sábado, março 11, 2006

FILHO DE DEUS



No dia 11 de Março, os Gregos celebravam o Festival de Hércules. Chamado de Héracles pelos Gregos, era conhecido como o Filho de Deus por todos.
Tão grande era o amor do povo por este homem que muitas histórias fantásticas eram atribuídas ao seu nome. De acordo com a lenda grega, ele nasceu de Deus e uma mãe virgem, de um acto sexual que durou três dias. Era conhecido como O Que Cura e, enquanto vivo, ressuscitou duas pessoas, um homem e uma mulher. Certa vez, desceu ao Inferno por três dias. De acordo com a lenda, sofreu uma morte horrivelmente dolorosa, e muito injusta, às mãos dos seus inimigos, nomeadamente a corte do poderoso rei de Tebas. Após a sua morte, reapareceu para mostrar aos seus amigos mais próximos que ainda estava vivo e depois ascendeu corporalmente ao céu. Os seus amigos e seguidores, conhecidos como os Heracleides, foram perseguidos a seguir à sua morte. Os cristãos imitaram, claramente, estas histórias, para ganhar terreno com base no amor do povo pelo Filho de Deus original, e também copiaram a imagem da face europeia de Hércules. Atribuíram tudo isto a Jesus de Nazaré, chamando-o subsequentemente de Messias e de Filho de Deus, embora as profecias do Antigo Testamento não tivessem dito nada sobre o Messias ser filho de Deus.

Hércules era, enquanto vivo, o mais forte dos homens, sendo também bastante impulsivo e brutal. Usava como protecção e divisa uma pele de leão (leão que fora morto por ele). Como armas, tinha preferência pelo arco e flecha e, sobretudo, pela clava ou moca, arma esmagadora por excelência. Perdia a cabeça facilmente e, quando isso acontecia, ia tudo raso, já que ninguém se lhe comparava em poder, e, assim, partia tudo e batia em quem quer que se lhe pusesse à frente. Mas, no fundo, era justo e aceitava os castigos merecidos.
Era um bocado ingénuo, parecendo estúpido por vezes, mas tinha uma inteligência prática que lhe permitia safar-se sempre e vencer sempre os oponentes.

Hércules era assim um semi-deus muito popular na Grécia e em Roma, especialmente entre os soldados. Uma imprecação muito utilizada pelos homens (não pelas mulheres) gregos e romanos era «Mehercule!» (em vez de «Ai Jesus!» ou de «Porrrrra!...»). Foi um dos cultos pagãos que mais resistiu ao Cristianismo.