INTOLERÂNCIA CRISTÃ CONTRA HINDUÍSMO NO SENADO DOS EUA
Na semana passada, activistas cristãos interromperam uma invocação hindu no senado dos EUA.
O Senado tinha convidado um sacerdote hindu do Estado de Nevada, Rajan Zed, para conduzir cerimónias em lugar da invocação cristã; assim que Zed pôs os pés no pódio, três cristãos interromperam-no, pedindo em voz alta o perdão de Deus pelo facto de o Senado ter permitido uma «falsa oração» no seu espaço: «Nosso Senhor Jesus, perdoa-nos pai por permitirmos uma oração dos maus, que é perante Ti uma abominação. Isto é uma abominação. Não teremos outros Deuses na Tua presença.»
O senador que naquele momento presidia à ordem dos trabalhos ordenou de imediato a um guarda que restaurasse a ordem, mas os manifestantes continuaram a gritar enquanto eram levados para fora da sala «Nenhum Senhor além de Jesus Cristo! Há apenas um Deus verdadeiro!»
O sacerdote hindu, por seu turno, retomou o seu serviço religioso, entoando evocações tiradas do Rig Veda e do Bhagavad Gita.
«Rezemos. Meditamos na glória transcendental da Deidade Suprema, que está dentro do coração da terra, dentro da vida do céu e dentro da alma do paraíso. Que Ele estimule e ilumine as nossas mentes.
Guia-nos do irreal para o real, das trevas para a luz e da morte para a imortalidade. Que sejamos todos protegidos juntamente. Que possamos ser nutridos juntamente. Que possamos trabalhar juntos com grande vigor. Que o nosso estudo seja iluminador.»
A organização «Operação Salve a América» emitiu mais tarde um comunicado a confirmar que três dos seus militantes tinham sido presos no Senado «quando a câmara foi violada por um Deus falso hindu»: «O Senado foi aberto com uma oração hindu, colocando um falso Deus do Hinduísmo ao mesmo nível que o Verdadeiro Deus Único, Jesus Cristo. Isto nunca teria sido permitido pelos nossos Pais Fundadores.» (os líderes políticos que assinaram a Constituição Norte-Americana).
Um historiador cristão, David Barton, aproveitou para dizer que, uma vez que os Hindus adoram vários Deuses, a oração realizada no Senado está completamente fora do paradigma norte-americano assente no lema «Uma Nação Sob Deus»: «No Hindu (sic), tu tens não apenas um Deus, mas muitos, muitos, muitos, muitos, muitos Deuses. Certamente que isso nunca esteve na mente dos que fizeram a Constituição, fizeram a Declaração da Independência, falando a respeito do Criador - por conseguinte esse Deus hindu não se adapta a este contexto porque não sabemos de que criador estamos a falar dentro da religião hindu.»
Em contrapartida, a organização Americanos Unidos para a Separação entre o Estado e a Igreja declarou que este incidente só demonstrou a intolerância de muitos activistas religiosos de Direita: «Eles dizem que querem mais religião na praça pública, mas é claro que eles só se referem nesse caso à sua própria religião. A América é uma terra de extraordinária diversidade religiosa, e a Direita Religiosa pura e simplesmente não aceita isto. Não creio que o Senado deva ser aberto com orações, mas se tal acontecer, as invocações devem reflectir a diversidade do povo americano.»
De acordo com o Senado dos EUA, «Ao longo dos anos, o Senado dos Estados Unidos tem honrado a separação histórica entre o Estado e a Igreja, mas não a separação entre Deus e o Estado... todas as sessões do Senado foram iniciadas com orações, afirmando fortemente a fé do Senado em Deus como Senhor Soberano da nossa Nação...»
De notar que o Congresso já tinha tido orações judaicas e islâmicas; esta foi a primeira vez que se realizaram aí invocações hindus.
O sacerdote Rajan Zed quis recitar os seus mantras em Sânscrito, mas o Senado exigiu que a cerimónia fosse inteira e exclusivamente conduzida em Inglês.
Note-se como não há notícia de ter havido cristãos a arranjar problemas por causa das orações judaicas ou muçulmanas, mas apenas por causa da oração hindu, o que, mais uma vez, demonstra a continuidade do fanatismo exclusivista e espiritualmente imperialista dos sequazes das chamadas «religiões do Livro» (Bíblia).
É também interessante observar que a primeira vez em que um sacerdote hindu abre uma sessão do Senado coincida com a época em que a comunidade hindu se torna na mais rica dos EUA, ultrapassando a judaica.
O Senado tinha convidado um sacerdote hindu do Estado de Nevada, Rajan Zed, para conduzir cerimónias em lugar da invocação cristã; assim que Zed pôs os pés no pódio, três cristãos interromperam-no, pedindo em voz alta o perdão de Deus pelo facto de o Senado ter permitido uma «falsa oração» no seu espaço: «Nosso Senhor Jesus, perdoa-nos pai por permitirmos uma oração dos maus, que é perante Ti uma abominação. Isto é uma abominação. Não teremos outros Deuses na Tua presença.»
O senador que naquele momento presidia à ordem dos trabalhos ordenou de imediato a um guarda que restaurasse a ordem, mas os manifestantes continuaram a gritar enquanto eram levados para fora da sala «Nenhum Senhor além de Jesus Cristo! Há apenas um Deus verdadeiro!»
O sacerdote hindu, por seu turno, retomou o seu serviço religioso, entoando evocações tiradas do Rig Veda e do Bhagavad Gita.
