segunda-feira, setembro 21, 2009

LÍDER DA OTAN QUER ALIANÇA COM A RÚSSIA CONTRA AMEAÇAS NÃO EUROPEIAS


O líder ou secretário geral actual da OTAN, o ex-primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, apelou no passado dia 19 do corrente a que a OTAN, a Rússia e os EUA unissem os seus sistemas de mísseis de defesa contra as potenciais novas ameaças nucleares da Ásia e do Médio Oriente, afirmando que os antigos oponentes da chamada guerra fria (EUA e União Soviética) devem deixar para trás os seus conflitos.

Rasmussen emitiu esta declaração um dia depois de os EUA terem abandonado o plano de colocação na Europa oriental de um chamado «escudo» ou sistema de mísseis de defesa, plano este que tinha sido motivo de tensão entre o Ocidente político e a Rússia e cujo abandono mereceu um elogio ao governo norte-americano por parte do governo de Putin - os serviços secretos norte-americanos perceberam que os mísseis iranianos de curto e médio alcance representam agora uma ameaça maior a médio prazo do que os mísseis balísticos intercontinentais das forças russas.

Mais declarou Rasmussen que «se a Coreia do Norte permanecer nuclear, e se o Irão se tornar nuclear, alguns dos seus vizinhos poder-se-ão compelidos a seguir os seus exemplos.»

A Rússia, por seu turno, há muito que manifesta interesse em que o seu sistema de mísseis se ligue aos sistemas de mísseis da OTAN. Mas, mais recentemente, afirma também que a OTAN deve reconhecer a Organização do Tratado de Segurança Colectiva criado por Moscovo em 2002 e que inclui, além da Rússia, também a Bielorrússia, a Arménia, o Casaquistão, a Quirguízia e o Tajiquistão.

Rasmussen, que mostrou notória firmeza para com o mundo islâmico quando este, a pretexto das caricaturas, quis vergar a Dinamarca aos ditames da charia, e que foi por isso duramente criticado pela Turquia, cujo governo tentou recentemente vetar a sua eleição para liderar a OTAN, volta assim a revelar uma valiosa lucidez ao entender que o verdadeiro e melhor destino dos Europeus não é em barricadas separadas, uns contra os outros, mas sim unidos, dos Urais aos Açores, perante as ameaças que do sul islâmico e da Ásia amarela se possam levantar contra a civilização ocidental.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:) Esse dos Urais aos Açores faz-me lembrar aquele slogan da CI.
O dinamarquês sabe da coisa!

21 de setembro de 2009 às 19:16:00 WEST  

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