INTIMIDAÇÃO DO OCIDENTE
Observa-se na atitude das hostes islâmicas (as chamadas «minorias ínfimas de radicais», minorias tão minoritárias, mas tão minoritárias, que até têm força que chegue para queimar embaixadas quando lhes apetece...) uma postura que não parece ter outra explicação convincente para além da vontade constante de intimidar o culto, poderoso e rico Ocidente, reduzindo-o ao silêncio pela submissão feita do mais selvagem e tosco dos medos, o da violência.
Daniel Pipes elabora uma lista significativa dos casos mais paradigmáticos da intimidação islâmica:
- em 1989, o decreto de pena de morte, ainda vigente, que o aiatola Coméni lançou contra Salman Rushdie, por este ter escrito um livro, «Os Versos Satânicos», no qual se critica violentamente o profeta do Islão; morreram pelo menos vinte pessoas, sobretudo na Índia, devido aos motins motivados pela raiva mafomética;
- em 1997, a indignação muçulmana devida à firmeza do governo norte-americano que recusou retirar um friso representando Maomé, feito nos anos trinta, num edifício do Supremo Tribunal de Justiça (pode ver-se a imagem no link aqui disponibilizado); numerosos motins na Índia marcaram esta questão;
- em 2002, a raiva mafomética que levou à queima de igrejas e ao assassinato de pelo menos dez pessoas na Índia, em 2002, tudo porque o evangelista norte-americano Jerry Falwell chamou «terrorista» a Maomé;
- em 2005, protestos e ameaças islâmicas em todo o mundo, resultando em quinze mortos, porque constou que, em Guantanamo, interrogadores norte-americanos tinham atirado o Alcorão pela sanita abaixo;
- em Fevereiro de 2006, novo acesso de raiva muçulmana, que resultou em centenas de mortes e incêndios de embaixadas, desta feita por causa das caricaturas publicadas no jornal dinamarquês Jyllands-Posten;
- em Setembro de 2006, novamente a ira islâmica se faz sentir em protestos de rua e em ameaças de morte, devido à citação, por parte do papa Bento XVI, de palavras de um imperador bizantino criticando a violência islâmica; houve destruição de igrejas e assassinato de vários cristãos.
Pipes faz notar a diferença de atitudes por parte dos Ocidentais: quando em 1989 o líder religioso do Irão se atreveu a querer decidir o que um cidadão britânico a viver em Londres podia ou não podia escrever, instalou-se a surpresa do choque por tamanho descaramento, dado que ninguém esperava que uma autoridade muçulmana fosse capaz de tão despudorada arrogância. Dezassete anos depois, há ameaças de morte contra o papa e os Ocidentais estão, na sua maioria, amorfos, já para não falar naqueles que, acobardados, aconselham o «respeitinho» que é «para não termos chatices com eles (muçulmanos)...».
Ou seja - os muçulmanos tornam-se cada vez mais audazes enquanto os Ocidentais se vão habituando e agachando... é, a nivel macro-social, aquilo que se passa no nível micro-social em qualquer escola primária, quando os rapazolas mais fortes e provocadores vão agredindo diariamente os mais fracos, até que estes perdem qualquer capacidade de reagir e até qualquer amor próprio...
Observa também, Pipes, que os protestos islâmicos levados a cabo na Europa foram muito mais violentos e desenvolvidos do que aqueles que tiveram lugar nos EUA, o que, quanto a mim, se prende com a grande diferença numérica entre muçulmanos estacionados nos EUA e muçulmanos a viver na Europa.
Há ainda mais alguns casos, que Daniel Pipes opta por deixar de fora da sua contagem, uma vez que não tiveram (ainda) repercussões públicas, mas apenas consequências individuais (fuga e morte das vítimas): o episódio do assassinato de Theo van Gogh, a perseguição de Taslima Nasreen, e, mais recentemente, as ameaças de morte contra um professor de Filosofia francês. Parece-me um critério superficial, o de Pipes, uma vez que também estas ocasiões têm consequências sobre as populações: antes de mais nada, a intimidação, a criação do clima de medo. Porque quem olha para o lado e vê o vizinho a ser morto por ter dito alguma coisa, o mais provável é que prefira calar-se para não sofrer o mesmo destino.
Devem rir-se como perdidos, os mandantes da fúria islâmica, ao verem a preciosa cultura e elevação artística europeias... a ser obnubilada pelo mais primitivo dos temores.
Ou seja - as alturas etéreas da literatura, da arte, da música erudita, do pensamento filosófico e teológico... tudo isso vai ao tapete porque «quem tem cu tem medo».
É uma ideia muito «gira» e acessível... doravante, qualquer puto do liceu, farto de ouvir os «stôres», sabe que toda aquela cultura e complexidade de pensamento inerente ao estudo da Literatura, da História, da Filosofia, toda essa «canseira» do bestunto pode ser evitada com uma simples ameaça de se chegar a roupa ao pelo do sábio palrador. A mensagem é clara: Camões, Homero, Kant, Hegel, Platão, Aristóteles, etc., tudo isso vale menos do que manejar com mestria uma Uzi ou saber aplicar uns chutes à Van Damme.
