MARCO DA RESISTÊNCIA EUROPEIA AO INVASOR MUÇULMANO - BATALHA DE TOULOUSE

Há quase mil e trezentos anos, o governador do Al-Andalus, Al-Samh ibn Malik al-Khawlani, reuniu um poderoso exército para conquistar a Aquitânia, zona sudoeste da actual França. A Aquitânia estava formalmente sob a soberania dos Francos, mas na prática era um ducado quase independente. O líder muçulmano cercou a principal cidade da Aquitânia, Toulouse. O duque Odo da Aquitânia, também conhecido como Eudes, partiu de imediato para encontrar auxílio.
Toulouse estava prestes a render-se quando Eudes retornou, três meses depois de partir, e atacou de surpresa as tropas muçulmanas no dia 9 de Junho de 721, dando-se então a Batalha de Toulouse.
A vitória dos resistentes aquitanos foi total e Al-Samh ibn Malik al-Khawlani mal conseguiu fugir, com apenas uma fracção das suas forças, apenas para morrer pouco depois.

Há quem considere que a Batalha de Toulouse foi realmente a batalha mais decisiva na derrota e derrocada do Al-Andalus, em vez da mais famosa e posterior Batalha de Tours, ou de Poitiers, em 732, visto que este triunfo de Eudes viria a dar tempo aos Francos de Carlos Martel para se prepararem para o embate seguinte contra as forças da Moirama, do qual saíram, como se sabe, vencedores.

Eudes viria a cair em batalha no massacre de Bordeaux, em que ele e sua gente foram mortos pelos invasores muçulmanos, mas, como acima se diz, nesse mesmo ano o confronto dos Francos com os muçulmanos foi decisivo.

Glória a Eudes e aos seus bravos, injustamente esquecidos, que merecem o seu lugar na constelação dos heróis da Europa.