A CRUZ E O CRESCENTE EM TÁCITO CONLUIO CONTRA A EUROPA
Viu-se bem de que lado estava o representante da Igreja Católica no programa «Prós e Contras» dedicado ao caso das caricaturas de Maomé - juntamente com os muçulmanos e seus dimiescos simpatizantes (Ângelo Correia, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Árabe- Portuguesa (CCIAP)). O artigo de Jaime Nogueira Pinto, publicado na última edição do Expresso, constitui um exemplo desta postura e combina bem com a mentalidade dominante nos círculos beatos «de Direita». Pela simpatia não declarada relativamente ao Islão, detectável na prosa de Nogueira Pinto e quejandos, constata-se, mais uma vez, que os devotos pensadores cristãos (sei que não incluo alguns dos meus camaradas nacionalistas cristãos) são inimigos da verdadeira Europa - a da Liberdade herdada, não do jacobinismo, como pretendem certos entendimentos míopes que não querem ir além da Idade Média (porque mesmo o entendimento que têm da filosofia antiga, é puramente medieval, por isso é que acham que Platão é um bom cristão «antes do tempo»), mas sim da Grécia, de Roma, da Celticidade e do mundo germânico, dos Eslavos e dos Baltas.
Tais ideólogos sentem-se naturalmente mais próximos do mundo muçulmano do que do verdadeiro Ocidente, o que bate certo com as próprias origens do Cristianismo - o mundo espiritual semita, dogmático, intolerante, apologista da submissão e, consequentemente, inimigo da Liberdade europeia. A este respeito, vale a pena lembrar que um dos representantes internéticos dessa corrente de pensamento chegou mesmo a criticar virulentamente, no Fórum Nacional, a manifestação de solidariedade para com a Dinamarca realizada em Lisboa (por Rui Zink e outros), afirmando que «Do culto à Liberdade, nunca veio nada de bom.»
Mais: não me enganarei muito se vir por trás das evangélicas palavras de tais intelectuais uma espécie de satisfação com a ameaçadora resposta islâmica, sentindo-se porventura como que vingados pela acção dos arautos do credo que o papa considera «um irmão mais novo do Cristianismo»: os muçulmanos em fúria estão a fazer aquilo que a beatagem católica gostaria de poder fazer no Ocidente, e podia fazer na Idade Média e mesmo na Idade Moderna, mas que já não pode levar a cabo no mundo contemporâneo.
Nem sequer faltou, na arenga de Jaime Pinto, uma referência aos supostos «cínicos que manipulam os fanáticos da rua árabe». É um erro grosseiro partir do princípio de que, no mundo islâmico, os religiosos mais violentos se encontram nas camadas mais miseráveis e menos instruídas da população. Esta ideia deriva da velha cartilha marxista segundo a qual a religião é o ópio do povo e os líderes religiosos são todos uma malandragem ateia que manipula o povinho-coitadinho.
Na verdade, os muçulmanos de maior radicalismo pertencem a níveis sócio-económico-culturais médios ou elevados, e há numerosos clérigos envolvidos em actividades terroristas.
Portanto, JNPinto não tem qualquer base para afirmar que quem instiga as massas islâmicas são «cínicos ateus» - só o diz porque acredita, ou quer fazer acreditar, que o Islão é uma religião de paz e que toda a violência verificada nesta altura é obra daqueles que ele quer dar como «os únicos maus da fita» e culpados de tudo e mais alguma coisa: os ateus relativamente ocidentalizados.
Em suma, pode dizer-se que a cruz cristã revela o seu carácter de inimiga não declarada da Europa. E isto leva a reafirmar que a publicação das caricaturas foi dos melhores acontecimentos de 2005, não apenas porque, como já tinha sido dito aqui,
- serviria para mostrar quem manda na Europa, assim os Europeus tivessem mostrado firmeza;
- serviu para mostrar quem são os muçulmanos;
- serviu para mostrar quem são os esquerdalhos politicamente correctos e inimigos da Europa,
mas também porque serviu para mostrar de que lado estão os «intelectuais» católicos: contra a verdadeira Europa. E isto é tanto mais grave quanto mais de «Direita» se afirmam as ditas criaturas, dado que a Direita (europeia) está sempre associada à defesa da Europa, e não há nada mais perigoso do que ter auto-proclamados guardiões da fortaleza que a dada altura começam subrepticiamente a abrir os portões para deixar entrar o inimigo, seu parente...
