terça-feira, novembro 21, 2006

VITÓRIA JURÍDICA DA DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA PRÓ-ISLÂMICA

Nadia Eweida, hospedeira de origem egípcia, perdeu em tribunal o processo que levantou contra a sua empregadora British Airlines, quando esta companhia aérea a proibiu de usar um crucifixo enquanto estivesse a atender passageiros.

Tinha sido proposto a Nadia Eweida que desempenhasse outras tarefas na mesma empresa, em função na qual não teria contacto directo com o público e aí sim, poderia usar o crucifixo. A funcionária recusou, argumentando que não tinha de esconder o seu símbolo religioso porque «Jesus tem de ser glorificado». E a British Airways permaneceu inflexível na sua política de não permitir ao seu pessoal a ostentação de objectos pessoais (crucifixos, jóias, adornos, etc.).


Todavia, a mesmíssima companhia aérea permite que as suas empregas muçulmanas usem o véu em público, mesmo enquanto atendem os passageiros.
E o véu, queira-se ou não, é inequivocamente um símbolo religioso, pelo que, na prática, permitir o uso do véu e não do crucifixo resulta numa discriminação religiosa. Foi este o motivo que levou Nadia Eweida a rebelar-se, embora, como se vê, sem sucesso.