AGENDA ANTI-IMIGRAÇÃO DÁ CADA VEZ MAIS VOTOS NA NORUEGA

Na Noruega, aumenta o apoio ao Partido do Progresso, anti-imigração, tornando-o no maior grupo político do país, à medida que os eleitores se vão inclinando para a agenda anti-imigracionista da dita formação partidária.
Tal como os governos do centro que perdem terreno em todo o continente, o dos trabalhistas noruegueses luta para se aguentar à tona, depois da má fama que obteve ao apoiar leis para proibir a blasfémia, à maneira islâmica (quem diria, um governo esquerdista a apoiar o castigo de blasfemos... o mundo dá muitas voltas... para afinal revelar a sua verdadeira natureza, que é sempre a mesma) e para permitir que as mulheres-políciais usassem o hijab (cobertura islâmica de cabeça usada pelas mulheres), leis estas que foram retiradas depois de a população mostrar o seu forte desagrado pelas mesmas.

Mais uma vez, o Povo quer ser livre e europeu, enquanto a sua elite governativa, apátrida por formação, se dispõe a deixar que o país seja islamizado, a «bem» do ideal multiculturalista...

O professor de estudos culturais e línguas orientais da Universidade de Oslo Torkel Brekke comenta assim este fenómeno político-ideológico: «as pessoas estão a perder os seus empregos, a economia parece estar a entrar em recessão, mas as pessoas estão em vez disso a focar-se nestes temas. Isto mostra o quão importante são para os países pequenos as questões da identidade e o quão inseguras as pessoas se sentem perante a imigração».

O Partido do Progresso parece ter agora o apoio de 27,9% dos eleitores, o que representa uma notória subida relativamente a 2005, quando registou 22,1% dos votos em eleições gerais. E há até uma sondagem que lhe dá 30,9%, enquanto o partido do governo pouco mais tem do que 31%...

Os muçulmanos constituem neste setentrional país cerca de 1,6% da população, cujo total ascende a 4,8 milhões de pessoas e que tem neste momento o segundo PIB mais elevado do planeta.
Em resultado do escândalo que foi a tentativa trabalhista de proibir a blasfémia em termos religiosos, sucedeu que, coincidentemente, o secretário do partido apareceu publicamente à frente de uma campanha para combater o Islão radical na Noruega, o que despoletou críticas da parte dos seus colegas partidários (ficou assim composto o teatrinho...).
Uma sondagem recente mostra que cinquenta e um por cento dos Noruegueses acredita que o Islão radical é um problema nesta nação nórdica; vinte e seis por cento afirma que a religião de Mafoma constitui uma significativa ameaça terrorista.