segunda-feira, maio 02, 2011

RUMORES DE QUE HÁ NA FEDERAÇÃO FRANCESA DE FUTEBOL QUEM QUEIRA REDUZIR O NÚMERO DE ALÓGENOS NA SELECÇÃO NACIONAL...

Agradecimentos ao camarada Rio Sur Seine por ter aqui trazido esta significativa notícia: a federação francesa de futebol quer limitar o número de negros e de árabes na selecção nacional, chamada «Les Bleus» («Os Azuis») - acto contínuo, instalou-se o já previsível e histérico cagaçal, o que entretanto inclui já a ministra dos Desportos Chantal Jouanno a exigir explicações.
O sítio internético noticioso Mediapart informou que havia no seio da Federação Francesa de Futebol (FFF) um debate sobre a ideia de limitar a trinta por cento o número de negros e árabes a serem recrutados nas escolas de elite do futebol. Em causa estava a falta de «identidade nacional» na selecção de futebol francesa e ao problema dos jovens jogadores com dupla nacionalidade. A Mediapart afirma que os líderes da FFF aprovaram secretamente quotas raciais, porque na actualidade «há demasiados negros, demasiados árabes e não há brancos suficientes.»
Jouanno pediu ao presidente da FFF, Fernand Duchaussoy, para investigar estas declarações. Duchaussoy mostrou-se surpreso com estas alegações mas dirigiu as questões ao director técnico nacional, François Blaquart, acrescentando que este não fez quaisquer sugestões desta índole no mais recente encontro do comité. A Mediapart acusa Blaquart de dar instruções às escolas de treino para aplicarem uma quota racial e étnica de trinta por cento ao aceitar os adolescentes de talento futebolístico prometedor.
Diz-se que o seleccionador nacional, Laurent Blanc, concordou com a nova medida, mas há também quem diga que publicamente se mostrou, pelo contrário, ultrajado, opondo-se «filosoficamente a qualquer forma de discriminação», mas que, de qualquer modo, discutiu o problema da dupla nacionalidade dos jogadores que aprendem em centros de treino franceses mas depois optam por jogar noutras selecções nacionais.

Independentemente das reacções da elite mais merdiática, que de facto já se esperavam, o que parece haver aqui é uma consciência, da parte de alguns dos que mandam, de que o povo indígena se sente cada vez menos identificado com uma selecção cada vez mais alogenizada, por assim dizer... naturalmente que o gritante insucesso futebolístico das selecções francesas ajuda a que se instale um certo descontentamento, mas não é só de agora que em França se fala da perda da identidade da selecção (que foi em tempos) nacional.