segunda-feira, outubro 23, 2006

SACERDOTE CRISTÃO CONVERTE-SE AO HINDUÍSMO

Um sacerdote anglicano converteu-se ao Hinduísmo. O reverendo David Hart foi para a Índia, mudou de nome (para «Ananda») e oferece diariamente sacrifícios a Nagar, Deus serpente, a Ganesh, Deus da Sabedoria, bem como a outras Deidades hindus.

Não obstante, a Igreja Anglicana permite-lhe oficiar em cerimónias cristãs... mesmo sendo agora hindu...



Ou a história está mal contada e a Igreja aceita-o de volta desde que ele renuncie ao Hinduísmo... ou a hoste anglicana está tão desesperada por falta de sacerdotes e de crentes que até já aceita que um dos seus reverendos também adore Divindades que a Cristandade sempre considerou ora falsas ora demoníacas e Cujo culto até tentou destruir...

Por outro lado, há sempre a possibilidade de que se trate aqui dum truque para que um sacerdote cristão se infiltre no seio dos hindus, parecendo ser um deles, para, lentamente, exercer uma acção de subversão e transferência de crentes, do Hinduísmo para o Cristianismo.

Hart fala repetidamente na intenção da Igreja Anglicana de facilitar o diálogo inter-religioso, atitude que pode ser motivada pela vontade de estabelecer a paz e harmonia universais, ou, quem sabe, para melhor disseminar o ideal universalista que poderá conduzir todos os povos ao «rebanho« do Senhor da Galileia...
Hart refere-se também ao facto de Ganesh ser a Divindade hindu mais adorada em Inglaterra; nos lares de indianos a viver neste país, há frequentemente estátuas desta Divindade. Este facto pode estar relacionado com a devoção do reverendo Hart ao dito Deus da Sabedoria hindu, ou por influência sofrida por hindus do «seu bairro», ou porque haja da parte de Hart alguma intenção de se imiscuir-se no seio da comunidade hindu inglesa para melhor a arrebanhar.

Independentemente da motivação do reverendo, o que é certo é que esta cedência formal à diversidade religiosa é mais um sinal dos tempos que bem caracteriza a cultura europeia, para melhor e para pior: por um lado, a abertura ao «outro» a ponto de adoptar as suas crenças e modos de ser; por outro, a receptividade do Ocidente a modelos alternativos de espiritualidade e de cultura, o que pode e deve ser a deixa para que os defensores das antigas heranças europeias divulguem, particularmente entre os jovens, o conhecimento e o valor da identidade espiritual dos Ancestrais.

Em termos espirituais, culturais até, está-se pois em ambiente de caos - mas o caos em Grego antigo não significava necessariamente confusão e desastre, mas tão somente «abertura»: um estado de coisas no qual tudo existe em potencial, antes que as Deuses criassem as formas a partir daí.

Como disse alguém, o vazio não existe, é sempre preenchido por algo.
E é esta a hora de os Europeus conscientes da sua ancestralidade acenderem novos archotes e forjarem a fortaleza que salvaguarde o futuro da sua Estirpe.