PRESSÃO POLICIAL AUMENTA EM SETÚBAL - MESMO ASSIM, A CRIMINALIDADE É GALOPANTE
Em 2008 a PSP triplicou o número de operações especiais sobre áreas problemáticas do distrito.
Insegurança. Sadinos alteraram hábitos com onda de assaltos na cidade.
Não foi por acaso que o líder do CDS, Paulo Portas, escolheu Setúbal, há uma semana, para visitar o comando da PSP. A "ousadia" de passear pelas ruas de um tradicional bastião da esquerda, teve uma razão: insegurança. Entre 1998 e 2007 a criminalidade aumentou 40%. Os números de 2008 estão fechados a sete chaves, embora as evidências falem por si. É raro o dia em que não há notícias nos jornais de assaltos na cidade. Bancos, lojas, residentes. A população está assustada e nem as dezenas de grandes operações policiais que têm invadido o distrito contraria este sentimento.
A PSP não revela os números de crimes, mas prova que a pressão a que tem sujeito os criminosos é brutal. No ano passado, aumentou 353% o número de operações de grande envergadura, em áreas seleccionadas, passando de 15 para 68. Em 2008, a PSP deteve 633 suspeitos, contra 477, em 2007 (mais 50%). E são aqui considerados apenas os crimes mais violentos. O número de pessoas "controladas" quadruplicou, passando de 444 em 2007, para 2216 no ano passado. Mas há outras estatísticas a reter. Com a reorganização territorial, a PSP herdou mais 100 mil habitantes para a sua área de intervenção, enquanto o número de agentes se manteve praticamente igual. Contas feitas, neste momento o ratio de habitantes por cada polícia é de 415, quase o dobro da média nacional (1/217).
Portas sabia que a região está apavorada com a criminalidade e isso foi notório no banho de multidão que teve. "As pessoas pediam-lhe ajuda, diziam que tinham medo de sair à rua", conta o deputado Nuno Magalhães, que o acompanhou. "E preocupante foi percebermos como essa realidade estava a dar origem a reacções xenófobas". Foi em Setúbal, na sequência do assassinato do dono de uma ourivesaria no Verão passado, que sugiram notícias sobre a presença de gangues violentos de brasileiros. As autoridades negaram, mas a verdade é que o ministro Rui Pereira deu ordens para serem intensificadas as operações de controlo de estrangeiros no distrito. O SEF admite que o "aumento de operações foi significativo". E avança com um número: 300 estrangeiros ilegais foram identificados "tendo-se executado ou estando em curso o respectivo afastamento", um valor próximo do total de "afastados" administrativamente, em todo o país, em 2007 (327).
Insegurança. Sadinos alteraram hábitos com onda de assaltos na cidade.
Não foi por acaso que o líder do CDS, Paulo Portas, escolheu Setúbal, há uma semana, para visitar o comando da PSP. A "ousadia" de passear pelas ruas de um tradicional bastião da esquerda, teve uma razão: insegurança. Entre 1998 e 2007 a criminalidade aumentou 40%. Os números de 2008 estão fechados a sete chaves, embora as evidências falem por si. É raro o dia em que não há notícias nos jornais de assaltos na cidade. Bancos, lojas, residentes. A população está assustada e nem as dezenas de grandes operações policiais que têm invadido o distrito contraria este sentimento.
A PSP não revela os números de crimes, mas prova que a pressão a que tem sujeito os criminosos é brutal. No ano passado, aumentou 353% o número de operações de grande envergadura, em áreas seleccionadas, passando de 15 para 68. Em 2008, a PSP deteve 633 suspeitos, contra 477, em 2007 (mais 50%). E são aqui considerados apenas os crimes mais violentos. O número de pessoas "controladas" quadruplicou, passando de 444 em 2007, para 2216 no ano passado. Mas há outras estatísticas a reter. Com a reorganização territorial, a PSP herdou mais 100 mil habitantes para a sua área de intervenção, enquanto o número de agentes se manteve praticamente igual. Contas feitas, neste momento o ratio de habitantes por cada polícia é de 415, quase o dobro da média nacional (1/217).
