PROFECIAS DO FUNDADOR DO INTEGRALISMO FRANCÊS SOBRE A EDIFICAÇÃO DO ISLÃO NA FRANÇA CONTEMPORÂNEA

Fonte: http://www.minutodigital.com/2012/06/03/charles-maurras-y-su-opinion-sobre-la-apertura-de-mezquitas-en-europa-es-una-amenaza-para-nuestro-porvenir/

Palavras de Charles Maurras, fundador e dirigente do movimento nacionalista Acção Francesa (que teve eco e equivalência no chamado Integralismo Lusitano), teve isto a dizer aquando da inauguração da grande mesquita de Paris, a 13 de Julho de 1926:

«Algumas ruas de Paris engalanaram-se com muitas e bonitas roupagens dos nossos visitantes marroquinos. Há-as verdes, há-as de todos os tons. Alguns destes majestosos filhos do deserto pareceriam “vestidos de cândida probidade e de linho branco” (em palavras de um inspirado repórter) se os seus rostos morenos e quase negros não fizessem pensar na sujidade infernal.

Quer as suas consciências sejam da cor da roupa ou da cor da pele, os seus trajes são de toda a maneira invejáveis; o mais negligente dos homens seria capaz de incorrer em gastos que se materializariam nesta magnífica capa de cor magma [vermelha?], nestes casacos bordados de lua e de sol. A nossa própria Guarda Republicana, tão bem trajada e vestida de gala, cede o passo, parece-me, ao esplendor cintilante dos nossos hóspedes orientais.

Uma vez reconhecido todo este colorido, não é menos certo que estamos a cometer uma grande tontice. Esta mesquita em pleno centro de Paris não me sugere nada de bom. Talvez haja um despertar do Islão, em cujo caso tudo o que digo aqui não tem sentido e tudo o que se faz é igualmente a mais vã das coisas.

Mas se há um despertar do Islão, e creio que não é de duvidar, um troféu da fé corânica, sobre esta colina de Santa Genoveva (Sainte-Geneviève, padroeira de Paris) donde os maiores doutores da Cristandade ensinaram contra o Islão, representa mais do que uma ofensa ao nosso passado: é uma ameaça ao nosso porvir.

Poderíamos conceder ao Islão, na sua casa, todas as garantias e todos os respeitos. Bonaparte podia descalçar-se na mesquita e o marechal Lyautey empregar as mais eloquentes figuras retóricas para afirmar a fraternidade de todos os crentes: eram coisas ligeiras, assuntos de África ou da Ásia.

Mas em França, na casa dos Protectores e dos Vencedores, de um simples ponto de vista político a construção oficial da mesquita e sobretudo a sua inauguração com grande pompa republicana, expressa algo que se parece a uma infiltração no nosso país e a sua toma por parte dos nossos subjugados e protegidos. Estes interpretá-la-ão sem duvidar um só instante, como uma obscura confissão de debilidade.

Alguém me dizia ontem: quem coloniza agora? Quem é o colonizado? Eles ou nós? Parece-me ver aqui algum sorriso superior. Oiço e leio algumas declarações acerca da igualdade dos cultos e das raças. Seria prudente não deixá-las propagarem-se aqui por meio de megafones demasiado potentes. O conquistador demasiado solícito para com a fé do conquistado é um conquistador que não dura muito.

Acabámos de transgredir os justos limites da tolerância, do respeito e da amizade. Acabámos de cometer o crime de excesso. Queira o céu que não tenhamos de pagar por ele dentro de muito pouco tempo e que as nobres raças às quais devemos o nosso percurso tão valioso não se vejam embriagadas pelo sentimento da nossa debilidade.»

Charles Maurras (1868-1952)

Palavras proféticas, no essencial, as de Maurras, concorde-se ou não com a sua ideologia (e eu não concordo em grande parte, daquilo que lhe conheço). O texto é especialmente interessante na medida em que mostra como a receptividade da elite europeia ao alógeno não europeu não é coisa demasiadamente recente; mostra também, por outro lado, que já nessa altura os nacionalistas mais «extremistas» eram os que, «paranoicamente», mais lucidamente previam o futuro, que agora se vê...