sábado, junho 16, 2007

MENSAGEM RECEBIDA POR E-MAIL - A OBSCENA VERGONHA DA CGD

Caixa Geral de Depósitos - Os Vampiros do Século XXI *

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas demanutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.
Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria. O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.
É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.

18 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nacionalizem essa merda toda, bando de vampiros nojentos!

18 de junho de 2007 às 11:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O partido da chama teve um resultado desastroso em frança.O pnr sempre no bom caminho.

18 de junho de 2007 às 12:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

HA!HA!AHHHH!

18 de junho de 2007 às 12:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

enfim. um nojo.

18 de junho de 2007 às 12:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A mensagem do "partido da chama" triunfou d etal maneira que até já há um presidente da república que defende praticamente os mesmos pontos de vista que a FN. Por isso muitos franceses já não vêem necessidade de votar no "partido da chama". Pode não ter triunfado nas urnas, mas triunfou LARGAMENTE nas ideias.
Em todo o caso não vejo o que é que o resultado em França tem a ver com o PNR.

Quanto aos bancos, uma nacionalização à maneira nacional-sindicalista (e não à maneira do PREC, que deu maus resultados) seria o ideal.

18 de junho de 2007 às 13:10:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Ao intervevir no encerramento do Encontro realizado em Alcochete, Jerónimo de Sousa considerou que «outra política alternativa exige um forte movimento das forças políticas e sociais de esquerda, do protesto do movimento popular e também das organizações dos pequenos empresários, em luta pelos seus interesses e direitos. Exige lutar para derrotar a política de direita. É para essa luta que apelamos a esta importante camada social de pequenos e médios empresários."

Estranho... não são estes filhos da puta dos comunas que são contra a iniciativa privada e a propriedade privada dos "meios de produção"? E agora defendem pequenos e médios empresários? Quem não tem coluna vertebral são estes merdas.

18 de junho de 2007 às 13:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

nacionalizem a maçonaria e a opus dei

18 de junho de 2007 às 13:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E, isto, é apenas a ponta do iceberg, se continuarmos a permitir.

O restante... ainda está para vir.

Existe uma expressão: "O Povo é como um boi, não sabe a força que tem".

Ou trata de saber depressa ou teremos mais "CGD" a imporem o que lhes convem...

18 de junho de 2007 às 14:15:00 WEST  
Blogger Silvério said...

E agora defendem pequenos e médios empresários?

Defendem mas é o seu património, este tipo de discurso não deixa margem para duvidas quando a tratar-te de uma luta de interesses para eles e não para o povo.
Quando estão bem colocados em câmaras, como era o caso de Lisboa há uns anos, até defendem a privatização do património publico para passarem os seus para lá.

18 de junho de 2007 às 14:15:00 WEST  
Blogger Silvério said...

Quanto à situação dos bancos em Portugal, basta dizer que foi admitido por um senhor da CGD na tv aqui há uns tempos, que o banco com melhores condições em Portugal, para as pessoas e não para o banco, é espanhol. É triste ver que em termos de bancos até os espanhóis "gostam" mais dos portugueses que os próprios portugueses.

18 de junho de 2007 às 14:21:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Existe uma expressão: "O Povo é como um boi, não sabe a força que tem".

Ou trata de saber depressa ou teremos mais "CGD" a imporem o que lhes convem...



Ora nem mais. Um povo com pouca consciência cívica não tem capacidade de se unir e de impor os seus direitos.

18 de junho de 2007 às 14:25:00 WEST  
Blogger Oestreminis said...

Estranho... não são estes filhos da puta dos comunas que são contra a iniciativa privada e a propriedade privada dos "meios de produção"? E agora defendem pequenos e médios empresários? Quem não tem coluna vertebral são estes merdas.

"Estranho" para quem adormeceu em 1920, sem dúvida. A linha de defesa das PME's é *pelo menos* do tempo do PREC, não de "agora". De resto sempre foi uma crítica que ex-PSR fez ao PC, a preocupação excessiva com as PME's nacionais e a concentração dos ataques nas transnacionais e grande capital (ver "NEP", para referência histórica).

Quanto ao resto dos "mimos" fazem parte do género de discurso que tenta esconder com obscenidades a fraquíssima noção da realidade.


CGD: Nada de novo. A CGD é mais um exemplo da grande estratégia de entrega das instituições do Estado a modelos de gestão privadas sob o manto da "efeciência". No caso da CGD é inclusivé a que mais rouba os portugueses. A "golden share" do "Estado" serve essencialmente para escolher os "boys" que para lá vão. Tal como outras empresas entregues a este modelo de gestão beneficia inclusivé de monopólios só compreensíveis se a empresa fosse estatal - neste caso a questão do depósito das pensões e a relação priviligiada com as operações financeiras da função pública. Tudo isto sem de facto fazer o que devia, que era servir de instrumento preferencial para políticas de prestação de serviços financeiros que não tivessem o lucro em si como o grande objectivo mas a ajuda real ao desenvolvimento da Nação, a nível das indústrias, agricultura e privados.

