PAGANISMO E CRISTIANISMO DO PONTO DE VISTA DE FERNANDO PESSOA
São de três espécies os erros vulgarmente cometidos na interpretação moderna do paganismo. Ou se confunde paganismo simplesmente com a sua manifestação politeísta; ou se toma por paganismo determinadas práticas religiosas que nele havia, certos ritos, certas cerimónias; ou se confunde paganismo com as teorias de determinadas escolas filosóficas que nasceram do terreno pagão.
Na mera enunciação de quais são os erros verá o leitor que eles são erros, e compreenderá logo a que interpretações especiais me reporto. Não desejo, porém, que me não entendam, e por isso, aumentando estes preliminares mais do que competiria para a perfeita proporção do assunto, passo a esmiuçar um pouco mais as razões a que me atenho.
O erro central na interpretação moderna do paganismo consiste em que, como é natural, mas, posto que natural, erróneo, não concebemos nunca o paganismo senão consciente ou inconscientemente contrapondo-o ao sistema cristão. Como nascemos adentro do psiquismo cristista e esse psiquismo se consubstanciou com o nosso, individual, não nos libertamos nunca completamente dele, e, quando menos nós receamos, mais certa posse ele tem de nós.
Decorrendo desta viciação nuclear do problema interpretativo, são de três espécies (supra).
Como se verá depois, quando houvermos, afastados os obstáculos, chegados à definição do assunto, o paganismo, na sua essência, envolvia, conotava, o politeísmo. O politeísmo, de per si, não constitui, porém, o paganismo greco-romano. Politeístas são o sistema religioso da Índia; politeísta era o velho sistema dos povos do Norte da Europa. Nenhum destes sistemas politeístas se assemelha porém, salvo no facto nu e cru de serem politeísmos, ao politeísmo greco-romano. A distinção entre o politeísmo índio e o grego não precisa ser feita por mim: fê-la, de uma vez para sempre, Heródoto, em uma frase precisa e feliz. As divindades índias são (disse) de forma humana, as gregas de natureza humana.
A distinção é daquelas que completamente circum-navegam o assunto. Porque, mesmo nos pontos em que as duas religiões encaram a subida do homem a deus, na religião grega ele sobe pelo exercício sobre-humano das qualidades humanas, isto é, das qualidades que, no seu exercício normal, apoiam e edificam a vida; na religião índia, por contrário, as qualidades que elevam o homem a sobre-homem são qualidades onde se nega a vida, são as qualidades ascéticas, as práticas caritativas que viciam o egoísmo individual e cívico, a soma de renúncias que contradiz o normal prazer que o homem normal tem na vida. De sorte que a semelhança entre estes dois sistemas religiosos é puramente extrema. (...)
Uma diferença idêntica separa o politeísmo grego do politeísmo da Igreja Católica, representado por os seus santos, que, para a maioria das populações das nações católicas, têm, na devoção e no culto, um lugar acima de Deus.
Outra, mas de idêntico valor, é a distinção a fazer entre o politeísmo grego e o dos povos do Norte da Europa. Aqui, realmente, há de comum que as divindades são representações humanas alargadas, e não negações da humanidade. Ao passo, porém, que os deuses gregos são objectivações formais dos instintos humanos, os deuses nórdicos são objectivações amorfas, vastas sombras mais do que grandes pessoas; das quais mais se aproxima, já, a religião menos estatual dos Romanos, que a fé, estática e delimitada, dos Helenos. Assim no politeísmo do norte se encontra bem figurada aquela índole que havia de ser sempre característica dos povos onde esse politeísmo nasceu – alma vaga, indecisa, onde os sentimentos são amorfos e os pensamentos abismados e profundos, alma que havia de manifestar-se nos sistemas abstrusos da filosofia alemã, na poesia nevoenta dos países nórdicos, e que do cristismo havia de extrair, a extrair qualquer coisa, antes a sua parte monoteísta que a politeísta, por isso que o politeísmo cristista, de origem greco-romana traz consigo a lucidez da sua fonte, e o monoteísmo mais se presta à indefinição, à imprecisão, às sombrias e abismadas meditações que os povos da bruma trazem na sua alma, como a bruma contorna as suas paisagens.
