CONFUSÕES
A propósito do ataque terrorista suicida ocorrido hoje no Iraque, em Bagdade e em Kerbala, vitimando centenas de fiéis xiitas de origem iraniana, há quem diga que um algum grupo oculto, porventura a Al-caida, tem intenção de provocar uma guerra «étnica» entre xiitas e sunitas.
Enfim, para além de não se perceber bem porque cargas de água é que os islâmicos fanáticos anti-americanos e anti-israelitas quereriam provocar uma espécie de guerra civil no seio do Islão, num momento em que precisariam de unir todas as forças que fosse possível unir contra os yankes e os judeus,
também não se percebe porque é que há sempre imensa gente a confundir conflitos étnicos com conflitos religiosos.
Não sei se há alguma intenção secreta nessa confusão, ou se tal erro crasso se deve tão somente a uma falta de precisão da parte da imprensa, que gosta de dar notícias com linguagem da moda - incluindo por vezes títulos de filmes no contexto da notícia, que é uma pimbalhice especialmente empobrecedora - e depois generaliza termos com um significado bem diferente do seu sentido original, que foi o que fizeram com os vocábulos «tabu» - palavra indonésia que se traduz como «impuro», num contexto sacral, isto é, aquilo no qual não se pode tocar por uma questão religiosa, e não por ser um segredo bem guardado - e cabala - texto místico judaico medieval, que nada tem a ver, tanto quanto sei, com qualquer conspiração secreta, como agora se pensa - isto só para citar dois casos flagrantes.
Com uns mé(r)dia destes a educar os cidadãos quotidianamente, não há razão para que alguém se admire quando os petizes, na escola, não conseguem compreender conceitos básicos nem sabem sequer raciocinar com clareza.
É verdade que certos grupos étnicos, tais como os Iranianos e povos arianos afins (do Afeganistão, por exemplo) são mais propensos a seguir o Xiismo do que outros, mas, de qualquer modo, xiitas e sunitas não são grupos étnicos - são grupos religiosos, dentro do Islamismo, mais ou menos como o Protestantismo e o Catolicismo estão ambos dentro do Cristianismo.
Enfim, para além de não se perceber bem porque cargas de água é que os islâmicos fanáticos anti-americanos e anti-israelitas quereriam provocar uma espécie de guerra civil no seio do Islão, num momento em que precisariam de unir todas as forças que fosse possível unir contra os yankes e os judeus,
também não se percebe porque é que há sempre imensa gente a confundir conflitos étnicos com conflitos religiosos.
Não sei se há alguma intenção secreta nessa confusão, ou se tal erro crasso se deve tão somente a uma falta de precisão da parte da imprensa, que gosta de dar notícias com linguagem da moda - incluindo por vezes títulos de filmes no contexto da notícia, que é uma pimbalhice especialmente empobrecedora - e depois generaliza termos com um significado bem diferente do seu sentido original, que foi o que fizeram com os vocábulos «tabu» - palavra indonésia que se traduz como «impuro», num contexto sacral, isto é, aquilo no qual não se pode tocar por uma questão religiosa, e não por ser um segredo bem guardado - e cabala - texto místico judaico medieval, que nada tem a ver, tanto quanto sei, com qualquer conspiração secreta, como agora se pensa - isto só para citar dois casos flagrantes.
Com uns mé(r)dia destes a educar os cidadãos quotidianamente, não há razão para que alguém se admire quando os petizes, na escola, não conseguem compreender conceitos básicos nem sabem sequer raciocinar com clareza.
É verdade que certos grupos étnicos, tais como os Iranianos e povos arianos afins (do Afeganistão, por exemplo) são mais propensos a seguir o Xiismo do que outros, mas, de qualquer modo, xiitas e sunitas não são grupos étnicos - são grupos religiosos, dentro do Islamismo, mais ou menos como o Protestantismo e o Catolicismo estão ambos dentro do Cristianismo.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home