quarta-feira, janeiro 07, 2004

A ARROGÂNCIA DOS COBÓIS

Vale a pena apresentar na sua totalidade (em itálico) uma notícia da tsf online, pois que o texto é rico em demonstrações da mais despudorada arrogância americana, com a qual os brasileiros estão a saber lidar devidamente:

«Segundo Washington, as medidas de controlo aos norte-americanos que entram no Brasil, aplicadas como resposta a medidas idênticas tomadas pelos Estados Unidos, «não são bem-vindas, são injustas e não são do interesse nem do Brasil nem dos Estados Unidos».

Mas são injustas porquê? A reciprocidade tem algo de injusto?

«O que nós vemos é um programa posto em prática às três pancadas, não muito bem preparado e que causa atrasos significativos», declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher.
«Estes atrasos não são do interesse dos Estados Unidos, dos viajantes norte-americanos, nem francamente do Brasil, se quer atrair empresários e turistas», defendeu.


Pois... os outros é que têm de fazer as vontadinhas aos cobóis, e é se querem comer alguma coisa...


«Dissemos aos brasileiros que estas medidas eram muito maçadoras para os viajantes e que precisavam de ser mudadas», acrescentou Richard Boucher.

A arrogância dos yankes... o modo como exigem aos outros que lhes facilitem a vidinha... então, se estão tão preocupados com o terrorismo, não será verdade que quanto mais controle melhor?


Na véspera, a embaixada norte-americana em Brasília já tinha manifestado a sua decepção perante a imposição destas medidas de represália.
Desde segunda-feira, os visitantes estrangeiros que chegam a um aeroporto internacional nos Estados Unidos, à excepção dos cidadãos de 27 países aos quais não é exigido visto, nomeadamente os da União Europeia, são fotografados e é-lhes tirada a impressão digital.


Claro é que ninguém tira razão aos Americanos neste aspecto. A vigilância é necessária, sobretudo quando diz respeito a gente vinda de países do terceiro mundo ou quase, como o Brasil, onde partes de cidades parecem mais governadas por criminosos do que pelo Estado brasileiro, cuja polícia nem se atreve a lá entrar.