Assim, da análise comparada, que fizemos, do politeísmo grego com os outros, tirámos esta conclusão: que ele se distingue, essencialmente, em ser (1) estático, (2) humano, (3) sincretista.
Encaremos, agora, o paganismo greco-romano do ponto de vista em que é vulgar compará-lo ao cristismo, isto é, da sua pretensa amoralidade, ou imoralidade mesmo. Esta imoralidade, a que a ignorância moderna se atém, apoiada ou em cultos que contrastam com a severidade do culto cristão, ou em que a expressão da moral pagã é, no geral, menos severa e menos espiritual que a cristista, provém simplesmente de que se considera moral o cristismo, passando, portanto, a serem imorais os não-cristismos todos. No erro têm caído, com um descuido sistemático, quantos, quer propondo-se ser cristãos, quer propondo-se ser anti-cristãos, quer defendendo a moral (cristã), quer procurando defender a imoralidade (suposta anti-cristã). É um erro crasso que subjaz os débeis pensamentos de tais como o «esteta» Wilde ou o seu mestre Pater; a ignorância da substância do paganismo basta para explicá-la.
Assim estes pobres críticos do cristismo o agridem com armas que são cristãs, por isso que são ilusões cristãs do paganismo. Tomam o epicurismo por paganismo inteiro. Outros, mais nobres, julgam que no estoicismo o paganismo está todo. Não em um, nem em outro, sistema se acha incluída a atitude metafísica que de ambos é o substrato. O que é comum a toda a moral pagã é que, seja qual for, visa um fim humano, a organização da pessoa humana, não a transcendência dela. A moral pagã é portanto uma moral de orientação e de disciplina, ao passo que a moral cristã é uma moral de renúncia e de desapego. A moral epicurista é, no fundo, a tendência para a felicidade pela harmonização de todas as faculdades humanas – o que é, deveras, uma ideia de disciplina, pois que o é de coordenação. A moral estóica é uma moral de subordinação das qualidades superiores do espírito às superiores, mas superiores e humanas; o auge do cristismo está no sacrifício e na dedicação à humanidade espiritual, o auge do estoicismo na disciplina de si-próprio e na dedicação ao próprio destino, e, se à humanidade, à humanidade concebia civicamente. O estoicismo é a mais alta moral pagã porque é a moral pagã reduzida ao princípio abstracto que é a essência de todas as éticas do paganismo. A Disciplina é a única deusa ética dos estóicos; e é a disciplina, como dissemos, que é a base real das doutrinas éticas do paganismo.
Assim na doutrina ética nós vemos a mesma tendência para a limitação, função característica do objectivismo.
O que deu na prática este sistema pagão? A prática de qualquer civilização é a média perfeita entre o ideal religioso que, interpretando-lhe o substracto espiritual, a caracteriza e a fenomenologia social constante – isto é, as leis constantes de todas as sociedades.
Os estetas modernos, que afectam um paganismo porque julgam que não são cristãos, caem em um erro. Continuam sendo cristãos. São cristãos na sua moral quando a tenham, ou na sua imoral quando a mostrem. Porque o que contrapõem ao cristismo não é a moral pagã, que é de disciplina e de harmonia; o que contrapõem à moral cristã é a imoral cristã; o que contrapõem ao cristismo é o nada, o não-cristismo, a incapacidade.
A moral cristã é a moral da fraqueza e da incompetência, a metafísica do cristismo é a metafísica da falta de atenção e de concentração; a estética do cristismo é a estética do predomínio da sensibilidade sobre a inteligência. O cristismo é a inversão dos valores humanos. Não submergiu a sociedade, porque a sociedade tem, na sua própria constituição como tal, a maior defesa contra o cristismo. Não matou a vida humana, porque, para ser vida, ela tem que não deixar-se morrer. O cristismo nasceu na época da decadência romana. Ainda, na sua forma católica – a mais abjecta de todas, porque o protestantismo de certo modo impôs uma disciplina por via do seu latente paganismo nórdico – a religião cristã é uma religião da decadência romana. Quem vive dentro do cristianismo, vive ainda no império romano em decadência. Da sua origem o cristismo guarda os seus característicos. O que o berço dá a tumba o leva.
