terça-feira, abril 01, 2008

«NÃO NOS BATAM, A GENTE PROMETE QUE BATE NELE...»

Mais um recorde europeu de cobardia e dimitude para o «Guiness Book»: o ministério público holandês está a preparar-se para accionar uma acção contra Geert Wilders por causa de «Fitna», filme anti-islâmico da sua autoria. A intenção oficialmente declarada deste procedimento contra Wilders é a tentativa de desanuviar as tensões, segundo o ministro dos negócios estrangeiros do país, Maxime Verhagen.

Verhagen disse aos embaixadores de vinte e seis países muçulmanos que estava muito feliz pela reacção relativamente calma dos muçulmanos que se tem observado até agora.

Mesmo assim, é preciso admoestar e fazer por vergar um cidadão que se atreveu a dizer que o rei vai nu... e que pensava que vivia num país livre.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

os textos de arquivo do site causa identitária, estão imperceptíveis.

1 de abril de 2008 às 19:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

lol os europeus sao uma piada. cada vez me rio mais com isto tudo.
nao fomos vencidos por guerras, fomos vencidos pelos ideais multiracialistas.

1 de abril de 2008 às 23:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ATENÇÃO COMISSÃO EXECUTIVA DA CI:

OS VOSSOS TEXTOS DE ARQUIVO ESTÃO COM VIROSE.

EIS AQUI UM EXEMPLO:

Sonharam a Europa das Pátrias carnais
Colocado por Admin em 12 Oct 2006 às 07:01 pm | Categoria(s): Linhas de Orientação, Textos

Por Jean Mabire

Ideias que hoje nos são familiares – por fim e felizmente! – não têm a longa história que alguns imaginam. Assim é com o que se chama ora a Europa das Regiões, ora a Europa das Etnias, ora a Europa dos Povos, ora a Europa das Pátrias Carnais, tudo noções assaz sinónimas, surgidas de um combate não muito mais antigo, o da Europa das Minorias.

Alguns chamaram, um pouco apressadamente, ao século XIX o século das Nações, porque tinha visto nascer a unidade italiana e a unidade alemã. Era atirar-se com demasiada pressa ao trabalho, e ver nisso um prelúdio à Europa das Nações, que foi o grande desaire do século XX. Era esquecer uma das grandes leis da natureza, logo, da política: as realidades vivas não são nunca idênticas e não se pode chamar – como hoje – pelo mesmo nome de “nação” entidades tão diversas como a Espanha ou o Luxemburgo, apesar de membros de pleno direito dessa comunidade Europeia que decidiu construir-se sobre os Estados existentes, um pouco como a África, que se atém ainda às fronteiras coloniais e não às realidades tribais.

Neste casamento da carpa e do coelho, o famoso slogan da “unidade na diversidade” – bela fórmula em si mesma – reduz-se a um voto piedoso. Como incluir no mesmo conjunto uma Alemanha Federal, bem viva nos seus Länder, e uma França centralizada, espartilhada no seu bissecular jacobinismo? Para um observador atento, a “nação”, na Europa, confunde-se raramente com o “Estado”.

A ideia europeia

Não é de crer que a ideia de Europa, no decorrer de uma muito longa história, seja confundida com a das pátrias que a compõem. Pierre Drieu La Rochelle, herdeiro de uma velha tradição “europeia” (onde já se tinham ilustrado os seus compatriotas normandos Pierre Dubois, o legista Philippe o Belo e o Padre Saint-Pierre, adversário do Rei Sol), escreveu em 1931 um ensaio muito apropriadamente intitulado «A Europa Contra as Pátrias». Era a época do sonho europeu de certos combatentes de 14-18, que avaliavam, com um Aristide Briand, todas as loucuras do Tratado de Versalhes, criador de novas “pátrias” tão monstruosas como a Checoslováquia ou a Jugoslávia, herdeiras não do federalismo instintivo do Império dos Habsburgos, mas de uma concepção “republicana” e centralizada de inspiração jacobina.

Os partidários de uma Europa política, na sua maioria, não viam essa contradição interna pois que não pensavam senão na unificação total do continente, prontos a aceitar uma hegemonia que já não é espanhola ou austríaca como no tempo do Antigo Regime, nem francesa como no Século das Luzes e, sobretudo, do Império Napoleónico, mas, fatalmente, pela sua posição central e dinamismo, prussiana, alemã, germânica; essa Europa conduz, sem o dizer, à ascendência de uma nova hegemonia, a da primeira potência continental. Reencontrava-se, finalmente, o sonho jacobino e bonapartista. À Europa de Genebra de entre as duas guerras e ao seu insucesso, sucedia, inevitavelmente, em 1940, a realidade da Europa de Berlim. Por isso devia seduzir simultaneamente homens da esquerda e tecnocratas. Ler, sobre este assunto, o notável ensaio «Europa Nova de Hitler», de Bernard Bruneteau (Le Rolhar, 2003).