«Rezemos. Meditamos na glória transcendental da Deidade Suprema, que está dentro do coração da terra, dentro da vida do céu e dentro da alma do paraíso. Que Ele estimule e ilumine as nossas mentes.
Guia-nos do irreal para o real, das trevas para a luz e da morte para a imortalidade. Que sejamos todos protegidos juntamente. Que possamos ser nutridos juntamente. Que possamos trabalhar juntos com grande vigor. Que o nosso estudo seja iluminador.»
A organização «Operação Salve a América» emitiu mais tarde um comunicado a confirmar que três dos seus militantes tinham sido presos no Senado «quando a câmara foi violada por um Deus falso hindu»: «O Senado foi aberto com uma oração hindu, colocando um falso Deus do Hinduísmo ao mesmo nível que o Verdadeiro Deus Único, Jesus Cristo. Isto nunca teria sido permitido pelos nossos Pais Fundadores.» (os líderes políticos que assinaram a Constituição Norte-Americana).
Um historiador cristão, David Barton, aproveitou para dizer que, uma vez que os Hindus adoram vários Deuses, a oração realizada no Senado está completamente fora do paradigma norte-americano assente no lema «Uma Nação Sob Deus»: «No Hindu (sic), tu tens não apenas um Deus, mas muitos, muitos, muitos, muitos, muitos Deuses. Certamente que isso nunca esteve na mente dos que fizeram a Constituição, fizeram a Declaração da Independência, falando a respeito do Criador - por conseguinte esse Deus hindu não se adapta a este contexto porque não sabemos de que criador estamos a falar dentro da religião hindu.»
Em contrapartida, a organização Americanos Unidos para a Separação entre o Estado e a Igreja declarou que este incidente só demonstrou a intolerância de muitos activistas religiosos de Direita: «Eles dizem que querem mais religião na praça pública, mas é claro que eles só se referem nesse caso à sua própria religião. A América é uma terra de extraordinária diversidade religiosa, e a Direita Religiosa pura e simplesmente não aceita isto. Não creio que o Senado deva ser aberto com orações, mas se tal acontecer, as invocações devem reflectir a diversidade do povo americano.»
De acordo com o Senado dos EUA, «Ao longo dos anos, o Senado dos Estados Unidos tem honrado a separação histórica entre o Estado e a Igreja, mas não a separação entre Deus e o Estado... todas as sessões do Senado foram iniciadas com orações, afirmando fortemente a fé do Senado em Deus como Senhor Soberano da nossa Nação...»
De notar que o Congresso já tinha tido orações judaicas e islâmicas; esta foi a primeira vez que se realizaram aí invocações hindus.
O sacerdote Rajan Zed quis recitar os seus mantras em Sânscrito, mas o Senado exigiu que a cerimónia fosse inteira e exclusivamente conduzida em Inglês.
Note-se como não há notícia de ter havido cristãos a arranjar problemas por causa das orações judaicas ou muçulmanas, mas apenas por causa da oração hindu, o que, mais uma vez, demonstra a continuidade do fanatismo exclusivista e espiritualmente imperialista dos sequazes das chamadas «religiões do Livro» (Bíblia).
É também interessante observar que a primeira vez em que um sacerdote hindu abre uma sessão do Senado coincida com a época em que a comunidade hindu se torna na mais rica dos EUA, ultrapassando a judaica.
12 Comments:
Já se consegue adivinhar possíveis coligações para o futuro.
Os católicos gostam muito de hindus(as)!...
Aqueles cristãos não são dos nossos...
Por outro lado, qualquer intolerância religiosa é para deixar murchar. A religião deve servir é para Unir!
foda-se dux tb aki
que cambada de malucos fanáticos.
o PNR é laico, embora realce a religião católica como "parte da identidade nacional".
Nao existe religiao catolica!
Existe, isso sim, a religiao Crista, onde, entre muitas outras denominacoes se filia igreja catolica.
Saudacoes
Miazuria (Miguel Angelo Jardim)
ora bolas! então vai chamar burro ao jpc kakakakak
e o Miazuria, dentro das igrejas cristãs, em quais se filia? na protestante? :D
Eu sei, mas não digo.
deve ser testemunha de jeová
Existe, isso sim, a religiao Crista, onde, entre muitas outras denominacoes se filia igreja catolica.
O papa não pensa assim, por isso, os "90%" de cristãos católicos portugueses não podem pensam também. Para eles a religião cristã acaba à porta do Vaticano.
É incrivível como os cristãos são intolerantes e arrogantes, pensando q sua religião é superior e absoluta. Nunca vi uma religião tão hipócrita, falam uma coisa e praticam outra. Mas o amor existente em sua religião com certeza foi demonstrado nas guerras santas. Se são mesmo tão religiosos mostrem a tal tolerância e se preocupem com o DEUS DE VOCÊS NÃO COM OS DEUSES DOS OUTROS, e parem de tentar converter todo mundo e de serem tão agressivos com pessoas de outras religiões. Por que se preocupam com coisas supérfluas e ignoram os problemas que afetam o mundo, como pobreza, violência, guerras, poluição. Ficam procurando teorias de fim de mundo e outras besteiras mais, o fim do mundo vai ser culpa desse tipo de pessoas incultas e intolerantes, que acham que tem o direito de ferir mas não aceitam nem que as pessoas se chateiem com eles por agredirem aos quem eles não gostam.
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