A LOUCURA NORMAL, OU, DIGO EU, O CAGAÇO POLITICAMENTE CORRECTO «RACIONALMENTE» DISFARÇADO...
Mensagem (a itálico) que me foi enviada por e-mail pela cara Vera:
A loucura normal
por Diogo Pires Aurélio, Professor universitário
Desiludam-se os que pensam que a Grã-Bretanha é uma nação estruturalmente conservadora. Revejam a história aqueles que imaginam que em terras de Sua Majestade reinam a prudência e os costumes herdados de antanho, contrariamente ao que se passa no continente, onde o primeiro alucinado que chega ao poder é capaz de virar as leis do avesso. A avaliar pelos sinais que se têm multiplicado nas últimas semanas, a sociedade inglesa está a proceder, espontaneamente, e mesmo contra a vontade do seu próprio Governo, a uma limpeza de tudo quanto foi, tradicionalmente, um símbolo do Natal.
"É simplesmente uma tolice", diz o ex- -ministro dos Estrangeiros e actual responsável pelas relações com o Parlamento, Jack Straw. "É a última loucura do politicamente correcto", acrescentava, sexta-feira, The Guardian. Será, porventura, tudo isso e muito mais. A verdade, porém, é que 74% das empresas, segundo uma sondagem recente, decidiram acabar com as festas de pessoal que sempre se realizaram durante esta quadra. Várias cidades - Birmingham, por exemplo - estão a substituir nas decorações as mensagens alusivas ao Natal, para passarem a referir apenas algo tão prosaico e utilitário como são as Winter Holli-days. Em muitas escolas, os professores aconselham vivamente os alunos a esquecerem essa prática tão comprometedora como é o enviar "boas festas" a familiares e amigos. Até os correios entraram apressadamente na nova vaga, vendendo cartões onde as referências ao Natal se ficam por uns esquilinhos com muita neve em fundo. Tudo muito branco, tudo muito neutro, tudo correcto, em suma.
Há quem veja nisto um remédio para acabar com o desperdício de energia que é tanta estrelinha acesa. Há jornais que deitam contas aos gastos com festas, decorações e presentes, quando ainda se vê tanta miséria.* E há, muito simplesmente, quem considere que o Natal já não faz sentido numa sociedade onde o culto cristão, à míngua de fiéis, tende a desaparecer. Como se a verdadeira razão não fosse, afinal, o medo. O me-do e a convicção de assim se comprar a se-gurança.
Infelizmente, o que se está a fazer é exactamente o contrário. Com toda esta loucura, aparentemente normal e mansa, propagada por gente sensata, a xenofobia esfrega as mãos de contente. Um plano expressamente destinado a incitar a população contra os imigrantes muçulmanos não faria melhor.
Toda a acção provoca uma reacção... força, camaradas do BNP, mãos à obra... é de aproveitar...
________
* A cobardia desta gentalha... não se admirem, caros leitores, de que, doravante, haja por aí uma série de medidas a serem tomadas contra o Natal, e outros elementos pagãos/cristãos das tradições ocidentais, sempre por «motivos higiénicos/económicos/outra-treta-qualquer», como foi disso exemplo o caso, aqui relatado, da retirada do Pai Natal dos jardins-escola na cidade de Viena de Áustria, com o pretexto de que «o velho das barbas assusta as crianças»...
A loucura normal
por Diogo Pires Aurélio, Professor universitário
Desiludam-se os que pensam que a Grã-Bretanha é uma nação estruturalmente conservadora. Revejam a história aqueles que imaginam que em terras de Sua Majestade reinam a prudência e os costumes herdados de antanho, contrariamente ao que se passa no continente, onde o primeiro alucinado que chega ao poder é capaz de virar as leis do avesso. A avaliar pelos sinais que se têm multiplicado nas últimas semanas, a sociedade inglesa está a proceder, espontaneamente, e mesmo contra a vontade do seu próprio Governo, a uma limpeza de tudo quanto foi, tradicionalmente, um símbolo do Natal.
"É simplesmente uma tolice", diz o ex- -ministro dos Estrangeiros e actual responsável pelas relações com o Parlamento, Jack Straw. "É a última loucura do politicamente correcto", acrescentava, sexta-feira, The Guardian. Será, porventura, tudo isso e muito mais. A verdade, porém, é que 74% das empresas, segundo uma sondagem recente, decidiram acabar com as festas de pessoal que sempre se realizaram durante esta quadra. Várias cidades - Birmingham, por exemplo - estão a substituir nas decorações as mensagens alusivas ao Natal, para passarem a referir apenas algo tão prosaico e utilitário como são as Winter Holli-days. Em muitas escolas, os professores aconselham vivamente os alunos a esquecerem essa prática tão comprometedora como é o enviar "boas festas" a familiares e amigos. Até os correios entraram apressadamente na nova vaga, vendendo cartões onde as referências ao Natal se ficam por uns esquilinhos com muita neve em fundo. Tudo muito branco, tudo muito neutro, tudo correcto, em suma.
Há quem veja nisto um remédio para acabar com o desperdício de energia que é tanta estrelinha acesa. Há jornais que deitam contas aos gastos com festas, decorações e presentes, quando ainda se vê tanta miséria.* E há, muito simplesmente, quem considere que o Natal já não faz sentido numa sociedade onde o culto cristão, à míngua de fiéis, tende a desaparecer. Como se a verdadeira razão não fosse, afinal, o medo. O me-do e a convicção de assim se comprar a se-gurança.
Infelizmente, o que se está a fazer é exactamente o contrário. Com toda esta loucura, aparentemente normal e mansa, propagada por gente sensata, a xenofobia esfrega as mãos de contente. Um plano expressamente destinado a incitar a população contra os imigrantes muçulmanos não faria melhor.
Toda a acção provoca uma reacção... força, camaradas do BNP, mãos à obra... é de aproveitar...
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* A cobardia desta gentalha... não se admirem, caros leitores, de que, doravante, haja por aí uma série de medidas a serem tomadas contra o Natal, e outros elementos pagãos/cristãos das tradições ocidentais, sempre por «motivos higiénicos/económicos/outra-treta-qualquer», como foi disso exemplo o caso, aqui relatado, da retirada do Pai Natal dos jardins-escola na cidade de Viena de Áustria, com o pretexto de que «o velho das barbas assusta as crianças»...
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