Portas sabia que a região está apavorada com a criminalidade e isso foi notório no banho de multidão que teve. "As pessoas pediam-lhe ajuda, diziam que tinham medo de sair à rua", conta o deputado Nuno Magalhães, que o acompanhou. "E preocupante foi percebermos como essa realidade estava a dar origem a reacções xenófobas". Foi em Setúbal, na sequência do assassinato do dono de uma ourivesaria no Verão passado, que sugiram notícias sobre a presença de gangues violentos de brasileiros. As autoridades negaram, mas a verdade é que o ministro Rui Pereira deu ordens para serem intensificadas as operações de controlo de estrangeiros no distrito. O SEF admite que o "aumento de operações foi significativo". E avança com um número: 300 estrangeiros ilegais foram identificados "tendo-se executado ou estando em curso o respectivo afastamento", um valor próximo do total de "afastados" administrativamente, em todo o país, em 2007 (327).
Mais uma entre muitas das maravilhas que as elites impõem ao povo por intermédio do sacrossanto multiculturalismo.
4 Comments:
a detecção de ilegais é o quê? são detectados mas ficam por cá.
E basta andar por Lisboa, linha de Sintra, costa da caparica e outros sítios e "detectá-los". A mioria detecta-os, e sente isso na pele.
Por muito dinheiro que custasse era construir uma estalagem na Portela e oferecer viagens de ida. Enquanto aguradavam podiam fazer trabalho cívico, vigiado é claro.
Credo! Coitados dos Setubalenses!
E preocupante foi percebermos como essa realidade estava a dar origem a reacções xenófobas".
Isto deve ser só coincidência.
A pobreza não justifica a criminalidade: Há 50 anos os portugueses eram bem mais pobres do que o são hoje e a criminalidade violenta era praticamente inexistente entre nós, em particular ao assalto com extrema violência sobre as vítimas. Se mais pobreza implicasse mais criminalidade, então não teria sido assim. Se a criminalidade não é ainda maior nas estatísticas em Portugal é porque muitas vítimas já nem se queixam porque já nem esperam ver os criminosos punidos, mesmo que seja apanhados.
Já há algum tempo um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão facilmente progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável.
Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em Nova Iorque em cerca de metade. Até os comboios que andavam todos sujos com "grafittis" andam hoje impecavelmente limpos.
A actual política portuguesa de manter na rua os criminosos, mesmo depois de várias reincidências, faz (como dizia o Mayor) crescer a sensação de impunidade: o criminoso continua com as suas actividades criminais, vai subindo o nível dos seus delitos e serve de exemplo para que outros delinquentes mais jovens sigam o mesmo caminho.
Esta política errada está a atrair ao nosso país a criminalidade europeia, que se apercebe dos nossos cada vez mais "brandos costumes". Não podemos tolerar que isto aconteça, na esperança de que os criminosos sejam um dia capturados noutro qualquer país da UE e que aí cumpram pena.
Dificultar a obtenção de uma licença de porte de arma não tem qualquer efeito sobre os criminosos violentos. Quem acredita que eles tiram uma licença de porte de arma e a compram num armeiro legal? Não! Compram-na nos mercados do submundo do crime e muitas delas são até superiores às das polícias. O tempo em que os delinquentes faziam sobretudo uso de armas furtadas já lá vai, por isso dificultar a obtenção de uma arma legal serve para o criminoso se sentir mais seguro e impede a autodefesa da vítima, que pode sentir arrombarem-lhe a porta mas nada poder fazer porque não tem com que se defenda. Há um ditado americano que diz: "mais vale ter uma arma e nunca precisar dela do precisar de uma e não a ter".
Os partidos de esquerda parece terem ficado traumatizados pelos regimes totalitários, pois desculpabilizam até à exaustão a criminalidade com as dificuldade económicas e com isso estão a desorientar o seu eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Têm por isso muita responsabilidade relativamente ao crescimento da extrema direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o combate crime.
Obama promete ser implacável no combate ao crime e defender ao mesmo tempo os mais desfavorecidos. Não me parece incompatível.
Zé da Burra o Alentejano
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