Na mera enunciação de quais são os erros verá o leitor que eles são erros, e compreenderá logo a que interpretações especiais me reporto. Não desejo, porém, que me não entendam, e por isso, aumentando estes preliminares mais do que competiria para a perfeita proporção do assunto, passo a esmiuçar um pouco mais as razões a que me atenho.
O erro central na interpretação moderna do paganismo consiste em que, como é natural, mas, posto que natural, erróneo, não concebemos nunca o paganismo senão consciente ou inconscientemente contrapondo-o ao sistema cristão. Como nascemos adentro do psiquismo cristista e esse psiquismo se consubstanciou com o nosso, individual, não nos libertamos nunca completamente dele, e, quando menos nós receamos, mais certa posse ele tem de nós.
Decorrendo desta viciação nuclear do problema interpretativo, são de três espécies (supra).
Como se verá depois, quando houvermos, afastados os obstáculos, chegados à definição do assunto, o paganismo, na sua essência, envolvia, conotava, o politeísmo. O politeísmo, de per si, não constitui, porém, o paganismo greco-romano. Politeístas são o sistema religioso da Índia; politeísta era o velho sistema dos povos do Norte da Europa. Nenhum destes sistemas politeístas se assemelha porém, salvo no facto nu e cru de serem politeísmos, ao politeísmo greco-romano. A distinção entre o politeísmo índio e o grego não precisa ser feita por mim: fê-la, de uma vez para sempre, Heródoto, em uma frase precisa e feliz. As divindades índias são (disse) de forma humana, as gregas de natureza humana.
A distinção é daquelas que completamente circum-navegam o assunto. Porque, mesmo nos pontos em que as duas religiões encaram a subida do homem a deus, na religião grega ele sobe pelo exercício sobre-humano das qualidades humanas, isto é, das qualidades que, no seu exercício normal, apoiam e edificam a vida; na religião índia, por contrário, as qualidades que elevam o homem a sobre-homem são qualidades onde se nega a vida, são as qualidades ascéticas, as práticas caritativas que viciam o egoísmo individual e cívico, a soma de renúncias que contradiz o normal prazer que o homem normal tem na vida. De sorte que a semelhança entre estes dois sistemas religiosos é puramente extrema. (...)
Uma diferença idêntica separa o politeísmo grego do politeísmo da Igreja Católica, representado por os seus santos, que, para a maioria das populações das nações católicas, têm, na devoção e no culto, um lugar acima de Deus.
Outra, mas de idêntico valor, é a distinção a fazer entre o politeísmo grego e o dos povos do Norte da Europa. Aqui, realmente, há de comum que as divindades são representações humanas alargadas, e não negações da humanidade. Ao passo, porém, que os deuses gregos são objectivações formais dos instintos humanos, os deuses nórdicos são objectivações amorfas, vastas sombras mais do que grandes pessoas; das quais mais se aproxima, já, a religião menos estatual dos Romanos, que a fé, estática e delimitada, dos Helenos. Assim no politeísmo do norte se encontra bem figurada aquela índole que havia de ser sempre característica dos povos onde esse politeísmo nasceu – alma vaga, indecisa, onde os sentimentos são amorfos e os pensamentos abismados e profundos, alma que havia de manifestar-se nos sistemas abstrusos da filosofia alemã, na poesia nevoenta dos países nórdicos, e que do cristismo havia de extrair, a extrair qualquer coisa, antes a sua parte monoteísta que a politeísta, por isso que o politeísmo cristista, de origem greco-romana traz consigo a lucidez da sua fonte, e o monoteísmo mais se presta à indefinição, à imprecisão, às sombrias e abismadas meditações que os povos da bruma trazem na sua alma, como a bruma contorna as suas paisagens.
Assim, da análise comparada, que fizemos, do politeísmo grego com os outros, tirámos esta conclusão: que ele se distingue, essencialmente, em ser (1) estático, (2) humano, (3) sincretista.
