quarta-feira, outubro 16, 2024

HUNGRIA - NATALIDADE NÃO AUMENTA MUITO APESAR DA POLÍTICA PRÓ-CASAL DO GOVERNO

O portal húngaro Világgazdaság (“Economia Mundial”) escreveu sobre a cobertura do The Wall Street Journal a respeito dos esforços em todo o mundo para aumentar a fertilidade, e a Hungria estava no centro das atenções. 
Citando estatísticas da ONU de que a população da Europa deverá cair em 40 milhões até 2050, com os EUA logo atrás, o jornal americano teria perguntado se os Americanos teriam mais filhos se recebessem empréstimos e carros subsidiados pelo Estado, isenção vitalícia de imposto de renda, mais férias, tratamento de fertilidade gratuito e outros benefícios.
Países ao redor do mundo têm falado abertamente sobre esforços para reverter esta tendência demográfica, mas será que os incentivos funcionam realmente? É uma pergunta justa, já que continuam a nascer menos bebés, independentemente da idade, renda ou educação.  
O WSJ destacou a Hungria e a Noruega pelos seus esforços nessa frente, afirmando que ambos os países gastam mais de 3% do PIB em iniciativas de apoio à família, mais do que nas suas forças armadas. Os EUA, enquanto isso, gastam 1% do PIB em créditos fiscais para crianças e programas voltados para americanos de baixa renda.
Na verdade, a Hungria gastou mais de 5% do PIB na sua política pró-família nos últimos anos. No entanto, há 1,5 filhos por mulher na Hungria e 1,4 na Noruega, muito abaixo da taxa de reprodução de 2,1 necessária para manter a população estável. 
O WSJ observou que o apoio familiar é fundamental para o governo do primeiro-ministro Orbán, destacando que a conferência demográfica realizada em Budapeste a cada dois anos, a Cúpula Demográfica de Budapeste, “tornou-se num ponto de encontro para importantes políticos e pensadores conservadores”. 
O portal dos EUA continuou, observando que tanto Tucker Carlson quanto JD Vance elogiaram a política familiar de Orbán, que enfatiza ter filhos como “um dever nacional” e uma alternativa à imigração em massa para manter uma população estável. Também observa que os benefícios familiares e os empréstimos com juros baixos são, em grande parte, destinados apenas a casais heterossexuais casados ​​e de classe média, e aqueles que se divorciam não só são forçados a pagar taxas mais altas como podem ter que quitar o empréstimo integralmente. 
Mas, novamente, será que a política funcionou? Em 2010, a Hungria tinha uma taxa de 1,25 filhos por mulher. Em 2021, sob sucessivos governos de Orbán, isso subiu para 1,59, mas caiu para 1,51 em 2023, de acordo com dados do Escritório Central de Estatística Húngaro.
O Wall Street Journal cita dados que mostram que, até Agosto de 2024, nasceram 51500 bebês, 10% a menos do que no mesmo período em 2023, sendo os principais problemas para muitas mulheres a falta de assistência médica e educação públicas, além do desafio de ser uma mãe trabalhadora. 
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Fonte: https://rmx.news/article/do-generous-family-subsidies-mean-more-babies-the-wall-street-journal-puts-orbans-family-policy-in-the-spotlight/

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Será que a Europa precisa mesmo de aumentar a natalidade, como as elites tanto têm insistido, tanto as da Esquerda, o que entretanto «justifica» a imigração, como as das Direitas, seja para aumentar a mão-de-obra barata, seja para servir os propósitos das igrejas que adoram famílias numerosas e católicas para encher os seus templos?...
Será que a Europa precisa mesmo de aumentar a natalidade numa época em que:
 - a automatização do trabalho começa a eliminar empregos,
 - há tanta preocupação com o alegado aquecimento climático, o que tornará a água ainda mais importante do que até aqui, e sabedo-se que este mesmo recurso vital está em risco de escassear, segundo também se diz nos média,
 - as vidas humanas ocidentais estão genericamente a ser prolongadas, o que fará com que as pessoas tenham de se reformar mais tarde e haja portanto menos postos de emprego disponíveis para os mais jovens,
?
Note-se que a redução da natalidade não é exclusiva da Europa - é também notória, e muito, no Japão, bem como na China (embora em menor escala, neste último caso). Ou seja, onde quer que as sociedades evoluam, aí se reduz a natalidade. É nas populações mais atrasadas e miseráveis que há mais natalidade. É um paralelismo curioso que também no mundo animal se verifica este fenómeno, grosso modo - os insectos reproduzem-se aos milhares, os humanos incomparavelmente menos, e já Evola observava que, nos níveis humanos que ele considerava «superiores», a reprodução era mais baixa que no seio das massas humanas «indiferenciadas», sobretudo nos casos de amor paradigmáticos (in «A Metafísica do Sexo», 1958)...
E se a redução da natalidade fosse afinal um dado salutar da natureza?

1 Comments:

Blogger Lol said...

kk afonso e natalista como musk ja eu sou anti natalista notei que tambem es o problema e fechar a fronteira nao transformar o ocidente numa india anti biomas

17 de outubro de 2024 às 19:30:00 WEST  

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