leste.

Há que dar uma palavra a Salazar é que declarou 3 dias de luto nacional pela morte de Hitler com a guerra perdida, acho que foi dos unicos pa´sies do mundo a faze-lo.
TOMATES GRANDES

22 de julho de 2012 às 15:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

evidentemente não é bem assim, mas claro, ele falava de mestiçagem de povos caucasianos, ele nunca mencionou mestiçagem não caucasiana.
________

Isso é obvio, quando se ouve a falarem de mestiçagem que somos um povo mestiço, uns pensam uma coisa mas querem ou não dizer outra. Somos mistura de povos caucasianos europeus (iberos, celtas, roamanos, visigodos, colonias gregas, suevos) lá isso somos, toda a Europa o é. Mas os "bem pensantes" querem lhe dar outro contexto.

22 de julho de 2012 às 15:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, é certo - mas torna-se necessário ter em mente o contexto em que as coisas são ditas e José Hermano Saraiva não ignorava o impacto cultural que pode ter uma figura da sua dimensão a dizer ao povo que «somos todos mestiços».
O contributo do camarada Afonso confirmou o resto.

22 de julho de 2012 às 22:26:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«É que nem mesmo o caps loucão quer ter o ex-ariano à perna!»

Olha que novidade do caraças, ehehehehh...

22 de julho de 2012 às 22:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

...para quem não percebeu, o caps louco rejeitou mais uma vez o ex-ariano. Ao fim de tantos anos e depois de ter usado o blogue dele como lixeira emocional tantas vezes, o favelado continua a não querer contas com ele!

É que nem mesmo o caps loucão quer ter o ex-ariano à perna!

Ahahahahahahahahahahahah

que engraçadinho..to rindo até agora..

22 de julho de 2012 às 23:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Olha que novidade do caraças, ehehehehh...

que baboseira, eu e o thor viviamos nos comunicando pelo msn; acontece que não entramos mais la

22 de julho de 2012 às 23:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Há que dar uma palavra a Salazar é que declarou 3 dias de luto nacional pela morte de Hitler com a guerra perdida, acho que foi dos unicos pa´sies do mundo a faze-lo.

tem umas fotos no fb da juventude tuga com a juventude hitlerista na alemanha..curiosamente editaram essa parte da historia como muitas outras pra dizer que os tugas sempre foram otan e aliados..hehe

23 de julho de 2012 às 19:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

É verdade que Portugal já era aliado de Inglaterra muito antes disso tudo, tanto que na I Guerra até entrou contra a Alemanha. E foi também dos primeiros países membros da OTAN.

24 de julho de 2012 às 21:49:00 WEST  

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