MORAL - UMA EVIDÊNCIA PARA O POVO, OUTRA EVIDÊNCIA PARA AS ELITES
É uma caricatura - mas também já é real. Há nas elites culturais ocidentais quem pense de forma análoga à do fulano que no desenho se ajoelha.
Trata-se tão somente do desenvolvimento lógico do princípio do universalismo tido como moralmente obrigatório - a religião que o trouxe, impondo-se à força contra o culto dos Deuses Nacionais, foi-se entretanto abaixo e cada vez perde mais crentes em solo europeu - enquanto os ganha em África - mas o cerne da sua moral permaneceu vivo no seio das classes pensantes do Ocidente. Dá-se pois uma irónica contradição - é quando o credo está a cair como religião em si que mais a sua ideologia moral se fortalece nos meandros das classes dirigentes; diminui a valorização da sua componente autenticamente religiosa, ou seja, a sua ligação ao sobrenatural, ao divino, enquanto o espírito da moral que prega se solidifica nas mentes de quem ainda manda.
No seio das classes populares, entretanto, ainda se dá por adquirido que é o indivíduo de pé que tem razão. É com isto, só com isto, que as forças nacionalistas podem contar para fechar a brecha na muralha e, a pouco e pouco, idealmente, fazer remigrar corpos estranhos à Europa.
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