terça-feira, setembro 15, 2009

IGREJA NÃO QUER QUE AS OUTRAS RELIGIÕES POSSAM SER ESTUDADAS NA ESCOLA EM IGUALDADE DE CIRCUNSTÂNCIAS COM O CRISTIANISMO

Em Itália, as escolas públicas têm oferecido nos últimos anos aos alunos do ensino público a opção da «hora religiosa», na qual os ditos podem estudar a religião católica, ou outras religiões. Todavia, um regulamento de 2007 instituiu que só os alunos que estudassem o Catolicismo é que poderiam receber crédito académico. Mas em meados de Agosto deste ano, um tribunal italiano determinou que os estudantes das escolas secundárias já não recebem crédito académico por estudarem o Catolicismo, o que muito indignou a politicagem conservadora de centro-direita, incluindo a própria ministra da Educação, Mariastella Gelmini.

Agora, a Igreja Católica entra na liça ao exigir que a religião tenha o estatuto de matéria escolar em Itália, conforme ficou expresso numa carta que a Congregação do Vaticano para a Educação Católica enviou à Conferência Episcopal Italiana (C.E.I.).
Quer o padralhame católico organizado que o Cristianismo seja tratado na escola com a mesma seriedade, grau de exigência e rigor que qualquer outro tema do conhecimento.
Na mesma carta, o Estado do Papa apela a que os pais possam escolher uma escola católica como alternativa a uma escola pública, de modo a acabar com «qualquer forma do monopólio escolástico».

Mas isso não basta aos vigários de Cristo, não basta não...

Afirma o Papado que o ensinamento de diferentes religiões na escola pode originar relativismo religioso, «confusão» e «dano», pelo que está neste momento a desencorajar esta prática educacional.

Sim, isto está a acontecer na segunda metade do ano 2009, não há mil ou sequer há cento e tal anos atrás, quando a Igreja, ainda mui poderosa, declarava que a liberdade de consciência e de culto não era legítima... Efectivamente, a Igreja chega desta vez a ter o descaramento de dizer o seguinte: «Pode haver confusão, bem como indiferença e relativismo religiosos, se o ensinamento da religião se limitar à exposição neutra ou comparativa das várias religiões.»
Pois: isso de transmitir aos alunos a ideia de que podem escolher a religião que quiserem é uma grande chatice porque «confunde» as pobres cabeças juvenis...

Ou seja, a principal claque do Judeu Morto continua a ser tão inimiga da liberdade religiosa como sempre foi. Depois de dois mil anos, conserva coerentemente o seu descaramento arrogante e intolerante de sempre. Cai pois por terra a alegação, por parte de muitos católicos modernaços de carinha lavada, de que a Igreja «evoluiu» desde a Idade Média e agora já não há Inquisição e etc....