A Europa unida dos europeus democratas, como a dos europeus “fascistas” (impõem-se as aspas), era fatalmente uma Europa uniforme, antes de ser uma Europa em uniforme. A ideia europeia que os nacional-socialistas pregavam no momento da Cruzada contra o Bolchevismo, pretendia respeitar as antigas nações. Nada mais podia, sobretudo em plena guerra total, e o General Vlassov, por exemplo, devia conhecer muitas desgraças. Nunca foi propósito uma Europa Federal, e foi preciso chegar a 1945 para que o federalismo ficasse um pouco à moda.

O Génio de Foueré

Mas, então, de onde vem a ideia dessa Europa das regiões que nós hoje invocamos? Absolutamente nada dos partidários da unidade europeia de entre as duas guerras, começando pelo famoso Conde Goudenhove-Kalergi, nascido em Tóquio de pai austríaco e de mãe japonesa, e para quem os Estados Unidos da Europa do seu Movimento Pan-europeu, fundado em Viena em 1922, não eram senão os Estados então existentes.

A reacção virá da base, quer dizer, dos militantes das “minorias”. Foi no começo de 1937 que apareceu o primeiro número da revista «Povos e Fronteiras», já consagrada ao País Basco peninsular, quando a guerra de Espanha era mais violenta e o franquismo, ferozmente unitário, estava prestes a triunfar. Quem era o animador de «Povos e Fronteiras» (que tinha como subtítulo “revista de informação sobre os povos oprimidos da Europa Ocidental”)? Muito simplesmente o bretão Yann Foueré, nascido em 1910, que devia, a seguir, escrever o soberbo livro manifesto «A Europa das Cem Bandeiras» (1968), e que vive em Saint-Brieuc, transportando alegremente e combativamente as suas 94 primaveras.

Enquanto se enfrentavam democracias e fascismos, nacionalismos e internacionalismos, direitas e esquerdas, nascia um movimento precursor que a II Guerra Mundial não podia totalmente quebrar. Mas os 25 números de «Povos e Fronteiras» não tinham semeado em vão.

O mais europeu dos pensadores políticos europeus, Drieu La Rochelle, tinha acolhido, é preciso dizê-lo, o movimento bretão de Breiz Atao com sarcasmos de normando (velha querela gaulesa do Couesnon), dos quais se encontra um triste testemunho num artiguelho venenoso da «Nouvelle Revue Française». Durante a guerra, no entanto, Drieu foi o único a pensar a ideia de uma Europa federal. É preciso ler sobre este assunto dois textos essenciais em «Le Français d’Europe». O primeiro foi escrito em 1942 e apareceu em 1943 na revista «Deutschland-Frankreich». Intitula-se “França, Inglaterra, Alemanha”. O segundo, ainda mais significativo, foi publicado em NRF, em Março de 1943, sob o título “Notas sobre a Suiça”. Nele se evoca o mito de uma Europa de algum modo helvética, que seria a dos povos e não a das nações. Drieu suicidou-se. O francês da Europa foi batido e não se falou mais disso.

No entanto, o espírito de «Povos e Fronteiras», tal como foi exposto até meados de Junho de 1939, não podia desaparecer. Vai reencontrar-se a seguir à guerra, no quadro da revista «Federação» e, sobretudo, do Movimento Europeu das Regiões Minoritárias, animado por Joseph Martray, antigo braço direito de Yann Foueré, então “impedido” e exilado na Irlanda. Curioso movimento, que encantou os meus vinte anos. Pela primeira vez, era-se integralmente europeu, sem renegar a sua comunidade de origem. Era-se europeu porque se era bretão ou flamengo, escocês ou catalão. Lembro-me de um magnífico congresso em Versalhes, por 1947 ou 1948. O anfiteatro estava decorado com os brasões de todos os povos então “interditos”. De cada um deles partia uma fita escarlate, que se ligava a uma vasta coroa de folhagem dominando a assembleia. Tinha uma aparência de solstício dos povos, e eu passara algumas noites com camaradas a tratar da decoração multicor de uma sala fremente de entusiasmo. Um segundo congresso foi realizado em Leeuwarden, capital da Frísia Ocidental, nos Países Baixos. Também ali estive…

Ideia nascida na base

É preciso saber que reinava, então, uma ambiguidade que não desapareceu totalmente: o tom era dado pelas “minorias”, muitas vezes de base linguística, e as “regiões” eram mal reconhecidas. Não se sabia bem onde meter os normandos, pois falam um dialecto de oïl, ou falam mais simplesmente a língua de Malherbe e de Corneille. Assim, estavam ausentes dessas reuniões “europeias” os franceses, os alemães, os ingleses, os italianos, os espanhóis… A Europa das minorias vencia a Europa dos povos! A seguir, deviam encontrar-se as mesmas derivas nas obras do Professor Guy Héraud, desaparecido em Janeiro de 2004, e cujo belo livro «A Europa das Etnias» (1963) tem o defeito de repousar exclusivamente em critérios linguísticos, que não deviam ser os únicos. Era bem a opinião do meu amigo Paul Sérant. O autor de «A França das Minorias» (1965), contudo, tinha compreendido que a Europa devia arvorar cem bandeiras (pela minha parte, três vezes mais, se quisesse que todas as “regiões” da futura Eurosibéria sejam representadas).

