terça-feira, março 08, 2011

COMUNICADO DO PNR SOBRE A SITUAÇÃO PERIGOSA DE PORTUGAL DIANTE DO NORTE DE ÁFRICA

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português
, sustentou recentemente, por causa da instabilidade verificada no Magrebe, que, “mais do que nunca, é agora tempo de dar atenção aos problemas desta fronteira e ter uma visão estratégica sobre a relação com toda esta região de vizinhança”.
(...)
Qualquer curioso em matéria de defesa, Geoestratégia e Geopolítica, sabe há muito tempo que a região do Mabrebe e do Médio Oriente se iriam tornar num verdadeiro barril de pólvora: era tudo uma questão de tempo para isso acontecer.
A nossa situação geográfica, de porta de entrada e fronteira sudoeste da Europa, levariam a que qualquer governo avisado tivessem há muito, tomado medidas que antecipassem e prevenissem tal cenário de crise na região do Magrebe.
Mas nada fizeram nesse sentido. Senão, vejamos: a nossa Marinha de Guerra, pede urgentemente a substituição das Corvetas da Classe “João Coutinho”, da época da Guerra do Ultramar; tem as suas melhores Fragatas a meio da sua vida útil e à espera dum merecido e desejável programa de MLU (Mid Life Upgrade) que lhes melhorem a capacidade operacional; continua a triste novela em torno da entrega dos primeiros Navios de Patrulha Oceânico (NPO); mantém-se ainda esperando e desesperando pela entrega dos Navios NPO que terão como importante missão, a fiscalização de nossa ZEE (Zona Económica Exclusiva); a errada decisão do constante adiamento da decisão em construir o Navio Logístico Polivalente, indispensável numa situação de calamidades naturais, ou em situações de evacuação de cidadãos portugueses em países estrangeiros com cenários de crise como foi o caso Guiné (1998), ou recentemente na Líbia . Este Navio também seria utilizável para a projecção de forças ao serviço dos três ramos das Forças Armadas.
Na Força Aérea o cenário também é bastante negro: só contamos com duas esquadras de F-16, e muito deles ainda a espera de receber o upgrad para o padrão MLU ; o atraso na modernização dos aviões C130 está a criar fortes constrangimentos à operacionalidade destes aparelhos, determinantes na projecção das forças nacionais e no cumprimento das missões humanitárias que lhe estão atribuídas; os P3 Orion que têm a importante missão de patrulhamento marítimo e de busca e salvamento, ainda a ser modernizados a conta gotas para o padrão Cup+.
No Exército falta quase tudo, desde uma nova arma para substituir a histórica G3, às viaturas Pandur que são entregues com grande atraso, a um inúmero sistema de armas que estão completamente obsoletas ou com as suas capacidades operacionais reduzidas, como é por exemplo o sistema Chaparral e do Bitubo RH202 (Defesa Anti-Aérea) e das viaturas blindadas M113, até à situação caricata das rações de combate portuguesas, que além de serem importadas de Espanha (!) são de uma enorme falta de qualidade e ainda mais um longo rol de faltas inaceitáveis para um estado que se pretende soberano e evoluído.
Como pode então o MNE falar em “dar atenção aos problemas das nossas fronteiras” se actualmente nem conseguimos assegurar a vigilância e soberania em todo o nosso território nacional?
Estamos a brincar?
Está demonstrado que Portugal, face a uma potencial invasão militar vinda por exemplo de Marrocos, teria uma capacidade de resistência muita reduzida, tanto pelo estado das nossas Forças Armadas como pela quase inexistência de reservas de guerra, e até pelo reduzido efectivo militar , que brevemente será reduzido para mínimos históricos. Não é preciso dizer-se mais…
É preciso, isso sim, uma verdadeira política de defesa, que invista seriamente nas suas Forças Armadas, com visão estratégica. Para o PNR, a defesa Nacional é uma grave prioridade nacional.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

AINDA POR CIMA ENVIAM SOLDADOS PORTUGUESES PARA O KOSOVO...

8 de março de 2011 às 22:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

FREE KARADZIC!

8 de março de 2011 às 22:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

o PNR tem razão.

9 de março de 2011 às 05:59:00 WET  

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