E quem começa por legitimar, pela passividade, esta postura, são precisamente... os intelectuais que, pela sua omissão, consentem a instalação progressiva dum sistema em que a liberdade de expressão tenderá cada vez mais, ora um luxo a que só os mais fortes terão direito, ora uma memória do passado longínquo, daquela «Idade de Ouro» em que, na Europa, se podia falar livremente...
Daniel Pipes elabora uma lista significativa dos casos mais paradigmáticos da intimidação islâmica:
- em 1989, o decreto de pena de morte, ainda vigente, que o aiatola Coméni lançou contra Salman Rushdie, por este ter escrito um livro, «Os Versos Satânicos», no qual se critica violentamente o profeta do Islão; morreram pelo menos vinte pessoas, sobretudo na Índia, devido aos motins motivados pela raiva mafomética;
- em 1997, a indignação muçulmana devida à firmeza do governo norte-americano que recusou retirar um friso representando Maomé, feito nos anos trinta, num edifício do Supremo Tribunal de Justiça (pode ver-se a imagem no link aqui disponibilizado); numerosos motins na Índia marcaram esta questão;
- em 2002, a raiva mafomética que levou à queima de igrejas e ao assassinato de pelo menos dez pessoas na Índia, em 2002, tudo porque o evangelista norte-americano Jerry Falwell chamou «terrorista» a Maomé;
- em 2005, protestos e ameaças islâmicas em todo o mundo, resultando em quinze mortos, porque constou que, em Guantanamo, interrogadores norte-americanos tinham atirado o Alcorão pela sanita abaixo;
- em Fevereiro de 2006, novo acesso de raiva muçulmana, que resultou em centenas de mortes e incêndios de embaixadas, desta feita por causa das caricaturas publicadas no jornal dinamarquês Jyllands-Posten;
- em Setembro de 2006, novamente a ira islâmica se faz sentir em protestos de rua e em ameaças de morte, devido à citação, por parte do papa Bento XVI, de palavras de um imperador bizantino criticando a violência islâmica; houve destruição de igrejas e assassinato de vários cristãos.
Pipes faz notar a diferença de atitudes por parte dos Ocidentais: quando em 1989 o líder religioso do Irão se atreveu a querer decidir o que um cidadão britânico a viver em Londres podia ou não podia escrever, instalou-se a surpresa do choque por tamanho descaramento, dado que ninguém esperava que uma autoridade muçulmana fosse capaz de tão despudorada arrogância. Dezassete anos depois, há ameaças de morte contra o papa e os Ocidentais estão, na sua maioria, amorfos, já para não falar naqueles que, acobardados, aconselham o «respeitinho» que é «para não termos chatices com eles (muçulmanos)...».
Ou seja - os muçulmanos tornam-se cada vez mais audazes enquanto os Ocidentais se vão habituando e agachando... é, a nivel macro-social, aquilo que se passa no nível micro-social em qualquer escola primária, quando os rapazolas mais fortes e provocadores vão agredindo diariamente os mais fracos, até que estes perdem qualquer capacidade de reagir e até qualquer amor próprio...
Observa também, Pipes, que os protestos islâmicos levados a cabo na Europa foram muito mais violentos e desenvolvidos do que aqueles que tiveram lugar nos EUA, o que, quanto a mim, se prende com a grande diferença numérica entre muçulmanos estacionados nos EUA e muçulmanos a viver na Europa.
Há ainda mais alguns casos, que Daniel Pipes opta por deixar de fora da sua contagem, uma vez que não tiveram (ainda) repercussões públicas, mas apenas consequências individuais (fuga e morte das vítimas): o episódio do assassinato de Theo van Gogh, a perseguição de Taslima Nasreen, e, mais recentemente, as ameaças de morte contra um professor de Filosofia francês. Parece-me um critério superficial, o de Pipes, uma vez que também estas ocasiões têm consequências sobre as populações: antes de mais nada, a intimidação, a criação do clima de medo. Porque quem olha para o lado e vê o vizinho a ser morto por ter dito alguma coisa, o mais provável é que prefira calar-se para não sofrer o mesmo destino.
Devem rir-se como perdidos, os mandantes da fúria islâmica, ao verem a preciosa cultura e elevação artística europeias... a ser obnubilada pelo mais primitivo dos temores.
Ou seja - as alturas etéreas da literatura, da arte, da música erudita, do pensamento filosófico e teológico... tudo isso vai ao tapete porque «quem tem cu tem medo».
É uma ideia muito «gira» e acessível... doravante, qualquer puto do liceu, farto de ouvir os «stôres», sabe que toda aquela cultura e complexidade de pensamento inerente ao estudo da Literatura, da História, da Filosofia, toda essa «canseira» do bestunto pode ser evitada com uma simples ameaça de se chegar a roupa ao pelo do sábio palrador. A mensagem é clara: Camões, Homero, Kant, Hegel, Platão, Aristóteles, etc., tudo isso vale menos do que manejar com mestria uma Uzi ou saber aplicar uns chutes à Van Damme.
E quem começa por legitimar, pela passividade, esta postura, são precisamente... os intelectuais que, pela sua omissão, consentem a instalação progressiva dum sistema em que a liberdade de expressão tenderá cada vez mais, ora um luxo a que só os mais fortes terão direito, ora uma memória do passado longínquo, daquela «Idade de Ouro» em que, na Europa, se podia falar livremente...
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