A ideia da Europa das Regiões não veio de nenhuma cimeira bruxelense ou estrasburguesa, mas da base. Nasceu de militantes enraizados no seu torrão, e não de funcionários internacionais desejosos de transformar a Europa tecnocrática numa gigantesca charada.

A Europa dos minoritários ou dos regionalistas, pouco importa a etiqueta, tem mais de meio século de existência. É a serpente marinha que reaparece periodicamente. Há uns vinte anos, exprimiu-se em Copenhaga, pelo poderoso órgão rural de Pierre Godefroy, deputado de Valognes e antigo colaborador da revista «Viking», um dos meus mais antigos companheiros do combate identitário. Devo-lhe a ele ter conhecido a obra do grande reformador dinamarquês Nicolas Grundtvig (1783-1872) e das suas grandes escolas populares.

Não nos iludamos. Nem todos os “regionalistas” são europeus, como nem todos os “europeus” são regionalistas. Viu-se bem com o livro de Jean Thiriart, «Um Império de 400 Milhões de Homens: a Europa» (1964). Nacionalista europeu da espécie jacobina e inimigo indomável dos movimentos identitários que, a seus olhos, eram separatistas, quis-se chefe autoritário mas, antes mesmo da sua morte, tinha esclerosado o seu próprio movimento pelos exageros do autoritarismo mais sectário. Há poucos exemplos de que uma tão grande ideia deixe tão poucos vestígios na aventura de uma geração, apesar de alguns admiráveis militantes.

O profeta

O verdadeiro profeta da Europa dos povos não foi um chefe de bando, mas um autêntico escritor. Trata-se de Saint-Loup. Não se insistiu suficientemente sobre a ruptura que pode haver entre as ideias que, no tempo dos albergues da juventude da Frente Popular ou dos Jovens da Nova Europa (JEN) foram as suas, da ocupação e das ideias que um público completamente novo devia descobrir em alguns dos romances do poeta das “pátrias carnais”.

Antigo voluntário da Frente Leste, tinha rompido com a ideia de uma Europa una e indivisível ao estilo jacobino, tal como a viam os dirigentes do Reich nacional-socialista. Magnífico romancista de imaginação fértil, Marc Augier tinha uma visão da verdade histórica que confluía na de um Alexandre Dumas: inventou literalmente uma Europa das “pátrias carnais”, da qual atribui a paternidade aos elementos oposicionistas das SS, e da qual publicou a carta na sua narrativa histórica «Os SS do Tosão de Ouro» (1975).

Sob o título de «A Europa das Etnias» figura, assim, um projecto que pretendia ter sido tirado «das cartas esboçadas pelo clã não pangermanista das Waffen SS», no qual cada província da Europa «recebia a sua autonomia cultural total, e ficava dependente da federação para o económico, a política exterior e a defesa».

Atribuindo às SS um recorte em contradição formal com o velho projecto pangermanista de um único império da Noruega à Flandres e do Tirol à Estónia, o escritor fundava um gigantesco mito, ainda presente no século XXI. Mas encerrava-o numa perigosa nostalgia, jungindo-o a uma incapacitante diabolização. Ligar a Europa dos Povos ao combate crepuscular do III Reich não serve essa causa, que repousa sobre um evidente contra-senso histórico. Sob este aspecto, um homem como Jean Thiriart, que foi na sua primeira juventude membro da associação cultural valã AGRA (Amigos do Grande Reich Alemão), estava mais “na linha” hitleriana do que o Sargento Marc Augier da LVF!

Não é caso de procurar tais apadrinhamentos refugiados nos quadros da História. Transformar em federal um velho sonho unitário, não é menor achado.

Saint-Loup terá feito muito para que a ideia da Europa das Etnias (ou das Regiões, ou dos Povos) tenha conseguido substituir, em muitos jovens, a palavra nacionalista pelo termo identitário. Os romances do Ciclo das Pátrias Carnais, como «Novos Cátaros para Montségur» ou «Mais Perdões para os bretões», são obra de um prodigioso despertar. Estas narrativas, em que a imaginação transfigura a realidade histórica, não são testemunhos de uma nostalgia do passado, mas fundamentos de uma visão do futuro.

E por que razão não existiria, contra a Europa jacobina, uma Europa romanesca?

2 de abril de 2008 às 00:10:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Obrigado, caro anónimo, tratar-se-á disso em breve.

2 de abril de 2008 às 10:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

quem te ajudou foi um
"beato-patrioteiro" mas orgulhosamente europeu
;)

2 de abril de 2008 às 10:56:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Bem diziam os antigos pagãos escandinavos que, por mais defeitos que tenha, ninguém é totalmente mau... ;)

2 de abril de 2008 às 11:12:00 WEST  

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