ESTUDO UNIVERSITÁRIO DE TILBURG INDICA QUE IMÃ NÃO É TERRORISTA MAS NÃO DEIXA POR ISSO DE CONSTITUIR AMEAÇA À HOLANDA

Uma agência de pesquisa ligada à universidade de Tilburg afirma que o alto clérigo muçulmano Ahmad Salam não constitui ameaça directa à segurança da Holanda, mas põe em perigo a integração de muçulmanos na sociedade holandesa, uma vez que os seus ensinamentos e pregações entram em confronto aberto com os valores nacionais.
O estudo foi levado a cabo em resposta dos sinais alarmantes da mesquita liderada por Salam, sita em Tilburg-Noord, à luz de investigações dos serviços secretos holandeses, AIVD, que tem seguido de perto as movimentações do grupo de imãs do sujeito, da seita Salafi. A mesquita em questão é considerada radical, juntamente com a mesquita El Tawheed, de Amsterdão, a mesquita Al Fourqaan, de Eindhoven, e a As Soennah, em A Haia. Os investigadores alertam para o aspecto ameaçador, a longo prazo, dos efeitos da pregação destes centros de doutrinação islâmica.

Ou seja, a investigação dá-se conta de que o Islão não ameaça só por via do terrorismo - e a situação em França, e em vários países muçulmanos, demonstra que o aspecto mais perigoso deste credo não é efectivamente o da violência bombista, mas sim o da fanatização das massas.

Salam é particularmente famoso por ter-se recusado a apertar a mão da então ministra Rita Verdonk. E é considerado como um grande líder, de inquestionável autoridade, por muitos dos marroquinos e somalis que frequentam a sua mesquita.

O presidente da câmara Ruud Vreeman, trabalhista, disse-lhe, há dois anos, que Salam não pertence à Holanda. E o partido VVD, por seu turno, afirma que «realmente, só há um sítio ao qual Salam pertence: precisa é de um bilhete de avião só de ida para a Síria.»