REALIZADORES DE CINEMA QUE PARTEM ESTE ANO

Washington – Morreu esta quinta-feira, aos 88 anos, Blake Edwards, o criador da série «A Pantera Cor-de-Rosa».

O realizador, casado com a actriz Julie Andrews há 41 anos, morreu na sequência de complicações provocadas por uma pneumonia. É considerado um dos cineastas mais importantes da comédia dos anos 60 e 70, inesquecível pela parceria com o actor inglês Peter Sellers e foi quem tornou célebre Audrey Hepburn através do filme «Boneca de Luxo».

Mas a obra a que o seu é associado com mais frequência é à série «A Pantera Cor-de-Rosa», lançada em 1964, e que contava com o actor Peter Sellers.

Uma morte a lamentar, pelo brilhantismo que o realizador atingiu na obra acima citada, que contém alguns filmes de valiosa comicidade.

Outro realizador cujo óbito deixa uma certa nostalgia no ar, e que me esqueci de noticiar na altura, em Novembro, é o italiano Dino De Laurentis, autor de uma boa tonelada e meia de películas, entre as quais algumas das minhas favoritas, verdadeiras obras-primas do género Fantasia, mesmo que se lhe chame por vezes Ficção Científica, já que a tónica está mais no deslumbramento fantasioso do que na estética da sofisticação tecnológica - refiro-me ao riquíssimo, barroco e faiscante «Flash Gordon» (1980), que quanto a mim supera, em maravilhoso, o já histórico «Guerra da Estrelas» (que por acaso foi feito por George Lucas porque este não conseguiu filmar Flash Gordon, cujos direitos já tinham sido adquiridos por Laurentis). Refiro-me também ao não menos bizarro (até mais) «Barbarella»(1968),

bela combinação de Fantástico com erotismo. Num outro sub-género da Fantasia, que fala talvez mais de perto à alma europeia, a saber, o da Espada e Feitiçaria, não devem esquecer-se os filmes que fez com base na literatura do norte-americano Robert Erwin Howard, nomeadamente «Sonja» (ou «Kalidor, a Lenda do Talismã», título alternativo), «Conan o Bárbaro» e «Conan o Destruidor».