CANDIDATA PRESIDENCIAL NACIONALISTA ACOSSADA EM ILHA SOB JURISDIÇÃO FRANCESA
Na Ilha de Reunião, departamento francês no Oceano Índico, perto de Madagáscar, a candidata presidencial da Frente Nacional (FN) Marine Le Pen foi recebida com particular hostilidade, correndo inclusivamente o risco de ser agredida por parte de manifestantes. A dirigente nacionalista era esperada no aeroporto de Saint-Denis por uma hoste que lhe cantou o hino da Marselhesa em crioulo, pôs música tradicional no máximo do volume de som e a vaiou. Um dos Jovens Socialistas que participaram na «espera», declarou: «Estamos numa terra de cultura mestiça, em homenagem aos nossos ancestrais. Se Marine Le Pen não se reconhece na selecção francesa, como é que se vai reconhecer em nós? Aqui há de tudo.»
Marine Le Pen conseguiu sair do aeroporto sob protecção policial, fortemente protegida pelos agentes da autoridade diante de dezenas que eventualmente a poderiam agredir.
Uma das manifestantes ficou orgulhosa com o «feito»: «Fizemos com que saísse daqui a correr, o que é uma vitória. Para nós, que Marine Le Pen desembarque em Reunião é um insulto à ilha. Aqui vivemos em harmonia.»
Uma das manifestantes ficou orgulhosa com o «feito»: «Fizemos com que saísse daqui a correr, o que é uma vitória. Para nós, que Marine Le Pen desembarque em Reunião é um insulto à ilha. Aqui vivemos em harmonia.»
Em harmonia... desde que não se seja um branco orgulhoso, acrescento eu...
A dirigente francesa tinha previsto um discurso numa das cidades da ilha, como parte da sua campanha presidencial. O seu pai, Jean-Marie Le Pen, alcançou 4,8% dos sufrágios nesta ilha nos comícios de 2007.
Para já, fica registada mais uma «vitória» antirra - não foi bem, bem, bem uma vitória democrática, consistiu em vez disso em mais uma atitude intimidatória, violenta e contrária à liberdade de expressão, mas pronto, já se sabe que, vindo de quem vem, não surpreende...
Serve o episódio também para ajudar a perceber que com África não há ligação possível ou sequer desejável da parte dos Europeus que o queiram continuar a ser.
5 Comments:
Pois, mas não acho que esta ilha africana no Índico seja França a sério. Não sei o que a Sra. Le Pen foi fazer por lá.
É dar a independência a essa ilha que depois deixam de chatear os verdadeiros franceses.
"Não sei o que a Sra. Le Pen foi fazer por lá."
Foi angariar votos que infelizmente tal ilha pertence à França e portanto os seus habitantes podem votar nas eleições francesas.
E para mim este episódio ilustra bem como os interesses dos europeus são bem diferentes dos não-europeus, pois enquanto é do interesse dos europeus os povos europeus continuarem europeus já é do interesse dos não-europeus os povos europeus tornarem-se numa mixórdia completa para assim ficarem iguais aos povos não-europeus.
Pois, porque será que essa gente iria receber de braços abertos a FN? Será que vocês são tão imbecis?
Uma coisa é não receber de braços abertos, outra, completamente diferente, é ameaçar e quase agredir, para intimidar. Só por parvoíce desonesta se pode confundir uma coisa com outra, como se uma a outra implicasse necessariamente.
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