A atitude da beatagem «direitinha» fez-me lembrar esta passagem da «Revolta Contra o Mundo Moderno» (a maior obra de Julius Evola, um dos principais inspiradores da Direita europeia) que aqui transcrevo:
O romano, embora receando-o, teve sempre uma grande desconfiança em relação ao arúspice [etrusco], quase como que por um inimigo oculto de Roma. Entre numerosos episódios que são bem característicos a este respeito, pode-se citar o dos arúspices que, por ódio a Roma, querem que seja enterrada a estátua de Horácio Cocles; tendo esta sido colocada, apesar da vontade deles, no local mais elevado, seguem-se, contrariamente às predicções, acontecimentos favoráveis a Roma, e os arúspices, acusados de traição, confessam e são executados.**
Denuciem-se pois os falsos guardiões da cultura ocidental como cavalos de Tróia que são.***
---
* E, para convencer o pessoal jovem nacionalista, tentou puxar a coisa para o campo do ataque à homossexualidade, alegando que Zink tinha organizado uma marcha gay, e que aquilo no fundo era tudo paneleiragem - tem imensa graça a maneira como alguns pretensos orientadores da juventude pensam conseguir manipular as hostes «nazis»... foi aí que me lembrei de clarificar as coisas: para que não haja confusões, é preciso perceber que manifestar solidariedade para com a Dinamarca não é o mesmo que levar entre os folhos...
** Os arúspices eram sacerdotes etruscos e este episódio insere-se no contexto da inimizade antiga entre Romanos e Etruscos, mesmo que muitos destes estivessem aparentemente integrados na civilização romana.
*** E, juntamente com tantos cavalos, alguns burros haverá.
Tais ideólogos sentem-se naturalmente mais próximos do mundo muçulmano do que do verdadeiro Ocidente, o que bate certo com as próprias origens do Cristianismo - o mundo espiritual semita, dogmático, intolerante, apologista da submissão e, consequentemente, inimigo da Liberdade europeia. A este respeito, vale a pena lembrar que um dos representantes internéticos dessa corrente de pensamento chegou mesmo a criticar virulentamente, no Fórum Nacional, a manifestação de solidariedade para com a Dinamarca realizada em Lisboa (por Rui Zink e outros), afirmando que «Do culto à Liberdade, nunca veio nada de bom.»
Mais: não me enganarei muito se vir por trás das evangélicas palavras de tais intelectuais uma espécie de satisfação com a ameaçadora resposta islâmica, sentindo-se porventura como que vingados pela acção dos arautos do credo que o papa considera «um irmão mais novo do Cristianismo»: os muçulmanos em fúria estão a fazer aquilo que a beatagem católica gostaria de poder fazer no Ocidente, e podia fazer na Idade Média e mesmo na Idade Moderna, mas que já não pode levar a cabo no mundo contemporâneo.
Nem sequer faltou, na arenga de Jaime Pinto, uma referência aos supostos «cínicos que manipulam os fanáticos da rua árabe». É um erro grosseiro partir do princípio de que, no mundo islâmico, os religiosos mais violentos se encontram nas camadas mais miseráveis e menos instruídas da população. Esta ideia deriva da velha cartilha marxista segundo a qual a religião é o ópio do povo e os líderes religiosos são todos uma malandragem ateia que manipula o povinho-coitadinho.
Na verdade, os muçulmanos de maior radicalismo pertencem a níveis sócio-económico-culturais médios ou elevados, e há numerosos clérigos envolvidos em actividades terroristas.
Portanto, JNPinto não tem qualquer base para afirmar que quem instiga as massas islâmicas são «cínicos ateus» - só o diz porque acredita, ou quer fazer acreditar, que o Islão é uma religião de paz e que toda a violência verificada nesta altura é obra daqueles que ele quer dar como «os únicos maus da fita» e culpados de tudo e mais alguma coisa: os ateus relativamente ocidentalizados.
Em suma, pode dizer-se que a cruz cristã revela o seu carácter de inimiga não declarada da Europa. E isto leva a reafirmar que a publicação das caricaturas foi dos melhores acontecimentos de 2005, não apenas porque, como já tinha sido dito aqui,
- serviria para mostrar quem manda na Europa, assim os Europeus tivessem mostrado firmeza;
- serviu para mostrar quem são os muçulmanos;
- serviu para mostrar quem são os esquerdalhos politicamente correctos e inimigos da Europa,
mas também porque serviu para mostrar de que lado estão os «intelectuais» católicos: contra a verdadeira Europa. E isto é tanto mais grave quanto mais de «Direita» se afirmam as ditas criaturas, dado que a Direita (europeia) está sempre associada à defesa da Europa, e não há nada mais perigoso do que ter auto-proclamados guardiões da fortaleza que a dada altura começam subrepticiamente a abrir os portões para deixar entrar o inimigo, seu parente...
A atitude da beatagem «direitinha» fez-me lembrar esta passagem da «Revolta Contra o Mundo Moderno» (a maior obra de Julius Evola, um dos principais inspiradores da Direita europeia) que aqui transcrevo:
O romano, embora receando-o, teve sempre uma grande desconfiança em relação ao arúspice [etrusco], quase como que por um inimigo oculto de Roma. Entre numerosos episódios que são bem característicos a este respeito, pode-se citar o dos arúspices que, por ódio a Roma, querem que seja enterrada a estátua de Horácio Cocles; tendo esta sido colocada, apesar da vontade deles, no local mais elevado, seguem-se, contrariamente às predicções, acontecimentos favoráveis a Roma, e os arúspices, acusados de traição, confessam e são executados.**
Denuciem-se pois os falsos guardiões da cultura ocidental como cavalos de Tróia que são.***
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* E, para convencer o pessoal jovem nacionalista, tentou puxar a coisa para o campo do ataque à homossexualidade, alegando que Zink tinha organizado uma marcha gay, e que aquilo no fundo era tudo paneleiragem - tem imensa graça a maneira como alguns pretensos orientadores da juventude pensam conseguir manipular as hostes «nazis»... foi aí que me lembrei de clarificar as coisas: para que não haja confusões, é preciso perceber que manifestar solidariedade para com a Dinamarca não é o mesmo que levar entre os folhos...
