EFEITOS DA IMIGRAÇÃO - SEMPRE OS MESMOS, VINDOS DOS MESMOS CAUSADORES
EWERTHON TOBACE
Tokyo
A criminalidade entre os brasileiros é preocupante. Somente no primeiro semestre deste ano foram presos 480 brasileiros acusados de ter violado o código penal japonês. Deste número, 369 são menores de idade (14 a 19 anos). Os números, apesar de serem altos, podem ser controlados e até decrescerem. Pelo menos, esta é a idéia com a qual a polícia japonesa trabalha.
“A tendência é de crescimento da criminalidade. Por isso, é preciso tomar uma atitude antecipadamente”, disse o Instrutor de Investigação de Crime Internacional do Departamento de Investigação Criminal da Agência Nacional de Polícia, Motohisa Suzuki, em uma coletiva na Embaixada do Brasil, dia 30. Segundo o policial, diferente de outras comunidades, como a chinesa e a coreana, é possível resolver a questão da criminalidade brasileira entre os próprios brasileiros. “A maioria está no arquipélago de forma legal e com a família. Já entre os chineses e coreanos, por exemplo, há um grande número de ilegais, o que dificulta o trabalho de localização da pessoa que comete delitos”, contou.
O policial diz acreditar que se a comunidade brasileira colaborar, o número de casos pode diminuir. “A situação hoje não é tão grave mas, não permite otimismo”, disse. Para ele, a questão da criminalidade é complexa, mas pode ser controlada se houver empenho do governo e da população. “É preciso aumentar o efetivo policial e elevar também o nível de conscientização entre a população”, opinou.
Para Suzuki, as causas do aumento da criminalidade no Japão são diversas. Vão desde a questão da economia a mudanças comportamentais. Mas, um ponto importante levantado pelo policial é a questão dos jovens. “A delinquência juvenil tem sido um fator importante na deterioração da segurança da sociedade japonesa”, afirmou.
Entre os jovens estrangeiros, Suzuki lembrou que a evasão escolar é muito grande. “Muitos brasileiros não frequentam a escola japonesa por não se adaptarem ao método de ensino ou porque o conhecimento do idioma é insuficiente”, disse. A questão econômica recessiva do país, segundo o policial, agrava ainda mais a situação, pois os pais destes menores acabam não podendo oferecer nenhum tipo de educação para os filhos.
PRECONCEITO
“A abordagem do problema da criminalidade no arquipélago está sendo feita como um todo e não especificamente”, lembrou Suzuki. Segundo o policial, não há discriminação por causa da nacionalidade. “A comunidade chinesa, por exemplo, também expressa a mesma preocupação”, amenizou.
Suzuki afirmou que a Agência Nacional de Polícia reprime e combate a discriminação por parte dos policiais. “Nos casos envolvendo japoneses e brasileiros, a polícia tem atuado de forma imparcial.” O policial disse também que, apesar do crescente número de delitos, o arquipélago continua sendo seguro. “Comparando com os padrões mundiais, o Japão ainda é um dos países mais seguros. Mas, nas grandes cidades é preciso tomar cuidado”, lembrou.
Raio-x da criminalidade
542.115 pessoas foram detidas em 2001 no Japão
7.168 dos detidos eram estrangeiros e958 eram brasileiros
As províncias com maior número de casos envolvendo brasileiros (1º semestre de 2002):
- Aichi (106), Shizuoka (76) e Gifu (3)
Brasileiros detidos por faixa etária
- 1º semestre de 2001:
Menores de idade: 320 (77,5%)
Acima dos 20 anos: 93 (22,5%)
- 1º semestre de 2002
Menores de idade: 369 (76,8%)
Acima dos 20 anos: 111 (23,2%)
Por ocupação
- 1º semestre 2001:
Desempregados: 148 (35,8%)
Empregados: 218 (52,8%)
- 1º semestre 2002:
Desempregados: 232 (48,3%)
Empregados: 189 (39,4%)
(Fonte: Agência Nacional de Polícia)
Fonte
Tokyo
A criminalidade entre os brasileiros é preocupante. Somente no primeiro semestre deste ano foram presos 480 brasileiros acusados de ter violado o código penal japonês. Deste número, 369 são menores de idade (14 a 19 anos). Os números, apesar de serem altos, podem ser controlados e até decrescerem. Pelo menos, esta é a idéia com a qual a polícia japonesa trabalha.