18 de junho de 2007 às 15:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A CGD é 100% detida pelo estado.

18 de junho de 2007 às 16:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

sou titular de uma conta da CGD e ainda não tive conhecimento de nada
enfim, atitudes típicas da banca privada

18 de junho de 2007 às 16:34:00 WEST  
Blogger Oestreminis said...

Caro anónimo,

De facto assim é, a "golden share" é na PT. Isso não melhora a questão, apenas a piora e aumenta os pontos da minha mensagem anterior.

18 de junho de 2007 às 16:36:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Fdx é realmente inacreditavel a filhadaputice que reina nesta réspublica das bananas.

Eu voto PNR.

18 de junho de 2007 às 20:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Quanto ao resto dos "mimos" fazem parte do género de discurso que tenta esconder com obscenidades a fraquíssima noção da realidade"

Ouve, oh oestremerdas, vai ler o "Capital" e o manifesto do Partido Comunista e vê lá onde é que há espaço no Comunismo para a iniciativa privada. O que eles fazem é adequar o Comunismo àquilo que lhes dá jeito. Falta de noção da realidade? Talvez. Mas tu tens falta de noção do que são as ideologias na sua essência, o que é de extrema gravidade quando se vem para blogs arrotar postas de pescada sobre política.

19 de junho de 2007 às 00:44:00 WEST  
Blogger Oestreminis said...

Ouve, oh oestremerdas,

Não que me ofenda, mas acho excessivamente folclórica esta forma de debater. Levanta uns pontos interessantes, não vejo a grande necessidade de principar a resposta como um carroceiro de outros tempos.

vai ler o "Capital" e o manifesto do Partido Comunista

O segundo até posso voltar a ler (lê-se como um "western", de certa forma), o primeiro mais que uma vez é masoquismo.

e vê lá onde é que há espaço no Comunismo para a iniciativa privada.

"O Capital" foi escrito numa determinada altura, face a uma determinada realidade objectiva. Como tal, e considerando-o sempre como base dada á sua análise estruturada do capitalismo, não é uma Tábua entregue a Moisés. As experiências e alterações do século XX permitem - aliás, exigem - que se adequem as propostas. De notar que o marxismo em si, e no caso "O Capital", não apresenta um modelo concreto, pronto a usar, mas sim as bases filosóficas e pontos fundamentais para que esses modelos se desenvolvam. As suas críticas à estrutura capitalista são para mim válidas na altura e no essencial válidas hoje. Dito isto o próprio capitalismo mudou, a realidade apresenta desafios diferentes do século XIX e como tal o que era "revisionismo" em 1890 não o será em 2007, dados os desafios e enquadramento.

O que eles fazem é adequar o Comunismo àquilo que lhes dá jeito. Falta de noção da realidade? Talvez. Mas tu tens falta de noção do que são as ideologias na sua essência, o que é de extrema gravidade quando se vem para blogs arrotar postas de pescada sobre política.

E o que é, neste caso, a sua essência? Leio por todo o lado critícas violentas contra a "ortodoxia" do PCP, a sua "falta de actualização", etc, etc. Mas falar no abstracto não vale a penas, eis um resumo da posição económica do PCP, retirado do seu programa - e de notar que na essência as linhas fundamentais não são de agora, são pelo menos desde o PREC:

"...O PCP defende há muito a existência de uma economia mista, constituída por empresas públicas,
empresas privadas e empresas de economia social, como uma das condições básicas para o
desenvolvimento. No quadro de economia mista que propomos, existe obviamente um papel muito
importante para as empresas privadas, particularmente as de capital nacional.

O PCP, que afasta como solução para os problemas das MPME a política de mão-de-obra barata,
precária e sem direitos, ou a sua presença na economia informal, propõe um conjunto de políticas
e de medidas, por forma a responder ao importante papel das MPME na sociedade portuguesa..."


Posto isto parto do princípio que a sua oposição é "de esquerda", i.e. é um defensor acérrimo de um modelo sem qualquer tipo de iniciativa privada de qualquer espécie. É justo, e em última análise nem é algo que merecesse o meu desacordo, tirando o facto da minha análise das experiências históricas em vários países diferentes - quer do bloco socialista quer capitalista - terem para mim demonstrado que é extremamente difícil e contraproducente acabar com *qualquer* inicitativa privada.

19 de junho de 2007 às 15:24:00 WEST  

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