** Os arúspices eram sacerdotes etruscos e este episódio insere-se no contexto da inimizade antiga entre Romanos e Etruscos, mesmo que muitos destes estivessem aparentemente integrados na civilização romana.
*** E, juntamente com tantos cavalos, alguns burros haverá.
8 Comments:
Caturo, é possivel que isto não te interesse muito, mas, pelo sim pelo não, aqui tens a verdadeira história de Humberto Delgado:
http://www.oisento.blogspot.com
1 abr,
Isento
São as Tarpeias dos nossos dias. A ver se não lhes sucede como à outra, quando chegarem os invasores.
"Em suma, pode dizer-se que a cruz cristã revela o seu carácter de inimiga não declarada da Europa."
E aqueles que seguem a religião do judeu crucificado, são presumidamente inimigos não declarados da Europa?
E aqueles que seguem a religião do judeu crucificado, são presumidamente inimigos não declarados da Europa?
Não. Mas podem ser manipulados por esses inimigos.
"Não. Mas podem ser manipulados por esses inimigos."
E ao serem manipulados pelo inimigo, os que seguem a religião do judeu crucificado não passam também a ser o inimigo?
E ao serem manipulados pelo inimigo, os que seguem a religião do judeu crucificado não passam também a ser o inimigo?
Se se opuserem à Europa, sim.
Meu Inimigos não são quem se opõe à Europa, mas sim quem se opõe a Portugal ! Quando muito quem se opõe à Europa pode ou não estar errado no que diz respeito ao posicionamento Geoestratégico que considera melhor defender o Interesse Nacional .
E não preciso de fazer grandes deambulações sobre o que é ser Português ... na hora da verdade quem é realmente Português aparece, quem não é desaparece como um verme, foge como um rato .
Não sei se foge porque não é da minha Raça, ou se foge porque é simplesmente um merdas, mas as pessoas são essencialmente aquilo pelo qual estão dispostas a bater-se até à última !
Tudo o resto não passam de teorias muito giras e interessantes sobre conceitos Nacionais, Raciais Etnicos e o diabo a quatro ! Mas são apenas isso mesmo ... Teorias !
Da mesma maneira que a Natureza faz uma mãe bater-se até à última gota de sangue por um filho, a Natureza se encarregará de me mostrar na hora da verdade quem são os Portugueses.
No filme do Mel Gibson "Brave heart", a uma dada altura um Irlandes aparece ao lado dos Escoceses para combater os Ingleses e diz que a Ilha ( Irlanda ) é só dele, que já não há mais Irlandeses na Ilha . Consideravam-no louco ! Repentinamente, durante um embate, alguém grita " Mas que merda é esta ? Os Irlandeses vêm ao lado dos Ingleses ? E responde o Irlandes alegadamente louco, " Haaa ... Eu não disse que a Ilha era minha ? "
Na minha empresa, a uma dada altura, a filial espanhola começou a posicionar-se para absorver a filial Portuguesa numa alegada filial ibérica . Eu ali vi logo quem eram os Portugueses e quem eram os vermes espanhois . Os Portugueses arriscaram os empregos para impedir os ímpetos espanholitos. Os vermes e os ratos não só se esfumaram, como nos elegeram como inimigos dos seus empregos e se puseram a lamber as botas aos espanhois .
Se no risco do emprego já vejo para aí muito verme a esconder-se, imagino quando o risco for a vida qual será a verdadeira Nacionalidade dessa gente !
As discussões teóricas sobre o que é o verdadeiro Nacionalismo são optimas para estes espaços, mas tentam tornar objectivo aquilo que é subjectivo !
O sangue é importante, mas é muito pouco " Portugal é obra de Soldados ! "
Se o Voz do Sangue vai transformar os do Meu Sangue, em Verdadeiros Portugueses, isso ainda estou para ver na hora da verdade !
Braço ao Alto
O sangue é importante, mas é muito pouco " Portugal é obra de Soldados !
Discordo. O sangue é que faz a Nação. Quem não é deste sangue, pode ser muitas outras coisas - valente, inteligente, nobre, etc. - mas não é português.
Ser português não significa ser valente ou cobarde, inteligente ou imbecil, honesto ou desonesto - ser português significa ser filho de portugueses e pertencer por isso à Nação Portuguesa.
Assim, Portugal não é uma obra - é uma raiz. É um dado da natureza humana, uma estirpe; não é um projecto.
Isto não é «mera teoria», é um facto. Não é por «mera teoria» que se reconhecem os familiares. Não é por «mera teoria» que sabes que os teus filhos são da tua família.
Ora, para se ser português, é preciso ser-se europeu. Não há portugueses que não sejam europeus.
Braço ao Alto
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