PRÉMIO NOBEL DA PAZ 2011 DEFENDE CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE NA LIBÉRIA

Fonte: http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=44395 (artigo com ligação para entrevista)

Em 2011 Ellen Johnson Sirleaf ganhou o prémio Nobel da Paz pelo seu papel na reconstrução da Libéria, um país destruído por 14 anos de guerra civil. Nesta segunda-feira, numa entrevista conjunta com Tony Blair ao britânico The Guardian, a presidente da Libéria assume uma posição polémica e defende a criminalização da homossexualidade no país.

Tony Blair - de visita ao país como representante da Iniciativa pela Governança de África, uma organização que fundou para ajudar os governos africanos – fica visivelmente desconfortável quando, no decorrer da entrevista, Sirleaf defende os «valores tradicionais» da sociedade da Libéria por oposição a orientações homossexuais.

Certo é que, na Libéria, a «sodomia voluntária», leia-se homossexualidade, é considerada um desvio comportamental e, como tal, punida por lei com um ano ou mais de prisão. Quando interrogada sobre descriminalizar este comportamento, a Nobel declara que tal não deve acontecer num futuro próximo e explica à jornalista que na Libéria há «certos valores tradicionais» que os libaneses querem preservar.

Enquanto responde à jornalista, Sirleaf olha para Blair, sentado ao seu lado direito, e sorri, como que esperando obter algum sinal de que o ex-PM concorda com o que está a ser dito e, na verdade, quando confrontado, um atrapalhado Blair não confirma nem desmente. Tony Blair responde apenas que na sua posição actual, afastado de cargos públicos, pode «escolher as questões às quais responde», escolhe, portanto, não responder à afirmação da repórter sobre bons governantes e direitos humanos serem duas faces da mesma moeda.

Ao longo dos dez anos em que ocupou o cargo de primeiro-ministro, o ex-líder do Partido Trabalhista, foi um acérrimo defensor dos direitos dos homossexuais e da igualdade legal para todas as opções sexuais, tendo chegado mesmo a pedir ao Papa para repensar o posicionamento da Igreja relativamente à homossexualidade.

O penúltimo parágrafo arrancou-me uma genuína gargalhada, acho que até dava para um «sketch» humorístico televisivo, pela desenvoltura descarada com que Blair justifica a sua ausência de resposta. E tem ainda mais graça se for recordado que a Libéria como nação é coisa artificial, foi uma criação ocidental para aí enfiar escravos negros norte-americanos libertados que queriam retornar a África mas não tinha raizes em mais lado nenhum... escusado será dizer que o resto dos negros norte-americanos escusaram-se a tal retorno, que se está bem melhor a viver na terra do branco, apesar do «racismo» e tal e coisa... Isto tudo para dizer que a Libéria, apesar de ser um país africano, tem algo de fundamento ocidental - e mesmo assim, até nisto, neste aspecto focado pela notícia, até nisto é africana...

No todo, a notícia, se não aquece nem arrefece, é todavia muito bem feita para a escumalha esquerdóide que passa a vida a querer aliar a sua causa africanista à sua causa homossexualista, como se todas as «minorias» pudessem ser postas no mesmo barco, aliás, torpedeiro, contra o homem branco ocidental. E isto é só a ponta do aicebergue* - há muito tempo que as coisas são como são em África, mas este episódio, mercê da relevância da figura em questão, catapulta tal realidade para as primeiras páginas dos jornais, porque a verdade, já se sabe, vem sempre ao de cima: entre Ocidente, Islão e África, só a civilização dos Ocidentais defende realmente os direitos das minorias sexuais como faceta da Liberdade, porque só para os Ocidentais é que a Liberdade é sagrada.

 (*Porque é que se há-de escrever icebergue? Ou aicebergue ou iceberg, agora ficar a meio é que é deveras foleiro, é como dizer «Eici Dici em vez de ou Ácê Dêcê, à portuguesa, ou Eici Dici, à inglesa, note-se, com acento tónico nas primeiras sílabas, para pronunciar o nome dos famosos roqueiros AC/DC...)