A UNIÃO EUROPEIA TEM DE SE TORNAR MILITAR
Triste espectáculo foi o da conversa entre a dupla de cowboys da Casa Branca e o presidente ucraniano. Ou se trata de grande encenação, feita diante das câmaras talvez para tranquilizar os rufias do Kremlin, eu ainda gosto dessa ideia porque eu se fosse ianque teria votado em Trump, ou então a vergonha abateu-se sobre os bósses dos Ianques. Em qualquer dos casos, nada houve na imagem de edificante e tudo isto era escusado se a Europa tivesse poder militar. Poder militar. Agora, como há séculos, há milénios, há milhões de anos, e em todo o reino animal, não há segurança sem força. E, ao nível humano, se não há segurança, não há liberdade, logo, não há dignidade a não ser a dos que se preparam para lutar até à morte, o que é uma grande chatice, ou, quem sabe, refugiar-se em bastião para mais tarde se vingar. Eu se fosse ucraniano quereria acidentar várias centrais nucleares da Rússia (preferencialmente longe da Ucrânia). O problema dos Ucranianos é que, neste momento, não têm grande espaço para onde fugir a menos que emigrem todos, 44 milhões, para a Europa Ocidental, um milhão já «cá» está, faltam os outros 43, às tantas até substituíam bem todos os imigrantes do terceiro-mundo e ainda sobravam (muitos) para povoar a quase desértica Islândia (menos de quatrocentas mil pessoas para um território maior que Portugal, cabiam lá uns trinta milhões de pessoas no mínimo...), ou, até, a Gronelândia...
Já dizia o lusitano Viriato ao sogro, Astolpas, que todo o dinheiro que pudesse ter dependia da arma que o guardava. É verdade que o dinheiro comprou depois a lâmina com que Viriato foi assassinado à traição, mas a questão é essa, a lâmina, o ferro, a arma com que o mataram - sem isso, nada feito. A evidência de que sem armas não há paz no mundo dos mortais foi esquecida pelas elites sofisticadas do Ocidente, que achavam que a guerra era coisa dos terceiros-mundos e doutras épocas. De facto, até tinham alguma razão - o problema é quando os terceiro-mundistas ou análogos têm armas poderosas na mão, como se vê na Rússia. Por isto, e por outras que se calhar estão por vir, é que Macron, por muito que diga e faça obscenidades noutras áreas, teve pelo menos uma vez na vida razão quando sugeriu, há poucos anos, que a UE deveria tornar-se numa união militar. Nessa altura choveram-lhe insultos. Afinal teve nisso mais razão que qualquer outro líder do mundo ocidental.
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