GUINEENSE E BRASUCA QUE VIOLARAM JOVEM PORTUGUESA SAÍRAM EM LIBERDADE SEM QUALQUER LIMITAÇÃO

O guineense e o luso-brasileiro detidos na última quinta-feira, suspeitos de terem violado uma jovem portuguesa de 17 anos - em viagem de finalistas em Lloret de Mar, Espanha – foram presentes a um juiz e saíram em liberdade sem qualquer limitação. Estarão mesmo já em Portugal. A vítima estará também já em casa e parte dos colegas chegam hoje a Vila Real de Santo António. São aguardados por familiares que confessaram ao CM estarem preocupados. A agência que organizou a estadia já reforçou, entretanto, o número de monitores do restante grupo, que só regressa na próxima sexta-feira .

A jovem de 17 anos foi encontrada no elevador por elementos da agência SporJovem – que também organiza viagens de finalistas para o mesmo destino.
“Os meus colegas encontraram-na semi-nua e quase inconsciente. Não trazia identificação”, disse ao CM um monitor daquela agência. Segundo ele, levaram-na à Polícia, onde a jovem disse ter sido violada por dois monitores de outra agência. “Apresentava nódoas negras nas virilhas e braços. E disse que foi violada por ambos, um de cada vez”, afirmou a mesma fonte.
A jovem foi submetida a exames no hospital. Horas mais tarde, depois de ter identificado os alegados agressores, a Polícia deteve o guineense e o luso-brasileiro, na casa dos 20 anos, no hotel Sanmarti – onde tudo terá acontecido.
O monitor que encontrou a vítima considera “estranha” a libertação dos suspeitos. “A jovem apresentava marcas reveladores da agressão sexual. Também estranho porque é que os pais não foram chamados”, disse. Suspeita que “o caso esteja a ser abafado, para que Lloret continue a ser o destino preferido dos estudantes”, disse.
A jovem integrava um grupo de finalistas da secundária de Vila Real de Santo António. Regressou ontem a Portugal, de avião, enquanto parte do grupo – que partiu mais tarde – regressa sexta-feira. Estudante, assumiu as funções de guia contratada pela agência Mundo Jovem - que ontem fez saber que vai apresentar queixa em Portugal contra os dois suspeitos.
A presidente do Conselho Executivo da escola, Cristina Silveira, disse “desconhecer incidentes com os alunos”, garantindo que “a viagem de finalistas foi efectuada sem qualquer responsabilidade da escola ou acompanhamento de professores”.
Preocupada está Cesaltina Custódio, mãe da jovem Sofia Custódio, de 18 anos, que ontem referiu ao CM ter recebido um telefonema da filha , garantindo que “tudo está bem com o grupo ”.

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"FOMOS ACORDADOS COM VIOLÊNCIA"
Sara Meireles, de 19 anos e Luciana Real, de 18 anos, chegaram à Covilhã “cansadas, com fome, desconfortáveis e revoltadas” com o que aconteceu em Espanha.
As duas jovens faziam parte do grupo de finalistas do 12º ano da Escola Campos Melo que foi expulso do hotel D. Juan, em Lloret de Mar, por causarem distúrbios. “Na sexta-feira de manhã, meia-dúzia de pessoas espalhou ovos cozidos, açúcar e papel higiénico pelo corredor, depois do pequeno almoço, e os seguranças do hotel começaram a expulsar-nos a partir das 9h00 (hora espanhola)”, conta Sara Meireles, que chegou ao hotel às 6h00.
“Fomos acordados com violentas pancadas nas portas dos quartos. Eu até pensava que era alguma brincadeira, quando os seguranças entraram de rompante a gritar insultos e a dizer que tínhamos de sair dali em cinco minutos, caso contrário atiravam as nossas coisas pela janela. Nem sequer nos deixaram tomar banho ou lavar os dentes” refere. “Apanhámos um grande susto”.

O monitor que encontrou a vítima suspeita que o caso esteja a ser abafado para não prejudicar o negócio de Lloret. Mas enfim, essa fase já ficou para trás, visto que a notícia foi divulgada no Correio da Manhã - e, mesmo assim, não há associações de apoio à vítima a protestarem pelo facto de os dois criminosos alienígenas estarem de momento impunes?

A quem se aplica afinal a prisão preventiva, neste País?