segunda-feira, outubro 03, 2011

A GRÉCIA RECORDA À ALEMANHA A DÍVIDA DE GUERRA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL...


Em Abril de 1941, as tropas alemãs do III Reich atravessaram a fronteira helénica e sacaram à Grécia colheitas e tudo o mais que puderam, assolando o Estado Grego «como em nenhuma outra ocupação», segundo palavras do próprio ministro da Economia na época, Walter Funk. A Cruz Vermelha estima que entre 1941 e 1943, terão morrido de fome cerca de trezentos mil gregos, por falta de alimentos, que foram para as tropas teutónicas.
Terminada a guerra, os acordos de Paris em 1946 concederam à Nação Helénica uma quantia equivalente a cerca de cinco mil e duzentos milhões de euros, embora a Grécia tivesse pedido dez mil milhões.
A Alemanha compensou a Polónia em 1956 e, sob pressão dos EUA e da Grã-Bretanha, fez o mesmo à Jugoslávia em 1971.
Quanto à Grécia, pediu repetidamente compensações em 1945, 1946, 1947, 1964, 1965, 1966, 1974, 1987 e 1995, sendo que nesta última vez a Alemanha já se encontrava reunificada.
De notar que a Alemanha tinha-se escudado de pagar o devido com o acordo de Londres de 1953, por não haver um acordo de paz definitivo no final da guerra. Ainda assim, o ministro Erhard comprometeu-se a solucionar o conflito assim que a Alemanha se reunificasse, o que só viria a acontecer quase quarenta anos depois. E, quando aconteceu, a Alemanha fez um novo acordo com a União Soviética, com o Reino Unido e com os EUA, oficializando um acordo de paz, que entretanto eximia os Alemães de pagarem mais reparações de guerra. Mas neste acordo, a Grécia nem sequer foi ouvida. E encontram-se pendentes os assuntos das compensações genéricas e, em particular, do ouro grego de que as forças NS se terão apoderado.
O tema é agora debatido por vários especialistas. O economista francês e assessor do governo de França Jacques Delpa atreve-se até a dizer que a dívida da Alemanha à Grécia situar-se-á na casa dos seiscentos mil milhões de euros, uma vez que se trata não apenas de pagar dívidas mas também de compensar a destruição causada pela ocupação. E, sem falar em números, Albrecht Ritschl, doutor em Economia alemã na Escola de Economia de Londres, compartilha esta ideia de que não foram sanadas, do ponto de vista económico, as velhas feridas.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Qual a tua posição neste assunto entao?'


De referir que os alemaes danificaram e vandalizaram o parthenon!

3 de outubro de 2011 às 09:27:00 WEST  
Blogger Afonso de Portugal said...

Anónimo disse...
"De referir que os alemaes danificaram e vandalizaram o parthenon!"

Já antes disso, os ingleses tinham roubado grande parte dos altos-relevos do Pártenon entre 1801 e 1812 que, ainda hoje, permanecem no Museu Britânico:

http://en.wikipedia.org/wiki/Elgin_Marbles


A nós, os franceses também terão pilhado muitas obras de arte durante as invasões napoleónicas.

Isto só para dizer que as nações devem fazer por permanecer fortes (cultural, social e militarmente) para evitar a perda do seu património. Até porque o imperalismo raramente beneficia os países mais pequenos como a Grécia e Portugal.

3 de outubro de 2011 às 18:03:00 WEST  

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