ASSALTANTES RENITENTES FICAM EM LIBERDADE

Depois de sujeitos a primeiro interrogatório judicial, os dois assaltantes de universitárias, detidos, na tarde de quinta-feira, pela Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra, ficaram em liberdade, embora obrigados a apresentações periódicas. O principal suspeito, de 21 anos, que actuava, na maioria das vezes, sozinho, ficou sujeito a apresentar-se três vezes por semana às autoridades.
O “ajudante”, de 19 anos, terá de se comparecer duas vezes por semana. Este indivíduo, que se encontra em situação ilegal em Portugal, já foi presente ao Tribunal de Vila Franca de Xira, onde foi constituído arguido pela prática de crime de roubo. Na altura, foi-lhe aplicada a medida de coacção de apresentações periódicas, que, no entanto, não cumpria.
O indivíduo de 21 anos, também estrangeiro, residente na zona de S. Martinho do Bispo e profissionalmente ligado à área da restauração, escolhia as vítimas entre estudantes universitárias, tanto na Alta da cidade, como na margem esquerda do Rio Mondego, junto à Escola Superior Agrária, em Bencanta, ou nas proximidades da Escola de Enfermagem e da Escola Superior de Tecnologias da Saúde, em S. Martinho do Bispo.
Além de serem do sexo feminino, os “alvos” circulavam a pé e sozinhas. Os primeiros assaltos registaram-se em Janeiro, sem hora exacta para serem concretizados, uma vez que o ladrão tanto actuava de manhã, como à tarde ou à noite com recurso a uma arma de fogo, que, depois de apreendida, os investigadores da PJ concluíram ser falsa, pois tratava-se de uma réplica de uma pistola de 9mm.
Além do dinheiro que tinham em seu poder, as estudantes universitárias - foram formuladas 15 queixas na PJ - ficavam sem os telemóveis, os cartões de crédito e os respectivos códigos. Apesar de actuar, na maioria das vezes, sem companhia, o jovem de 21 anos recebeu, em três ou quatro ocasiões, a “vigilância” do indivíduo de 19 anos, assim como contou, em alguns dos roubos, com a colaboração de uma mulher de 21 anos, portuguesa, com quem residia.
A jovem, que foi identificada e constituída arguida, ficava nas proximidades da cena do crime, sendo-lhe, no imediato, entregues os cartões de crédito, com os quais levantava dinheiro nas caixas multibanco mais próximas. O casal foi detido em casa, em S. Martinho do Bispo, enquanto o jovem de 19 anos estava na sua residência, na margem direita do Mondego, quando foi “apanhado” pela PJ.

Criminosos alienígenas que intimidam e assaltam jovens portuguesas... aguardam julgamento em liberdade, e, para cúmulo, nem sequer obedecem à norma ridiculamente mínima de comparecer na esquadra... e, mesmo assim, a «Justiça» não os põe, de imediato, longe do contacto com o resto da sociedade? Será que aquilo que fazem... não é perigoso nem causa mal-estar ao cidadão?

Enfim, mais uma vergonha do sistema.