quarta-feira, janeiro 27, 2010

MILIONÁRIO E MILITANTE ETNICISTA OFERECERÁ CINCO MILHÕES DE EUROS A PARTIDO ANTI-ISLAMIZAÇÃO ALEMÃO

O empresário sueco Patrik Brinkmann anunciou que vai oferecer cinco milhões de euros ao partido Pro-NRW, formação anti-islamista sediada na cidade alemã de Colónia. Diz Brinkmann que está a ver a Alemanha a tornar-se «demasiadamente estrangeira» e que a lei charia, ou lei islâmica, poderá vir a ser introduzida no país. «Todavia, não há, ou há muito poucos, políticos que levam isto a sério», acrescenta. E explica: «É por isso que acredito que uma nova Direita (na Alemanha) pode não apenas ser bem sucedida, mas em cinco ou dez anos pode tornar-se tão grande como o FPÖ na Áustria ou o SVP na Suíça», referindo-se aqui, respectivamente, ao partido de Haider e ao que conseguiu a vitória na questão dos minaretes em solo suíço.
Cartazes do Pro NRW em manifestação anti-islamizante.

O milionário, que teve alegadamente laços com o NPD e com o DVU, irá financiar um edifício do Pro-NRW, que será usado como centro anti-islâmico. Burkhard Freier, cabeça do ramo dos serviços secretos alemães (Verfassungsschutz) na região Reno-Vestefália Norte, considera o Pro-NRW e um grupo próximo, o Pro-Köln, como organizações perigosas. Acrescenta contudo que a lista de membros do Pro-NRW é pequena, ficando-se pelas três centenas e que por isso não tem muita influência na Reno-Vestefália Norte, o mais populoso Estado da Alemanha.

Em 2004, Brinkmann criou na Suécia a Fundação Continente Europa (Kontinent Europa Stiftelse – KES), da qual aqui se falou, grupo que pretende estabelecer uma «civilização europeia maior» que incluirá a Rússia.

Emblema da KES


O sueco causou polémica em 2008 quando veio a público que tinha comprado uma quinta de 3,3 milhões de euros num subúrbio de Berlim, o que assustou as autoridades alemãs, temerosas de que o local se torne numa base de actividades neo-nazis. Segundo os serviços secretos da Alemanha, Brinkmann é uma das principais figuras no movimento da extrema-direita a nível mundial. Embora tenha declarado que a aquisição da referida propriedade era de carácter «puramente privado», o que é facto é que em 2009 uma declaração da KES confirmou que o escandinavo irá mudar-se para Berlim «por volta de 2010 o mais tardar» para construir a «Internacional dos Nacionalistas à escala europeia

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Só é pena não haver um Patrik Brinkmann português que possa financiar o nacionalismo portugês..

27 de janeiro de 2010 às 20:00:00 WET  
Blogger Thor said...

mas isso seria dar dinheiro para fundo perdido :S

bem faz ele em financiar os alemães e não os nacionalismos ibéricos.

27 de janeiro de 2010 às 20:20:00 WET  
Blogger Caturo said...

Depois queixa-se quando lhe chamam complexado e subserviente aos nórdicos, ahahahhahahah...

27 de janeiro de 2010 às 20:24:00 WET  
Blogger Titan said...

Ó ex-ariano já pensaste ir para um país centro-europeu, que afinal é aonde estão as tuas origens?

27 de janeiro de 2010 às 20:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

que empresas tem o gajo?

nao tarda muito ha campanhas esquerdistas para nao comprarmos coisas das empresas dele e o gajo fode-se

27 de janeiro de 2010 às 21:45:00 WET  
Blogger Thor said...

os nacionalismos ibéricos só vão lá por arrasto e se forem obrigados pelos outros nacionalismos da Europa.

sozinhos, por eles mesmos, não vão lá. infelizmente.

27 de janeiro de 2010 às 22:06:00 WET  
Blogger Caturo said...

Até parece que o Movimento Nacionalista partidário na Alemanha está muito melhor do que em Portugal e em Espanha...

27 de janeiro de 2010 às 22:22:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não há dúvida que o Brinkmann estará genuinamente interessado em combater o islão, mas por que será que o Vial e o Carlos Dufour, esses sim verdadeiramente etnicistas, para usar a tua expressão, abandonaram o KES e proibiram essa associação de voltar a servir-se dos seus nomes e trabalhos, com acusações graves ao tal sueco? E olha que aqueles dois são indiscutivelmente pela identidade étnica europeia e insuspeitos de simpatias islamistas (ao contrário do que acontece com alguns nomes da área)?

O que foi dito é que o KES está ao serviço de interesses exteriores e contrários à Europa e financiado a partir de fora, com propósitos de desviar e controlar o movimento.

Aliás, o Carlos Dufour é muito explícito no texto que escreveu sobre essa organização e o tal senhor. O anti-islamismo não é necessariamente condição para pretender defender a identidade europeia.

Enfim, nem tudo o que brilha...

28 de janeiro de 2010 às 00:13:00 WET  
Blogger Caturo said...

Quais as acusações, em concreto, e que interesses exteriores seriam esses?

28 de janeiro de 2010 às 11:19:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"bem faz ele em financiar os alemães e não os nacionalismos ibéricos."


vai levar na peida thor. O Louçã é que te deu a ordempara dizeres isso?

28 de janeiro de 2010 às 18:46:00 WET  
Blogger Thor said...

não foi o louçã, imbecil. já sabemos que para ti é tudo Bloco de Esquerda, se vai ao WC também é Bloco de Esquerda, mas o Mundo não gira em redor das tuas alucinações.

28 de janeiro de 2010 às 21:19:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, resposta sucinta:

1 - Acho que o tal KES usou os nomes de algumas pessoas reputadas do movimento, como se fossem quadros da dita organização, sem o conhecimento ou a aprovação dos mesmos.

O ponto essencial da discórdia teve a ver com o facto do KES definir a identidade europeia como uma comunidade de adesão ao judeo-cristianismo, o que, evidentemente, exclui a questão propriamente étnica, sendo que mantém, também evidentemente, a componente anti-islâmica. Aliás, acho que o KES publicou um livro, escrito sob pseudónimo de um tal de Harvey onde pretendia definir o que era a Europa a partir dessa mesma concepção.

2 - judaicos, entre outros.

30 de janeiro de 2010 às 02:32:00 WET  

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