segunda-feira, abril 18, 2011

NOVA LEI IRANIANA CONTRA A POSSE DE CÃES COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: no Irão, deputados do parlamento nacional apoiaram uma nova lei a proibir os cães de aparecerem em espaços públicos, uma vez que, à «luz» do Islão, estes animais são «impuros», além de que, acrescentam, ter animais de estimação é um costume «não islâmico» e resulta de uma influência ocidental.
Sob esta nova lei, os donos de cães serão proibidos de andar com os seus animais na rua ou dentro de veículos, sob pena de pagarem uma multa de cinco milhões de riyals (mais de quatro mil e oitocentos euros) e terão dez dias para se desfazer do cão. Se o dono do cão não cumprir estas regras, as autoridades de saúde irão tirar-lhe o cão, sem que haja nenhuma explicação sobre o que acontecerá ao animal. O ministro da Saúde recebeu apelo para pôr esta lei em prática, tal como os vereadores das cidades e o comité de cultura do parlamento.
Os radicais muçulmanos têm combatido a posse de cães de estimação, a qual parece estar a crescer nos últimos anos em solo iraniano, especialmente entre os cidadãos dos bairros da capital, Teerão. Em Junho de 2010, o grande aiatola, Naser Makarem Shirazi, emitiu uma fátwa ou édito religioso contra a posse de cães como animais de estimação, e a polícia multou donos de cães, e confiscou canídeos em ruas e parques.
Só se abrem excepções aos cães de guarda e aos cães de pastores.

Isto num país em que o cão era tido como um animal sagrado, de certo modo, visto que na religião nacional iraniana, o Mazdeísmo, o cão é privilegiado e em todos os funerais tinha de haver um destes animais, para expulsar os espíritos malignos. Com a invasão árabe no século VII, que impôs o Islão pela via da força e da intimidação, alguns dos fiéis à religião mazdeísta começaram a ver os seus cães a serem mortos e os pedaços dos corpos dos animais a serem atirados às portas de suas casas...

É assim, o Islão - naturalmente contrário às liberdades arianas, neste como noutros casos.