A TURQUIA FACE A ISRAEL, AO MUNDO ISLÂMICO E À EUROPA
A actual evolução política da Turquia liderada pelo executivo do primeiro-ministro Tayyip Recep Erdogan merece atenção da parte de todos os Europeus interessados no futuro da sua civilização, tendo em conta que o citado país quer a todo o custo entrar na União Europeia. A crescente hostilidade turca para com o seu aliado regional de longa data, Israel, não é assunto inteiramente alheio à Europa, na medida em que indica uma aproximação do executivo de Erdogan em direcção ao mundo islâmico mais radical. A prestação do dirigente turco no Forum Económico da cidade suíça de Davos foi especialmente esclarecedora quanto a isso: o ataque contra Israel foi constante e feroz; e quando o representante de Israel, Shimon Peres, perguntou a Erdogan o que faria se a Turquia faria se fosse atingida com dezenas ou centenas de foguetes por dia, o turco abandonou a sala.
A ironia está em lembrar que quando a Turquia entrou em território iraquiano para matar curdos, usou esse mesmo argumento: que havia ataques conduzidos em território turco a partir de posições curdas no norte do Iraque.
A resposta que Erdogan deveria ter dado a Peres foi portanto dada há uns anitos, quando a Turquia invadiu o espaço doutro país para alegadamente defender-se de ataques...
Foi aqui comentada o carácter desigual da reacção internacional perante a actuação israelita, por um lado, e a turca, por outro.
De notar entretanto que enquanto a «tradicional» aliança entre a Turquia e Israel está em erosão acelerada, a Turquia estabeleceu por seu turno uma aliança recente com o Irão e com a Síria.
É este o país «europeu» que a politicagem correcta quer por força meter na União Europeia, e de tal modo o quer que tem estado a ignorar o crescente desprezo turco para com as condições que lhes foram impostas para poderem fazer parte da Europa político-económica.
A ironia está em lembrar que quando a Turquia entrou em território iraquiano para matar curdos, usou esse mesmo argumento: que havia ataques conduzidos em território turco a partir de posições curdas no norte do Iraque.
A resposta que Erdogan deveria ter dado a Peres foi portanto dada há uns anitos, quando a Turquia invadiu o espaço doutro país para alegadamente defender-se de ataques...
Foi aqui comentada o carácter desigual da reacção internacional perante a actuação israelita, por um lado, e a turca, por outro.
De notar entretanto que enquanto a «tradicional» aliança entre a Turquia e Israel está em erosão acelerada, a Turquia estabeleceu por seu turno uma aliança recente com o Irão e com a Síria.
É este o país «europeu» que a politicagem correcta quer por força meter na União Europeia, e de tal modo o quer que tem estado a ignorar o crescente desprezo turco para com as condições que lhes foram impostas para poderem fazer parte da Europa político-económica.
3 Comments:
Eu não quero a Turquia na U.E. mas também não gosto de Israel.
Eu não quero a Turquia na União Europeia. Israel é uma Democracia.
Eu não quero a Turquia na União Europeia e, por uma questão de coerência nacionalista, simpatizo com a causa israelita, mas também não quero Israel na União Europeia. Com Israel é contudo possível uma aliança política e militar, com a Turquia ou qualquer outro país islâmico, toda a aliança é duvidosa.
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