Encaremos, agora, o paganismo greco-romano do ponto de vista em que é vulgar compará-lo ao cristismo, isto é, da sua pretensa amoralidade, ou imoralidade mesmo. Esta imoralidade, a que a ignorância moderna se atém, apoiada ou em cultos que contrastam com a severidade do culto cristão, ou em que a expressão da moral pagã é, no geral, menos severa e menos espiritual que a cristista, provém simplesmente de que se considera moral o cristismo, passando, portanto, a serem imorais os não-cristismos todos. No erro têm caído, com um descuido sistemático, quantos, quer propondo-se ser cristãos, quer propondo-se ser anti-cristãos, quer defendendo a moral (cristã), quer procurando defender a imoralidade (suposta anti-cristã). É um erro crasso que subjaz os débeis pensamentos de tais como o «esteta» Wilde ou o seu mestre Pater; a ignorância da substância do paganismo basta para explicá-la.
Assim estes pobres críticos do cristismo o agridem com armas que são cristãs, por isso que são ilusões cristãs do paganismo. Tomam o epicurismo por paganismo inteiro. Outros, mais nobres, julgam que no estoicismo o paganismo está todo. Não em um, nem em outro, sistema se acha incluída a atitude metafísica que de ambos é o substrato. O que é comum a toda a moral pagã é que, seja qual for, visa um fim humano, a organização da pessoa humana, não a transcendência dela. A moral pagã é portanto uma moral de orientação e de disciplina, ao passo que a moral cristã é uma moral de renúncia e de desapego. A moral epicurista é, no fundo, a tendência para a felicidade pela harmonização de todas as faculdades humanas – o que é, deveras, uma ideia de disciplina, pois que o é de coordenação. A moral estóica é uma moral de subordinação das qualidades superiores do espírito às superiores, mas superiores e humanas; o auge do cristismo está no sacrifício e na dedicação à humanidade espiritual, o auge do estoicismo na disciplina de si-próprio e na dedicação ao próprio destino, e, se à humanidade, à humanidade concebia civicamente. O estoicismo é a mais alta moral pagã porque é a moral pagã reduzida ao princípio abstracto que é a essência de todas as éticas do paganismo. A Disciplina é a única deusa ética dos estóicos; e é a disciplina, como dissemos, que é a base real das doutrinas éticas do paganismo.
Assim na doutrina ética nós vemos a mesma tendência para a limitação, função característica do objectivismo.
O que deu na prática este sistema pagão? A prática de qualquer civilização é a média perfeita entre o ideal religioso que, interpretando-lhe o substracto espiritual, a caracteriza e a fenomenologia social constante – isto é, as leis constantes de todas as sociedades.
Os estetas modernos, que afectam um paganismo porque julgam que não são cristãos, caem em um erro. Continuam sendo cristãos. São cristãos na sua moral quando a tenham, ou na sua imoral quando a mostrem. Porque o que contrapõem ao cristismo não é a moral pagã, que é de disciplina e de harmonia; o que contrapõem à moral cristã é a imoral cristã; o que contrapõem ao cristismo é o nada, o não-cristismo, a incapacidade.
A moral cristã é a moral da fraqueza e da incompetência, a metafísica do cristismo é a metafísica da falta de atenção e de concentração; a estética do cristismo é a estética do predomínio da sensibilidade sobre a inteligência. O cristismo é a inversão dos valores humanos. Não submergiu a sociedade, porque a sociedade tem, na sua própria constituição como tal, a maior defesa contra o cristismo. Não matou a vida humana, porque, para ser vida, ela tem que não deixar-se morrer. O cristismo nasceu na época da decadência romana. Ainda, na sua forma católica – a mais abjecta de todas, porque o protestantismo de certo modo impôs uma disciplina por via do seu latente paganismo nórdico – a religião cristã é uma religião da decadência romana. Quem vive dentro do cristianismo, vive ainda no império romano em decadência. Da sua origem o cristismo guarda os seus característicos. O que o berço dá a tumba o leva.
De Fernando Pessoa
11 Comments:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=22548970-027E-4A8B-AC6B-44AF35DDBECB&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
E não será possível rejeitar algo mas abstendo-se de o atacar ?
Tenho pena dos civis mortos,especialmente das crianças.
