terça-feira, fevereiro 07, 2012

«AGUENTEM E NÃO BUFEM», DIZ O CHEFE TUGA AQUI DA «ZONA DE CONFORTO» AOS PORTUGUESES

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos portugueses para serem "mais exigentes", "menos complacentes" e "menos piegas" porque só assim será possível ganhar credibilidade e criar condições para superar a crise.
"Temos de ser ambiciosos e exigentes com o ensino, com a investigação e o saber, com as empresas", afirmou Passos Coelho durante uma intervenção na cerimónia do 40.º aniversário das escolas do grupo Pedago, que tem sede em Odivelas, e em cujo Instituto de Ciências Educativas deu aulas.
Para Passos Coelho, "hoje, mais do que nunca", é preciso "enfatizar a relevância" de os portugueses serem "totalmente exigentes e nada complacentes com a facilidade", apelando à "transformação de velhas estruturas e velhos comportamentos muito preguiçosos ou, às vezes, demasiado autocentrados", por outros "descomplexados, mais abertos, mais competitivos".
A este propósito, deu como exemplo da "diferença" entre uma atitude ambiciosa e exigente e outra "agarrada ao passado" o debate em torno da tolerância de ponto no Carnaval, considerando que há quem prefira continuar a "lamentar-se com as medidas, com os feriados, com o Carnaval" em vez de lançar "mãos à obra".
Passos Coelho lembrou que o país vive uma situação de "emergência nacional" e como foi "caricato" aquilo que aconteceu no ano passado, quando a troika estava em Portugal para negociar a assistência financeira: "Quem emprestava dinheiro trabalhava enquanto o país aproveitava os feriados e as pontes".
É essa "primeira imagem negativa" que o primeiro-ministro diz tentar afastar diariamente.
"Se queremos que nos olhem com respeito temos de nos olhar com respeito", insistiu, criticando ainda discursos que consideram que há "demasiada austeridade", que as medidas adotadas para corrigir os défices do país são "muito difíceis" e, portanto, é melhor "andar para trás" e voltar "a gastar o dinheiro" que o país não tem, até porque "o FMI e a UE hão de emprestar mais dinheiro, que remédio", já que Portugal faz parte da zona euro.
"Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender"
"Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender", ilustrou, considerando que só com "persistência", "exigência" e "intransigência" o país terá "credibilidade".
O primeiro-ministro considerou ainda que esta atitude de exigência deve começar na escola mas estender-se a todos os níveis da sociedade e deu como exemplo as empresas.
"Agora se se arranjam sempre desculpas e explicações para os maus resultados..."
Para Passos Coelho, não se deve consumir "o que é português só porque é português": "Temos de incutir em quem produz exigência e qualidade. Sabemos produzir com qualidade e devemos premiar aqueles que o fazem", afirmou.
(...)

E aqui o sujeito diz que o povo tem de «trincar a língua» se for preciso: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=524833&tm=6&layout=123&visual=61

O gajo podia era ter sido o primeiro a dar o exemplo e trincar a merda da própria língua antes de dizer uma destas. Que um companheiro, um camarada, diga aos outros que aguentem firme, estando ele próprio na mesma fileira e correndo o mesmo risco, é uma coisa; mas é já outra coisa, bem diferente, que um fulano bem instalado, auferindo milhares de euros por mês e tendo ao seu dispôr uma renovada frota de automóveis de luxo, diga ao seus compatriotas que ganham pouco mais de quinhentos euros (os que estão empregados) para não se queixarem tanto e se portarem como homenzinhos. Dá vómitos, para começar. E constitui mais um testemunho de como a elite despreza o povinho - um deputado histórico de um partido alegadamente humanista tem o descaramento de dizer que os obscenamente bem pagos deputados ganham pouco e que qualquer dia vão ter de andar a pedir nas ruas; um ministro vai a um país de miséria humana dizer que é bom investir em Portugal porque os salários cá são baixos (leia-se: «podem vir para cá explorar o pessoal que nós temos a manada bem domesticada e obediente»); um presidente tem a lata de se queixar publicamente de que vai ganhar menos do que queria e portanto não vai poder manter o seu estilo de vida, garantidamente muito acima da média portuguesa; e o primeiro-ministro, além de mandar os portugueses emigrar, também lhes diz que aguentem e não estrebuchem, nem que não haja vaselina.

De facto, esta gente não respeita o seu Povo. Não poderá, também, ser respeitada, se/quando um dia vier a ser julgada.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Quem emprestava dinheiro trabalhava enquanto o país aproveitava os feriados e as pontes".


ainda andam a dizer esta merd@? «porque non te calas» neoliberaLista sem vergonha??????

8 de fevereiro de 2012 às 18:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Quem emprestava dinheiro trabalhava enquanto o país aproveitava os feriados e as pontes".


QUEM É QUE SÃO OS GAJOS DO FMI?
ONDE É QUE PASSAM FÉRIAS?

8 de fevereiro de 2012 às 18:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Fraude Fiscal

Salários e pensões vão encolher no final deste mês

8 de fevereiro de 2012 às 18:12:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

anda a vender o país como o cavacu

8 de fevereiro de 2012 às 20:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

o socartes vendeu barcos ao hugo chaves

este quer acabar com o estaleiro

8 de fevereiro de 2012 às 23:12:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

não são só os chineses que estão a comprar, os arabes também.

8 de fevereiro de 2012 às 23:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"ONDE É QUE PASSAM FÉRIAS?"

deve ser numa daquelas ilhas... à conta dos juros que nos cobram, as agências de rating devem ter levado uma comissãosinha...

8 de fevereiro de 2012 às 23:17:00 WET  

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