QUOTIDIANO DA POLITIQUICE CORRECTA OCIDENTAL - PORQUE É QUE DOIS CRIMINOSOS ESTRANGEIROS NA HOLANDA NÃO FORAM DEPORTADOS

Na Holanda, dois alienígenas, irmãos marroquinos, residentes no distrito de Slotervaart, em Amsterdão, não vão ser deportados para o seu país, visto que a secretária da Justiça Nebahat Albayrak (cidadã holandesa de origem turca, militante do PvdA, partido socialista), assim o determinou.
Os irmãos norte-africanos fazem parte do «Piet Mondrian Group», um gangue de trinta a trinta e cinco jovens marroquinos, assaz conhecidos pela polícia pelos «pais do bairro» (corpo de vigilantes muçulmanos, também chamado «polícia da charia»).
Oitenta por cento deles nem passaporte possuem.
No caso dos dois em questão, a sua autorização de permanência expirou em 2006.
Todavia, lá andam, e mesmo depois de serem apanhados a cometer crimes.
Nem um só deles é expulso.
O «Piet Mondrian Group» contribui com actividades diversas para enriquecer a diversidade do quotidiano holandês, actividades essas entre as quais se contam os assaltos e o incêndio de automóveis. São regularmente condenados, mas não desistem de dar o seu contributo multicultural à multicultural sociedade que tão multiculturalmente continua a acolhê-los. E nem são os únicos a ter esta persistência em participar, à sua maneira, na actual convivência europeia, pois que na sua zona há outros grupos do mesmo jaez.
A cidade de Amsterdão até os queria expulsar, mas o multiculturalismo falou mais alto. O Serviço Holandês de Imigração e Naturalização (IND) afirmou que não havia suficientes provas contra pelo menos um dos jovens em causa (sic(k)) para o designar como alienígena indesejável.
A polícia de Amsterdão está por seu turno furibunda, alegando que nada salvará os petizes desta vez: «Em Slotervaart há toda a espécie de actividades para jovens, precisamente para os afastar do mau comportamento nas ruas. Mas para este grupo, não há mais projecto, viagens a Marrocos e outros mimos.»

Ah, chegou a haver viagens a Marrocos, pagas pelo contribuinte, o que nem seria mau se fossem só de ida...

Eu bem queria fechar já o tópico e avançar para outros assuntos mais importantes, mas, caros leitores, o que entretanto se lê a propósito desta situação é de uma riqueza ideológica multiculturalista que deixa qualquer um embasbacado. Repare-se por exemplo no que diz o deputado parlamentar do partido Esquerda Verde Tofik Dibi, também ele marroquino e além disso simpatixante da Internacional Socialista, que cresceu na mesma vizinhança de Amsterdão, e que se opõe totalmente à deportação dos dois irmãos, repare-se no seu argumentário: «Se estes dois indivíduos forem atirados para fora da fronteira, eu acho que isso é uma admissão de falhanço. Sabemos que não são nenhuma doçura, mas eles não são apenas perpetradores mas também vítimas de tragédia familiar e do falhanço dos corpos governamentais [...] É compreensível que a polícia queira medidas radicais à medida que os jovens violam repetidamente a lei, mas estes jovens cresceram na Holanda, os seus problemas surgiram aqui e eles violaram a lei holandesa. Portanto agora é preciso lutar contra isso aqui, em vez de os atirar fora para outro país.»

Como se fosse culpa da sociedade holandesa o que «lhes aconteceu», aos ditos alienígenas, ou aliás, desta vez sem aspas, o que eles fizeram acontecer aos outros... por essa ordem de ideias, a regra na Holanda seria a ilegalidade, a violência, e tal não é verdade, obviamente, ou então nem sequer existiria um quotidiano normal neste país.
Nenhuma sociedade com leis é culpada pelo crime contra as próprias leis - constitui uma verdade de la Palice, que não pode de modo algum ser contornada num país onde o bem-estar está garantido e, para cúmulo, a elite governativa tem a repulsiva tibieza de oferecer mimos e benesses aos jovens alógenos.

Não tem pois sustento na Ética, a afirmação do marroquino Dibi. Pode portanto explicar-se apenas, ou pela sua natural, individual, tendência para ajudar os seus irmãos de estirpe, ou, mais provavelmente - porque o seu discurso é igual ao do resto da elite reinante - pela origem cristã da moralidade esquerdista, anti-racista, imigracionista, multiculturalista: a constante e incessante vontade de acolher o outro, o estrangeiro, de dar a outra face ao agressor alógeno, sempre culpabilizando o Nós, isto é, o Europeu, que, numa lógica de perversão sem limites à vista, acaba por ser considerado culpado não só quando é alegadamente agressor, mas até quando é... agredido.


O tópico está a tornar-se francamente cansativo, mas ainda há mais a dizer, porque o fartar da vilanagem é muito: pouco depois deste caso, Albayrak anunciou, em Abril de 2009, uma proposta de lei sob a qual os estrangeiros que estivessem presos e tivessem de ser deportados, poderiam ser libertados mais cedo se dissessem que queriam retornar ao seu país de origem. Parece que não mais se falou nesta ideia e, escassos dias após o seu anúncio, ficou a saber-se que um dos irmãos marroquinos já tinha recebido um novo visto de permanência, como resultado de um processo-lei contra o IND...