JOVENS MUÇULMANOS EXIGEM QUE CANTORA NA DINAMARCA MUDE DE NOME...

Na Dinamarca, uma cantora, rainha da pop dinamarquesa, foi no passado dia cinco de Junho vaiada e atingida com ovos durante um concerto num subúrbio de Copenhaga, Ishøj.

Isto porque a artista se chama Medina, e os jovens muçulmanos no local não gostaram que uma cançonetista a mostrar as pernas e a cantar letras eróticas tivesse o nome da cidade em que o profeta Maomé descansou, a cidade santa de Medina...

A cantora Medina é de origem chilena, e no Chile este nome é muito comum; nunca foi muçulmana, nem tampouco tem nada a ver com o Islão, mas os muçulmanos que a atingiram insistem: a artista tem de mudar de nome...

Um consultor de Integração dos imigrantes e membro do conselho de Copenhaga a representar o Partido Social Liberal, Manu Sareen, vem pôr água na fervura.

Mas como?

Branqueando o Islão...

Diz Sareen que «pode acontecer que os jovens digam eles próprios que isto tem a ver com a religião, mas não tem. Muitos dos jovens pensam que sabem muito sobre o Islão. Usam o Islão como uma identificação religiosa, mas na realidade não sabem muito sobre a religião.» Alega Sareen que o arremesso dos ovos é um sintoma do facto de que alguma da juventude das minorias étnicas está num processo de radicalização cultural. E continua: «A juventude tem dificuldades na escola, tem dificuldades a arranjar emprego, e não tem sorte com as mulheres. Portanto olha para trás, para as raizes doutra cultura. Muitos fazem uma abordagem rígida à sua própria cultura de berço. Por exemplo, no que diz respeito à sua perspectiva sobre o género sexual e a igualdade.» Diz ele que os modelos dos jovens são os seus pais e por isso quando os seus pais se sentem ofendidos com a exposição de pele nua em vídeos, os jovens sentem o mesmo. «Depois subitamente odeiam a [cantora] Medina. Isto é uma indicação de que eles não têm oportunidades. Ali está uma rapariga no palco que é bem sucedida, e isso mostra o falhanço deles. Toda a gente quer ser grande, e sair dos chamados guetos.»

O parlamentar conservador Naser Khader, que anda rodeado de guarda-costas porque está ameaçado de morte por muçulmanos, diz que a explicação de Saren não pega: «Naturalmente que [a atitude dos jovens] tem algo a ver com a religião.»
Khader observa entretanto que o grupo hip-hop Outlandish tocou no mesmo local em Ishøj e não foi atacado.

Ou seja, não é propriamente o sucesso que mais irrita os jovens muslos... e afinal, não serão já de mais os muçulmanos que não percebem que o Islão é uma religião pacífica e tolerante?, e que não podem impor aos não muçulmanos as regras muçulmanas, mas que estranho...