A DISCRIMINAÇÃO NA CONCESSÃO DO DIREITO À AUTO-DETERMINAÇÃO

A população da região amazónica de Roraima, no norte do Brasil, ganhou a mais importante das suas batalhas legais para manter a sua integridade territorial - doravante, por decisão do Supremo Tribunal do país, a reserva territorial dos índios da zona será mantida como território unido e, consequentemente, os agricultores não indígenas terão de daí sair.

A líder tribal da área declarou, em recente visita ao Reino Unido, que «o Brasil quer ser uma grande potência. Mas isto não lhe dá o direito de pisar os direitos dos Índios».
Mais afirmou que «o desenvolvimento do nosso país não pode ser alcançado através da extinção da sua população indígena e pelo desrespeito dos seus direitos. Os grandes interesses económicos vêem os indígenas como obstáculos» e, pouco depois, «infelizmente, o nosso sentimento é de meia celebração, porque o que nós queríamos ver eram os resultados práticos disto - ver a nossa terra livre de quaisquer invasores.»

Um discurso destes saído da boca de um líder nacionalista europeu, seria facilmente rotulado de «racista e xenófobo», e é se não desse direito a processo criminal; mas, em sendo um não branco a dizê-lo, já tem outra pinta, nesse caso passa a ser uma justa reivindicação com direito a reconhecimento jurídico ao mais alto nível, porventura moralmente justificada como atitude contra o colonialismo imperialista de origem europeia e tal, e claro, a ninguém passa pela cabeça alvitrar que os Índios, ao quererem uma terra só para si, sem a presença de gente de fora, estão motivados pelo «ódio ao outro»...