EM ZONA DE GUERRA

Na Holanda, área da Europa cada vez menos europeia e cada vez mais muçulmana e norte-africana, há uma ou outra surpresa de quando em vez - e é bonito presenciar a firmeza e frieza nórdica de dois políticos holandeses a tecerem comentários de quem não se deixa comover com o infortúnio de um criminoso norte-africano que acabou atropelado depois de tentar roubar um cidadão.
Disse a ministra da imigração e da integração Rita Verdonk: «Se o rapaz não tivesse roubado a mala, hoje estava a circular por aí na sua scooter».
Por seu turno, Geert Wilders, figura da direita holandesa, já fez tantas afirmações sobre os imigrantes muçulmanos que agora precisa de andar sempre acompanhado de seis guarda-costas, pelo simples facto de, na sua própria terra, exprimir opiniões sobre estrangeiros das quais esses estrangeiros não gostam... a propósito deste caso, disparou certeiramente: «Todos os marroquinos que arranjam sarilhos devem ser expulsos. O governo quer expulsar terroristas. O mesmo processo deve ser aplicado para terroristas de rua como Ali El B. (o «jovem» morto). Detenham-nos, desnaturalizem-nos e deportem-nos.»

Ora nem mais.