O IMAGINÁRIO DO DR. PARNASSUS
Esplêndido, esplendoroso filme, «O Imaginarium do Dr. Parnassus», que em Portugal recebeu o título «Dr. Parnassus - O Homem que Queria Enganar o Diabo». Já desde o ano passado que aguardo a estreia do filme e não fiquei decepcionado, embora talvez a película devesse durar um pouco mais. A obra é muito típica do seu realizador, o meu favorito, Terry Gilliam, autor de outros grandes marcos do espectáculo audiovisual, como a série televisiva e os filmes dos Monty Python - «Monty Python Flying Circus», «A Vida de Brian», «O Sentido da Vida», «Fujam, Vêm Aí os Vikings», o riquíssimo «Os Ladrões do Tempo», «Monty Python e o Santo Graal», além de outros monumentos cinematográficos, entre os quais o meu favorito de entre todos os filmes que já vi, «A Fantástica Aventura do Barão de Munchausen», e depois disso «Os Irmãos Grimm», enfim. Trata-se usualmente de um ambiente barroco, com elementos de cultura antiga, medieval, renascentista também, e muito particularmente da época vitoriana, sempre enaltecendo o poder como que salvífico da Fantasia. A Imaginação ao Poder, como outrora se dizia, embora em contexto diferente. É o Barão de Munchausen, que lamenta o amesquinhante racionalismo que toma conta do mundo, onde já não há lugar para o seu mundo pessoal, o das fantasias épicas e grandiosas de outrora; é um militar de Napoleão que, com o seu racionalismo francês, redutor e deprimente, espera destruir a floresta e a riqueza folclórica da cultura feérica germânica, último reduto dos Alemães perante a conquista napoleónica; e é, neste mais recente filme, o herói da história, Dr. Parnassus, a compreender que o contar histórias sempre existiu e terá sempre de existir como liberdade fundamental do espírito humano, que, adivinha-se no filme, serve como canal do indivíduo para dentro de si mesmo, motor da sua ascensão moral e vital. Evocando a tradição dos pitorescos saltimbancos, que andavam nos séculos passados de terra em terra a maravilhar e a iludir as populações com as suas narrativas e «efeitos especiais» de cunho e forma mais ou menos fantásticos, Parnassus, imortal desde que estabeleceu um pacto dúbio com o diabo, tem sido por este acompanhado a par e passo ao longo de séculos, sempre com ele apostando nisto e naquilo, como dois velhos amigos hostis, ou aliás, cordiais inimigos. Viajando com a filha e com dois ajudantes, um deles anão, possui um espelho com o qual pode enviar quem o atravessar para um mundo criado pela própria imaginação de quem atravessa, de acordo com as suas ambições e natureza de carácter. As imagens, de uma beleza excepcional - e não apenas por causa da bela Lilly Cole, modelo britânica e actriz de valor - são delirantes, mas sempre altamente simbólicas, a cada momento. E o final tem o sabor de um desvendar de horizontes eternos, que falta ainda percorrer...
«Obrigatório» para gente de bom gosto.
4 Comments:
PNR a maior fonte de lol do nosso país
Aposto que eles queriam era registar todos os paneleiros que existissem quando daqui a muitos séculos quando eles ascenderem ao poder (lol) os meterem todos em campos de concentração
Mas eu acho piada é às soluções deles:
Desemprego morte aos pretos, expulsar o resto.
Criminalidade idem
Problemas sociais no tempo do Salazar é que era bom. Morte às bichonas e afins
E ainda tem direito a tempo de antena
anónimo de "29 de Março de 2010 21h32min00s":
creio que as pessoas minimamente honestas, quando querem criticar uma ideologia, fazem-no criticando apenas os argumentos REAIS apresentados e não inventando ou deturpando tudo, para a "critica" ser mais fácil.
chama-se desonestidade grosseira pura e simples.
não vi ninguém dizer que ia "matar pretos" nem que ia "matar os gays" ou "metê-los em campos de concentração".
se não sabe, não inventa.
se não tem nada para dizer, fica calado.
e essa do "aposto"...
enfim...
«PNR a maior fonte de lol do nosso país»
"fonte de lol"!?... Nem sequer em português consegues escrever?
«Aposto que eles queriam era registar todos os paneleiros que existissem quando daqui a muitos séculos quando eles ascenderem ao poder (lol) os meterem todos em campos de concentração»
E eu aposto que tu, tão preocupado que estás com um futuro tão distante, só podes ser um alto paneleiro recalcado...
NOTA: Antes que desates a disparatar com a "homofobia", a palavra-chave aqui é recalcado!
«Desemprego morte aos pretos, expulsar o resto.»
Desemprego? Morte aos pretos? Ainda hás-de provar claramente (i.e. com as devidas referências) que algum responsável do PNR defendeu isso.
«Problemas sociais no tempo do Salazar é que era bom.»
Também gostava de saber qual foi o dirigente ou militante do PNR que afirmou semelhante coisa.
Para tua informação, o facto da criminalidade ser estatisticamente mais baixa durante o Estado Novo é um facto que qualquer historiador - mesmo o teu amigo Rosas - facilmente te confirmará.
Mas o erro crasso no teu raciocínio é fazer equivaler criminalidade a "problemas sociais" por inteiro, quando a criminalidade é apenas um dos muitos problemas sociais enumeráveis: alfabetização, acesso à saúde, ao emprego e à informação, pluralismo, liberdade de expressão, etc.)
Além disso, se te tivesses dado ao trabalho de ler o que se escreve neste blogue, chegarias à conclusão (mais leitura, menos leitura) que ninguém aqui venera ou simpatiza sequer com o Salazar.
É que este é um blogue racialista, frequentado maioritariamente por racialistas... e o Salazar é o autor da célebre afirmação "Portugal é uma Nação Multirracial e Pluricontinental", 100% incompatível com o racialismo.
«Morte às bichonas e afins»
Dizes tu, não nós.
«E ainda tem direito a tempo de antena»
Se o PCP, o BE e o MRPP têm direito e só dizem merda, para além de terem como objectivo a criação de um estado totalitário à boa maneira da ex-URSS, porque diabo não há-de o PNR, um partido que apenas defende o controlo da imigração e a preservação da nossa identidade, ter?
E já agora, quem és tu para ditar o que pode e o que não pode ter tempo da antena, seu aleijadinho invertebrado?
É que este é um blogue racialista, frequentado maioritariamente por racialistas... e o Salazar é o autor da célebre afirmação "Portugal é uma Nação Multirracial e Pluricontinental", 100% incompatível com o racialismo.
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Salazar também disse que em Portugal seria incompativel a mistura racial, para bem da preservação da raça. E que Portugal é uma nação europeia.
O contexto politico e histórico difere conforme o interesse (pós II Guerra M e antes)
O que é certo é que durante o Estado Novo, em Portugal haviam poucos pretinhos, hoje é aos milhares e milhares.
Mesmo nas colónias sabe-se a diferenciação racial era feita.
Mas o luso tropicalismo fez o TPC.
Caguei para as ex-colónias.
Viva a Portugal branco
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