“A tendência é de crescimento da criminalidade. Por isso, é preciso tomar uma atitude antecipadamente”, disse o Instrutor de Investigação de Crime Internacional do Departamento de Investigação Criminal da Agência Nacional de Polícia, Motohisa Suzuki, em uma coletiva na Embaixada do Brasil, dia 30. Segundo o policial, diferente de outras comunidades, como a chinesa e a coreana, é possível resolver a questão da criminalidade brasileira entre os próprios brasileiros. “A maioria está no arquipélago de forma legal e com a família. Já entre os chineses e coreanos, por exemplo, há um grande número de ilegais, o que dificulta o trabalho de localização da pessoa que comete delitos”, contou.
O policial diz acreditar que se a comunidade brasileira colaborar, o número de casos pode diminuir. “A situação hoje não é tão grave mas, não permite otimismo”, disse. Para ele, a questão da criminalidade é complexa, mas pode ser controlada se houver empenho do governo e da população. “É preciso aumentar o efetivo policial e elevar também o nível de conscientização entre a população”, opinou.
Para Suzuki, as causas do aumento da criminalidade no Japão são diversas. Vão desde a questão da economia a mudanças comportamentais. Mas, um ponto importante levantado pelo policial é a questão dos jovens. “A delinquência juvenil tem sido um fator importante na deterioração da segurança da sociedade japonesa”, afirmou.
Entre os jovens estrangeiros, Suzuki lembrou que a evasão escolar é muito grande. “Muitos brasileiros não frequentam a escola japonesa por não se adaptarem ao método de ensino ou porque o conhecimento do idioma é insuficiente”, disse. A questão econômica recessiva do país, segundo o policial, agrava ainda mais a situação, pois os pais destes menores acabam não podendo oferecer nenhum tipo de educação para os filhos.
PRECONCEITO
“A abordagem do problema da criminalidade no arquipélago está sendo feita como um todo e não especificamente”, lembrou Suzuki. Segundo o policial, não há discriminação por causa da nacionalidade. “A comunidade chinesa, por exemplo, também expressa a mesma preocupação”, amenizou.
Suzuki afirmou que a Agência Nacional de Polícia reprime e combate a discriminação por parte dos policiais. “Nos casos envolvendo japoneses e brasileiros, a polícia tem atuado de forma imparcial.” O policial disse também que, apesar do crescente número de delitos, o arquipélago continua sendo seguro. “Comparando com os padrões mundiais, o Japão ainda é um dos países mais seguros. Mas, nas grandes cidades é preciso tomar cuidado”, lembrou.
Raio-x da criminalidade
542.115 pessoas foram detidas em 2001 no Japão
7.168 dos detidos eram estrangeiros e958 eram brasileiros
As províncias com maior número de casos envolvendo brasileiros (1º semestre de 2002):
- Aichi (106), Shizuoka (76) e Gifu (3)
Brasileiros detidos por faixa etária
- 1º semestre de 2001:
Menores de idade: 320 (77,5%)
Acima dos 20 anos: 93 (22,5%)
- 1º semestre de 2002
Menores de idade: 369 (76,8%)
Acima dos 20 anos: 111 (23,2%)
Por ocupação
- 1º semestre 2001:
Desempregados: 148 (35,8%)
Empregados: 218 (52,8%)
- 1º semestre 2002:
Desempregados: 232 (48,3%)
Empregados: 189 (39,4%)
(Fonte: Agência Nacional de Polícia)
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1 Comments:
Bonito, agora até já o Japão é invadido!.. E ainda por cima já se diz por aí que eles têm um problema de baixa de natalidade e vão "precisar" de iminvasores!... A culpa é do Yoishiro Koizumi, que devia mudar a Lei que torna a Educação Pré-Primária demasiado cara até para os mais ricos e que desencoraja ter mais filhos. Ás vezes, até parece que fazem de propósito!... Acusam-nos de termos a mania das conspirações mas, independentemente disso, as asneiras estão lá, a ser feitas...
Imperador
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