Mas,e da ideologia assassina do Hams,ninguém se queixa,nos "média"?
Que eu saiba,quem tem como objectivo destruir para sempre uma nação não é o Estado de Israel...
Pelo contrário,mesmo odiado e ameaçado por países árabes desde o seu nascimento,a Eretz Israel sempre estendeu a mão aos seus vizinhos,pugnando pela paz,mas estes nunca a desejaram.
Já era tempo dos jornalistas serem menos líricos e mais objectivos no que mandam cá para fora;quem me diz a mim que os números das baixas palestinianas não foram forjados,em nome de um anti-sionismo execrável e absurdo,que parece,agora,estar na moda?...
Israel tem direito ao direito mais sagrado de um povo:a defesa da sua integridade enquanto estado.
Essa treta da "proporcionalidade da resposta" é uma desculpa de mau pagador:quer dizer,sabendo-se que o Hamas já espetou com 8000 rockets (de fabrico chinês,curiosamente) contra Israel nos últimos anos,que choque,que confusão faz o Estado Judaico lançar uma operação militar para se salvaguardar de mais agressões?Agora é terrorismo sionista,isto?!Ah,não sabia...
Não é segredo nenhum que Israel não tem nenhum interesse na Faixa de Gaza,fonte de problemas eternos.
Israel quer viver em paz com os seus vizinhos;pelo menos,com a Jordânia,já o consegiu.Mas há dois "amigos",chamados Síria e Irão,que além de financiarem grupos radicais como o Hamas ou o Hezbollah,afinam pelo mesmo diapasão niilista da eliminação física da presença israelita no lugar que lhe pertence por direito próprio.
Pronto.Era só isto que eu queria dizer.
Parabéns ao dono do blog,pela temática apresentada e qualidade dos artigos.
Agor vou trabalhar.
Cumprimentos.
Ah grande Fernando Pessoa!!! Obrigada Caturo por colocares aqui este maravilhoso e elucidativo texto. Fernando Pessoa afinal parece ser maior do que o nosso sistema nos quer fazer crer, através das sucessivas aproveitações que tem feito dele.
O Pessoa era um alcoólico inveterado,maluco por absinto,e quando estava ébrio já nem sabia de que terra era:se de Portugal,se da África do Sul.
Tivesse ele lá ficado,que não se perdia nada.
Cumprimentos, camarada designer, e força nisso.
Fernando Pessoa afinal parece ser maior do que o nosso sistema nos quer fazer crer
Fernando Pessoa é muito vasto e não parece fácil compreendê-lo. O que se pode garantir é que pelo menos algumas vezes falou com particular brilhantismo. :)
O Fernandinho tinha este problema de quando se desiludia com qualquer coisa fofocava um bocado sobre isso. Claro que acerta em quase tudo o que diz, mas escrevendo tão bem eu conseguia dizer mais coisas. :D
Agora a sério, não me parece que o "paganismo", talvez para mim não seja bem todas essas coisas que ele diz, mas não me parece que seja uma coisa assim estóica, até parece que os pagãos ou politeístas andam sempre em formatura militar, depois também falha um bocado ao referir-se ao paganismo cristão, não me parece que sejam duas coisas que combinem uma com a outra, claro que se misturaram mas porque o paganismo insistiu em não desaparecer, não porque o cristismo tivesse em si alguma coisa disso.
Para além disso acho mais do que justa porrada argumentativa nos cristãos, pois eles não perdem tempo a passar as suas mentiras. Ainda no dia do solstício veio um padre para a televisão contar a historia do Natal, em que dizia que antigamente os homens ignorantes celebravam o solstício porque tinham medo que o sol se finasse, mas depois vieram os cristãos inteligentes, conhecidos por dizerem coisas tão inteligentes como o sol gira à volta da terra, e disseram que o sol é jesus.
Para mim sensitivo e pouco inteligente são coisas diferentes.
Por essa é que eu não esperava.
Essa escumalha continua a ser a mesma merda que era há dois mil anos, sempre a tentar aproveitar-se da ignorância das pessoas, sem vergonha nenhuma nas fuças mal lavadas com água benta.
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